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Exclusivo: Perícia psiquiátrica apontou para “risco elevado” de atentado na Faculdade de Ciências

Quando foi detido, João encontrava-se “num estado agudizado de grande ressentimento e alienação social” e de grande consumo de conteúdos violentos, o que acelerou o processo de radicalização

A perícia psiquiátrica do Instituto de Medicina Legal, a que João Carreira foi sujeito quando já estava no hospital-prisão de Caxias, ditou que o jovem acusado de terrorismo sofre de “perturbação do espectro do autismo” e vivia um episódio depressivo, a 10 de fevereiro, quando foi detido na véspera do ataque. Mas “não apresentava um quadro psicótico grave” e a perícia médico legal concluiu que não existiam pressupostos para a inimputabilidade.

No exame psiquiátrico, foi-lhe aplicado um “protocolo de avaliação da radicalização terrorista”, tendo sido concluído que “antes da detenção, este sinalizaria uma situação de risco elevado, requerendo intervenção direta”.

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Quando foi detido, encontrava-se “num estado agudizado de grande ressentimento e alienação social” e de grande consumo de conteúdos violentos, o que acelerou o processo de radicalização.  Entende a perícia que a situação foi potenciada por vários fatores, como o desgosto pela morte de uma avó, o fim de relação com uma rapariga, o desagrado com a universidade, com os exames, alunos e professores, e o desânimo por ter sido apanhado a fazer plágio num trabalho da faculdade. Um mês antes do ataque planeado, João teve covid-19 e o isolamento também terá potenciado a situação.

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