Um café com: Luís Montenegro recandidata-se a líder do PSD se perder as eleições legislativas (e vai pedir na campanha "uma maioria que o deixe governar"; sobre a Madeira: ficou em silêncio "por lealdade")

30 jan, 23:06

Luís Montenegro garante que nem a derrota nas eleições legislativas de 10 de março o vai afastar da liderança do PSD, assumindo mesmo que se recandidata novamente à liderança do partido.

Depois de dizer que não governará com o Chega, Luís Montenegro assegura que “não é comigo” que André Ventura irá governar. “Isto é um assunto muito sério, não é para estar aqui com brincadeiras. O PSD tem uma liderança, a liderança é assumida por mim e a nossa liderança já balizou as condições com que vamos exercer a governação, o doutor André Ventura depois tomará as decisões que entender”, vinca.

Sobre a sua continuidade no PSD caso não consiga vencer as eleições legislativas, Luís Montenegro rejeita sair. “Eu tenho um mandato que vou cumprir. O PSD é muito maior do que eu, eu não tenho nenhuma tentação de me fazer maior que o PSD”, mas rejeita sair mesmo em cenário de derrota legislativa.

Quanto à dificuldade em conseguir uma maioria de direita sem o Chega, Montenegro diz que  “o PSD vai lutar para conseguir essa maioria sozinho, no âmbito da Aliança Democrática”. Luís Montenegro diz ainda que pedirá “uma maioria que nos deixe governar”, deixando o aviso que um “voto no Chega ajuda a manter um governo do PS”.

Numa altura em que a crise política na Madeira domina o espaço político, Luís Montenegro quebrou finalmente o silêncio, mas apenas em parte, sem se adiantar muitos nos comentários. O líder social-democrata defende que Miguel Albuquerque fez bem em demitir-se, tendo tomado a “decisão correta” num “momento inesperado”. “Quem decidiu demitir-se foi o próprio”, diz, descartando qualquer pressão do PSD nacional nesta matéria e dizendo mesmo que não está para “tutelar o PSD Madeira”.

Sobre o seu silêncio sobre a crise política na Madeira, Luís Montenegro diz que foi por uma questão de “lealdade”. “Nunca falei dessa possibilidade [da demissão de Miguel Albuquerque] sem que fosse veiculada por quem devia de ser, que era pelo próprio Miguel Albuquerque, por uma razão de lealdade, para com a pessoa e para com a autonomia regional”, vinca, deixando claro que o objetivo não é “tutelar o PSD Madeira”.

No entanto, o líder social-democrata critica Ireneu Barreto, representante da República, mas diz-se preparado para ir a eleições no arquipélago. “O PSD Madeira está preparado para ir a votos”, assegura.

Outro ponto: vai aos Açores para a noite eleitoral, "sou de dar o corpo às balas".

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