A campanha já arrancou mas ainda há um debate final - sem Ventura
Líderes dos partidos com assento parlamentar defrontam-se num último debate antes da eleições de 10 de março, que vai realizar-se em simultâneo nas rádios TSF, Observador, Renascença e Antena 1.
Terminou o debate
Pedro Nuno também recorre ao SNS
Pedro Nuno Santos recorre ao SNS e vai ao Hospital de Santa Maria e à Estefânia, mas também recorre aos hospitais privados quando necessário.
Pedro Passos Coelho vai participar na campanha da AD?
"Logo vemos", responde Luís Montenegro.
Telemóveis nas escolas? Quase todos acham que deve haver limitações
Bloco de Esquerda quer limitar a excessiva exposição das crianças e jovens a ecrãs e às redes sociais. "É precido dar um passo atrás, refletir sobre a introdução dos manuais digitais e limitar o uso de telemóveis nos recreios, afirma Mariana Mortágua.
O PAN e o Livre concordam com esta proposta. Luís Montenegro está "90% de acordo com Mariana Mortágua".
Paulo Raimundo defende que as crianças têm direito a brincar e que é preciso estimular isso, mas o problema não se resume aos telemóveis.
Esta ideia de que os telemóveis perturbam a socialização e o crescimento e por isso se deve haver limitações também é defendida por Pedro Nuno Santos.
Rui Rocha afirma que a decisão tem de caber às escolas.
Uma reflexão necessária sobre o dia de reflexão
"Não é uma questão essencial da democracia, mas podemos refletir sobre isso", respondeu Paulo Raimundo, fazendo eco das palavras de todos os candidatos.
Havendo voto antecipado e num mundo onde existem redes sociais, o dia de reflexão pode já não fazer sentido para os eleitores, mas faz falta para descansar antes das eleições, disseram.
Não há consenso sobre a necessidade de introduzir um círculo de compensação
Rui Tavares, Rui Rocha e Inês Sousa Real defendem um círculo de compensação nacional. Mariana Mortágua e Paulo Raimundo concordam com uma reflexão neste sentido.
Pedro Nuno Santos afirma que está disponível para o debate mas sublinha que é preciso ter em conta as questões de governabilidade.
Luís Montenegro não concorda com um círculo de compensação mas está preocupado em acrescentar maior representativade ao sistema proporcional e por isso quer introduzir uma majoração para os círculos com menos população.
Apoio à Ucrânia deve continuar? Todos os partidos respondem
Todos os partidos concordam que o apoio militar à Ucrânia deve continuar, exceto a CDU que afirma que o apoio militar não conduziu a nenhuma solução nestes últimos dois anos e que portanto só concorda num apoio "para uma solução de paz".
Mais gastos na defesa? PAN e LIvre respondem
O PAN é um partido que pugna pela não violência, mas admite que neste momento o mundo vive um momento complicado e que é necessário um esforço muito grande de diálogo. Inês Sousa Real sublinha as questões humanitárias e ecológicas levantadas pelos conflitos.
O PAN e a Iniciativa Liberal também são contra o regresso do serviço militar obrigatório.
Para o Livre, os gastos militares devem ser aumentados para os veteranos, além disso defende que as infraestruturas militares que estão esvaziadas devem ser reutilizadas. Rui Tavares afirma que o apoio da Ucrânia não pode ser posto em casua, defende a autodeterminação da Palestina e um aprofundamento das relações de defesa na União Europeia.
Paulo Raimundo quer melhores condições para os funcionários das forças armadas
Paulo Raimundo lembra a necessidade de melhoras as condições salariais dos funcionários das forças armadas.
O secretário-geral do PCP critica a submissão de Portugal aos interesses da NATO: o problema é transferir 2% do PIB com a NATO e depois ter dificuldade em responder aos problemas dos profissionais das forças armadas e depois gastar 1% na habitação.
BE: defender Portugal e a paz na Europa sem "nos subjugarmos aos interesses económicos de outros países"
"Penso que Portugal se deve colocar sempre em iniciativas de paz e não de guerra", diz Mariana Mortágua, lembrando a "vergonha" da ação no Iraque. De qualquer forma, o BE está de acordo com as alianças europeias e afirma que os gastos na defesa devem ser os necessários para defender o país e garantir a constituição, mas não devem estar sujeitos a interesses internacionais, nomeadamente a interesses económicos de outros países - e aqui lembra a compra de submarinos.
Pedro Nuno garante que vai cumprir compromissos assumidos com a NATO
Pedro Nuno Santos garante que vai cumprir os assuntos assumidos com a NATO no que toca ao investimento na defesa e na indústria militar.
O PS também é contra o serviço militar obrigatório. "O caminho é termos uma carreira militar mais atrativa para que mais jovens queiram seguir essa carreira", conclui.
"Não pomos em cima da mesa o regresso do serviço militar obrigatório"
"Não pomos em cima da mesa o regresso do serviço militar obrigatório", afirma Luís Montenegro, que defende uma política de incentivos para que os jovens adiram à carreira militar.
“Mas nós sabemos quem são os nossos aliados: a NATO e a União Europeia. O PS admite estar de mão dada no governo com forças políticas que admitem não estar na NATO e na União Europeia?”, pressiona Montenegro.
Rui Tavares traz o Chega para o debate
"Temos posições públicas em relação à política de alianças e, daí, sabemos que temos três campos de ação: a esquerda, a direita e o Chega que só entra para as contas da governabilidade se tiver maioria absoluta", afirma Rui Tavares, repetindo uma ideia que já disse várias vezes, e considerando que seria uma traição aos eleitores se algum partido fizesse um acordo com o Chega.
O Chega anunciou que, seja qual for o partido vencedor, apresentará uma moção de rejeição. "A AD vota a favor dessa moção de rejeição?", pergunta o líder do Livre.
A resposta de Montenegro: "Quem vai viabilizar o governo são os votos das pessoas, tudo o resto são jogos da política", diz, garantindo que esta é uma questão que não interessa neste momento.
"A resposta não pode ser do voto útil e do medo, menos ainda com forças que são anti-democráticas"
"Para quem está lá em casa, a questão não é se a solução na trincheira da esquerda ou da direita", afirma Inês Sousa Real, não se comprometendo com nenhuma aliança após as eleições.
Inês Sousa Real chama para o debate a crise da habitação e o aumento dos despejos.
"A resposta não pode ser do voto útil e do medo, menos ainda com forças que são anti-democráticas", conclui.
PS e Bloco de Esquerdas disponíveis para uma maioria de esquerda
Mariana Mortágua quer que o Bloco de Esquerda seja determinante numa maioria de esquerda porque só assim poderá impor propostas que de outra forma não estariam em cima da mesa. "Já foi assim no passado, acreditamos que pode voltar a ser, embora seja muito mais difícil agora", admite.
"Confio numa maioria e confio que a força do BE é capaz de impor soluções", afirma Mortágua.
Pedro Nuno Santos confirma que o PS "está disponível para construir uma maioria que faça o país avançar. Se formos capaz disso, estamos disponíveis para liderar essa maioria".
CDU não quer discutir cenários, só conteúdos
"O que vai determinar o que acontece depois de 10 de março é a correlação de forças, quantos deputados tem cada partido e qual é o conteúdo", afirma o representante da CDU. O conteúdo das propostas é que irá determinar possíveis acordos ou diálogos, afirma Paulo Raimundo.
Rui Rocha: "Não viabilizaremos um governo minoritário do PS"
Sobre acordos pós-eleitorais, Rui Rocha responde: "Connosco não sempre foi não. Somos muito claro com quem nos entendemos e com quem não entendemos. Não viabilizaremos um governo minoritário do PS."
Montenegro: "Estamos aqui para dizer o que fazemos se ganharmos as eleições"
Luís Montenegro continua sem responder o que fará no caso de não ganhar as eleições: "Estamos aqui para dizer o que fazemos se ganharmos as eleições", responde.
"Eu só serei primeiro-ministro se ganhar as eleições. A minha política de alianças é a Aliança Democrática e eventualmente a Iniciativa Liberal", conclui.
Pedro Nuno: "Não posso dar respostas sobre orçamentos que não conhecemos"
Questionado sobre se o PS irá aprovar um orçamento do PSD, Pedro Nuno Santos afirma: "Nós não podemos estar a falar de orçamentos sem os conhecermos, por respeito democrático. Já disse que o programa que nós temos para o país é muito distante do do PSD, mas não posso dar respostas sobre orçamentos que não conhecemos."
Rui Tavares considera que é impossível um pacto da justiça com o Chega
Rui Tavares considera que "é ingénuo achar que todos os partidos poderão participar num pacto alargado sobre a justiça".
"Claramente há um partido que está interessado em cavalgar a ideia de que na política são todos os malandros e que só se interessa pela corrupção e só na política", afirma Rui Tavares, referindo-se ao Chega, que lembra que este partido defende que os direitos constitucionais podem "ser restringido por motivos de segurança pública" e "obter informações de forma abusiva e contrária à dignidade humana".