"Não foi, a meu ver, o dia mais feliz de António Guterres"

29 out 2023, 22:57

Paulo Portas, esteve este domingo na TVI, parceira da CNN Portugal, para o seu habitual espaço de comentário "Global".

As palavras do secretário-geral da ONU que causaram a ira de Israel foi um dos temas abordados por Paulo Portas. O comentador considera que: "Não foi, a meu ver, o dia mais feliz de António Guterres".

Na sua opinião, nas Nações Unidas estão "muito debilitadas, embora tenham agências que são muito importantes. E estão debilitadas pelo sistema de veto do conselho de segurança".

Há dois pontos que considera essenciais para os secretários-gerais da organização: "Mediar pela paz quando há guerra" e "prevenir um conflito antes que ele aconteça".

Para Paulo Portas, ao fazer o discurso que fez, mesmo "havendo um parágrafo anterior que era diferente da conclusão, António Guterres acabou por tornar mais pequena, mais reduzida a capacidade de mediação que as Nações Unidas têm, mediante um conflito que já por si é muito grave, mas que ainda por cima pode escalar para outras dimensões".

Até porque, para o comentador "é preciso manter uma posição racional para se conseguir limitar os danos e chegar a uma solução de dois Estados". Todavia descreve como "exagerado" o pedido de demissão do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel.

"A Europa deu um triste sinal de si esta semana", porque numa votação na Assembleia Geral das Nações Unidas, se dividiu "em três", com alguns Estados a votar a favor, outros contra e outros a absterem-se, perante a resolução apresentada.

Mesmo assim, no terreno, Paulo Portas fala em sinais de esperança, porque já "passaram cerca de 100 camiões de ajuda humanitária" e terá havido "restabelecimento de algum abastecimento de água".

Apesar do desespero das famílias dos reféns, tudo indica estarmos "perante uma invasão sem ocupação" e não uma "invasão com ocupação", por parte de Israel. Sendo que esta última opção seria "um erro que Israel pagaria muito caro no futuro" para Paulo Portas.

 

Em seguida, o comentador da TVI falou também do perigo da entrada do Hezbollah no conflito e, ainda, das semelhanças e diferenças entre o Hezbollah e o Hamas.

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