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Jovem de 17 anos detido no Porto queria transmitir homicídio de mendigo em modo pay-per-view

Diretor nacional da Polícia Judiciária afirmou que a cooperação com as autoridades brasileiras "permitiu inviabilizar a prática de outros crimes". Jovem está indiciado por 12 crimes

O jovem de 17 anos detido esta quinta-feira no Porto por suspeitas de ter ordenado massacres em escolas no Brasil tinha outros crimes planeados, informou o diretor nacional da Polícia Judiciária.

Em declarações aos jornalistas em Belém, Lisboa, Luís Neves afirmou que o adolescente tinha planeado transmitir o homicídio de um mendigo pela internet em modo pay-per-view.

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"Posso dizer-vos que a nossa relação com as autoridades brasileiras, com os nossos colegas da Polícia Federal, permitiu inviabilizar a prática de outros crimes", começou por dizer o diretor nacional.

"A título de exemplo, posso dizer que um dos crimes que estava a ser programado era o cometimento de um homicídio, com laivos de demorado sofrimento, de um mendigo, em que essas imagens iriam ser transmitidas num ambiente cibernético em que cada pessoa pagaria uma quantia para assistir", acrescentou.

Luís Neves salientou também que as autoridades vão dar "seguimento ao trabalho" e "identificar outros agentes deste grupo e outros agentes que cometem crimes de idêntica tipologia".

O jovem de 17 anos é suspeito de, a partir da casa onde vive com os pais e através das redes sociais, ter criado uma comunidade onde se assumiu como líder e instigou à prática de massacres em escolas no Brasil, que ordenou a outros jovens. Num dos quatro casos em que participou, apurou a CNN Portugal, fez com que um rapaz de 15 anos invadisse uma escola em Sapopemba, São Paulo, e assassinasse à queima-roupa, com um tiro de revólver na cabeça, uma rapariga de 17 anos. O ataque, em outubro passado, deixou ainda outros três menores feridos.

No despacho de indiciação, o Ministério Público imputou 12 crimes ao jovem de 17 anos: um crime de homicídio qualificado consumado, seis de homicídio qualificado tentado, instigação pública a um crime, apologia pública a um crime, dois crimes de pornografia de menores e ainda um crime de associação criminosa.

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