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AO MINUTO | 50 anos do 25 de Abril

A Revolução de 25 de Abril de 1974 marca o início da vida democrática em Portugal. O golpe militar conduzido pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) põe fim ao regime autoritário do Estado Novo e abre caminho para a democratização e o desenvolvimento do país. Foi há 50 anos que os capitães de Abril devolveram a Liberdade a Portugal.
2024-04-25
2024-04-25
21:38

"Nunca houve tantos jovens como este ano". Estes jovens não eram nascidos no 25 de Abril, mas valorizam a sua liberdade

Crianças e jovens marcam uma forte presença na comemoração do 50º aniversário da revolução dos cravos. Não viveram o 25 de Abril mas celebram-no com toda a força, valorizando a liberdade com que nasceram. Sempre com os olhos postos no futuro, apelam ao fim dos combustíveis fósseis, à liberdade do Estado da Palestina e à imigração.
2024-04-25
20:59

“Esta rua nao tem donos”. Da direita, à esquerda, os partidos marcham pela liberdade

2024-04-25
20:35

Portugal pôs-se do lado certo da História, diz PR são-tomense

O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, considerou hoje em Lisboa que Portugal “se pôs do lado certo da História” com o derrube da ditadura em 25 de abril de 1974.

Caros Vila Nova, que intervinha na sessão comemorativa do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, com os chefes de Estado de Portugal e das antigas colónias portuguesas, cuja independência esteve ligada ao 25 de Abril, salientou que se comemora “um evento marcante que transcende e ressoa profundamente na consciência coletiva de muitas nações”.

“Marcou um momento crucial na historia, não apenas para Portugal mas também para as colónias portuguesas em África”, acrescentou.

2024-04-25
20:16

Portugal soube reconhecer derrota colonial e reconciliação foi natural, diz Ramos-Horta

O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, considerou que Portugal soube reconhecer a derrota colonial e que a reconciliação com os países vencedores aconteceu rápida, imediata e naturalmente.

"Os portugueses souberam reagir às mudanças sem ódio nem vinganças, sem fuzilamentos, sem guerra civil, aceitaram as independências e lutaram connosco pelo longínquo Timor", disse Ramos-Horta durante a sua intervenção na cerimónia de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, que juntou todos os presidente dos países africanos lusófonos, hoje em Lisboa.

"[Os portugueses] não viraram as costas, e as sociedades e os líderes das novas nações independentes souberam igualmente, com verdadeira grandeza de vencedores, saudar Portugal e as relações de amizade foram consolidadas", acrescentou o chefe de Estado timorense, notando que "a normalização das relações com o antigo poder colonial foi imediata, a reconciliação foi natural e o processo foi célere".

2024-04-25
19:49

As memórias e lições do passado colonial hão de nos guiar no futuro, diz Marcelo

O Presidente da República celebrou "as pátrias e os povos irmãos" das antigas colónias de Portugal "que o 25 de Abril uniu", considerando que o futuro será guiado pelas memórias e lições do passado colonial.

Marcelo Rebelo de Sousa falava numa sessão comemorativa do 50.º aniversário do 25 de Abril, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para a qual convidou os chefes de Estado de Angola, Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste, que discursaram antes.

Num curto discurso, de menos de quatro minutos, o chefe de Estado descreveu esta sessão como um encontro "de futuro" e fez breves referências ao passado colonial.

2024-04-25
19:36

Joe Biden congratula Portugal pelos 50 anos de democracia

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, congratulou Portugal pelo “espírito corajoso” com que fez a Revolução dos Cravos, há 50 anos, que permitiu o regresso da democracia.

“Congratulo o Presidente e o povo de Portugal pelos 50 anos do retorno da democracia e celebro o espírito corajoso alimentado pela Revolução dos Cravos e o triunfo sobre o autoritarismo. Este marco sublinha o duradouro compromisso de liberdade e democracia partilhado pelos nossos países”, escreve Joe Biden numa carta enviada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na missiva, o Presidente norte-americano diz que Portugal “está entre os primeiros países que reconheceu os Estados Unidos” da América, após a revolução e lembrou que os fundadores americanos “brindaram a celebração da independência com vinho da Madeira”.

2024-04-25
19:35

Desafio das ex-colónias portuguesas é consolidação da democracia, diz João Lourenço

O Presidente de Angola, João Lourenço, defendeu em Lisboa que o desafio que as ex-colónias têm atualmente é “o da consolidação da democracia, da diversificação e fortalecimento” das suas economias.

João Lourenço, que intervinha na sessão comemorativa do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974, com os chefes de Estado de Portugal e das antigas colónias portuguesas, cuja independência esteve ligada ao 25 de Abril, iniciou a sua intervenção com uma saudação ao derrube “da ditadura salazarista, responsável pela opressão não só do povo português como também dos povos das então colónias portuguesas”.

“Reconhecemos a coragem e heroísmo dos capitães de Abril e dos resistentes portugueses que lutaram por todas as formas e meios contra a ditadura, enfrentando a máquina opressora do regime, a PIDE/DGS e seus apêndices, que não se coibiam de torturar e matar os melhores filhos desta terra”, salientou.

2024-04-25
19:34

PS, BE, PCP e IL enaltecem participação massiva no desfile em Lisboa

Os líderes de PS, BE, PCP e IL enalteceram a participação cívica massiva no desfile popular que assinalou os 50 anos do 25 de Abril de 1974, em Lisboa, apesar das visões distintas para o futuro do país.

"É um ótimo sinal, é extraordinária esta participação massiva do povo português neste desfile, a celebrar os 50 anos do 25 de Abril com uma força, um entusiasmo de quem não quer andar para trás, de quem vai travar e dar combate a qualquer retrocesso social, económico ou cultural. O povo está cá para salvaguardar, proteger os valores de Abril, a nossa democracia política, mas social e cultural também", defendeu o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

O líder socialista falava aos jornalistas no desfile popular que assinalou os 50 anos do 25 de Abril de 1974, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde se juntou a vários militantes da Juventude Socialista, já sem o fato e gravata que usou na cerimónia solene comemorativa no parlamento, mas mantendo o cravo ao peito.

2024-04-25
18:58

"O 25 de Novembro evitou uma guerra civil", afirma Pacheco Pereira

Questionado sobre o debate que há em torno da celebração do 25 de Novembro, Pacheco Pereira diz concordar que a data seja celebrada, mas não nos moldes em que é proposto. 

"O 25 de Novembro evitou uma guerra civil", afirma o historiador.

No entanto, Pacheco Pereira insiste que é preciso celebrar essa data com rigor e admitir o papel fundamental de várias figuras "que a direita não gosta" como Mário Soares ou o Marechal Costa Gomes.

2024-04-25
18:55

Grande manifestação "responde ao contexto político, com o crescimento do Chega e o governo da AD", afirma Pacheco Pereira

A seguir o evento na Avenida da Liberdade, o historiador e comentador José Pacheco Pereira reagiu ao impacto que esta manifestação, uma das maiores desde a Revolução, teve.

"Nunca tive dúvidas de que iam ser uma grande manifestação, porque responde ao contexto político, com o crescimento do Chega e o governo da AD", afirmou.

Nesse sentido, Pacheco Pereira acredita que a celebração pode servir para mobilizar uma esquerda que está fragilizada, depois da queda do Governo de António Costa. "A esquerda estava muito pouco mobilizada. Dividiu-se, teve muito conflitos, a queda do governo PS gerou uma enorme fragilidade. Neste contexto, há uma nova mobilização", destacou.

2024-04-25
18:47

"Temos hoje aqui a demonstração de que eles não passarão", afirma Vasco Lourenço

A discursar no Rossio, Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, diz que o elevado número de pessoas que participou no 50.º aniversário da revoluçõa é o sinal de que "eles não passarão". 

"Se havia alguém que duvida de que eles não passarão, temos hoje aqui a demonstração de isso mesmo. Eles não passarão", afirmou Vasco Lourenço.

2024-04-25
18:43

"Vão ao armazém e levem as flores que lá estão para não murcharem". Celeste, a mulher que deu o cravo à revolução, conta toda a história

Celeste Caeiro, mais conhecida por 'Celeste dos Cravos', desceu, esta quinta-feira, a Avenida da Liberdade, com cravos na mão. Em 1974, Celeste distribuiu cravos pelos militares que levaram a cabo a operação militar para derrubar o Regime.

2024-04-25
18:15
Catarina Froes na descida da Avenida (Foto: Sofia Marvão)

Catarina Froes, 22 anos, diz que o 25 de Abril não se celebra apenas na rua, mas também no quotidiano e por isso não discrimina quem não vem marchar na Avenida da Liberdade. “A nossa liberdade corre perigo”. A jovem sublinha a importância de assinalar esta data atualmente, lembrando as guerras que estão a ocorrer.

2024-04-25
18:02

Presidente do Governo açoriano apela a reflexão face às exigências da atualidade

O presidente do Governo açoriano considerou hoje que “é crucial” refletir sobre a forma de corresponder "às exigências" atuais e dar atenção "às necessidades emergentes da sociedade e, em diálogo, respeitar a sua pluralidade".

"No ano em que celebramos os 50 anos do 25 de Abril, é crucial refletirmos sobre como podemos corresponder às exigências dos novos tempos com coragem e responsabilidade", afirmou José Manuel Bolieiro, numa mensagem divulgada hoje nas redes sociais.

Na mensagem, José Manuel Bolieiro assinalou que o 25 de Abril de 1974 "marcou o despertar da liberdade e da democracia" em Portugal e fortaleceu "o desejo de autonomia", mas no futuro é preciso garantir que os jovens "possam construir um futuro auspicioso" com oportunidades, na educação, no emprego, na habitação e na participação cívica.

2024-04-25
17:58

Mais de oito mil pessoas saem à rua pela democracia em Coimbra

Mais de oito mil pessoas saíram à rua em Coimbra, participando numa manifestação popular que desfilou pelo coração da cidade, para “não deixar adormecer a democracia” e “continuar a regar a liberdade” conquistada há 50 anos.

De cravo vermelho ao peito, na mão, na mochila ou atrás da orelha, miúdos e graúdos arrancaram da Praça da República, por volta das 15:30, gritando “25 de Abril Sempre, fascismo nunca mais”.

Entre os manifestantes despontava um cravo vermelho com 1,60 de altura, que Carla Dionísio construiu com papel Eva, com 50 pétalas, uma por cada um dos 50 anos que a revolução assinala.

“A democracia e a liberdade é o que temos de mais importante. Não podemos adormecer em democracia, principalmente quando temos 50 fascistas no nosso parlamento”, afirmou.

2024-04-25
17:40

Tudo o que Marcelo disse no discurso dos 50 anos do 25 de Abril

Marcelo Rebelo de Sousa sublinha a necessidade de escolher sempre a democracia em vez da ditadura. No discurso no Parlamento, o Presidente da República disse mesmo que as democracias inacabadas acabam por ser as mais criativas e menos intolerantes. 

Porque foi tão agitado o pós-25 de Abril, interroga-se depois Marcelo: “Porque dentro de uma revolução não há só uma revolução; há varias. Uns queriam levá-la mais longe, outros abreviá-las com a sua Constituição. No fim, ganhou um setor político-militar”, diz, homenageando depois António Ramalho Eanes, essencial na transição da revolução para a democracia.

O Presidente da República homenageia depois Mário Soares, Francisco Sá Carneiro, “tragicamente morto”, Álvaro Cunhal, o “mais antigo e persistente” resistente na luta contra o salazarismo, e Diogo Freitas do Amaral.

2024-04-25
17:40

"Tenhamos a humildade e a inteligência de preferir sempre a democracia, mesmo a imperfeita, à ditadura"

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a necessidade de escolher sempre a democracia em vez da ditadura.  

No discurso no Parlamento, o Presidente da República disse mesmo que as democracias inacabadas acabam por ser as mais criativas e menos intolerantes. 

2024-04-25
17:39

"Demorámos 50 anos a deixar que o 25 de Abril deixasse de pertencer à esquerda"

Inês Serra Lopes, comentadora da CNN Portugal, frisa que 2024 é o “primeiro ano” em que parece que as “pessoas todas comemoram o 25 de Abril”: “nunca vi uma adesão popular tão grande”, observa. 
 

2024-04-25
17:24

Marcelo recebeu cidadãos no gabinete oficial onde explicou história do Palácio de Belém

O Presidente da República recebeu dezenas cidadãos no gabinete oficial do Palácio de Belém, onde contou a história do local, aberto à população para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, mas recusou responder a perguntas dos jornalistas.

Centenas de cidadãos visitaram esta tarde o Palácio de Belém, aberto à população entre as 11:00 e as 18:00 no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Por volta das 16:20, Marcelo Rebelo de Sousa abriu as portas do gabinete oficial, onde se encontrava sentado à secretária a organizar e assinar documentos, trocando depois breves palavras com as dezenas de cidadãos que encheram a sala.

O chefe de Estado explicou a história das salas e jardins do Palácio de Belém, apontando também para várias mobílias do gabinete, entre as quais o sofá onde costuma receber os convidados em audiências e onde, segundo indicou, já se sentaram chefes de Estado como Xi Jinping, Barack Obama ou Vladimir Putin.

2024-04-25
17:18
Matias e Érica celebram o 25 de Abril (Foto: Sofia Marvão)

Érica, 22 anos, veio celebrar o 25 de Abril pela primeira vez na Avenida da Liberdade por serem os 50 anos. Até então passava a data em Almada com a família. Diz que graças à revolução dos cravos os pais, que estavam emigrados no Canadá, conseguiram regressar a Portugal. Matias, 24 anos, é de Lisboa e costuma vir para esta zona da cidade neste dia com os amigos. Para si canções como as de Zeca Afonso , José Mário Branco e Sérgio Godinho são a imagem do 25 de Abril que ficou no país. Ambos manifestam-se preocupados com o futuro no que concerne à habitação e a saúde.