AO MINUTO | EUA "não acreditam que o que está a acontecer em Gaza é genocídio"
O que está a acontecer
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Espanha pede apoio da ONU a conferência de paz sobre Palestina
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Mais de mil membros do Hamas estão a ser tratados em hospitais turcos, diz Erdogan
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Guterres pede investigação a ataque em Rafah que matou funcionário da ONU
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Encontrados 80 cadáveres em três valas comuns no hospital Shifa de Gaza
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Egito recusa-se a coordenar com Israel entrada de ajuda humanitária em Rafah
Novo líder da Câmara dos Representantes dos EUA dá prioridade ao apoio a Israel
O novo líder da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Mike Johnson, garantiu na quinta-feira que Washington “não vai abandonar” a Ucrânia, mas defendeu que a prioridade deve ser apoiar Israel contra o Hamas.
Johnson disse que os republicanos da câmara baixa do parlamento norte-americano apresentariam primeiro um projeto de lei separado para fornecer 14,5 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros) em ajuda a Israel.
“Devemos estar ao lado do nosso importante aliado no Médio Oriente e este é Israel”, disse o conservador, no programa “Hannity” da televisão norte-americana Fox News.
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Maldivas vão juntar-se a África do Sul no TIJ contra Israel
O governo das Maldivas anunciou hoje a intenção de se juntar à denúncia apresentada no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) pela África do Sul contra Israel por alegadamente cometer "genocídio" na Faixa de Gaza.
"O Governo das Maldivas declarou a sua intenção de intervir no caso apresentado pela África do Sul contra Israel no TIJ, com a premissa de que Israel viola a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio", disse em comunicado o gabinete presidencial.
O país insular considera que "as exigências de Israel para a retirada imediata de milhares de civis palestinianos que procuram refúgio no leste de Rafah são uma prova do incumprimento por parte de Israel das medidas provisórias ordenadas pelo Tribunal Internacional de Justiça", de acordo com o texto.
"Estes atos genocidas perpetrados pelas forças de ocupação israelitas sob o pretexto de preocupações de segurança Tem resultado em deslocações em massa, fome e bloqueio da ajuda humanitária", acrescenta o comunicado.
EUA "não acreditam que o que está a acontecer em Gaza é genocídio", diz conselheiro de segurança nacional
O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou esta segunda-feira que a administração Biden "não acredita que o que está a acontecer em Gaza é genocídio".
Citado pela Reuters, Sullivan defendeu, contudo, que os civis palestinianos apanhados no meio da guerra estão a viver "um inferno", e que Israel deve fazer mais para os proteger.
O conselheiro classificou ainda a protelada operação em Rafah como "um erro".
Sobre a possibilidade de um acordo, Sullivan referiu que os EUA estão a trabalhar "nesse sentido", mas não adiantou uma data para a sua assinatura.
EUA falaram com Israel sobre incidente com manifestantes que bloquearam entrada de apoio humanitário em Gaza
A administração dos EUA falou com Israel sobre o incidente em que manifestantes israelitas bloquearam camiões com ajuda humanitária que se dirigiam para a Faixa de Gaza, revelou o Departamento de Estado através do porta-voz Vedant Patel.
Citado pela Reuters, Patel referiu que os EUA acreditam que a entrada de ajuda humanitária em Gaza "não deve ser alvo de interferências".
Espanha pede apoio da ONU a conferência de paz sobre Palestina
O Governo espanhol pediu hoje à Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) que apoie a proposta de uma conferência de paz sobre a questão palestiniana a realizar-se em Espanha.
O embaixador espanhol na ONU, Héctor Gómez, garantiu que esta conferência de paz, que ainda não tem data, já conta com o apoio da União Europeia, da Liga Árabe e da Organização da Conferência Islâmica, o que implica o apoio de "mais de oitenta Estados", enfatizou.
O apelo de Gómez foi feito numa sessão dedicada às "explicações de voto", depois de Espanha ter apoiado - e até copatrocinado - a resolução aprovada na sexta-feira por uma esmagadora maioria da Assembleia-Geral (143 votos a favor e nove contra) para pedir ao Conselho de Segurança que reconsidere a adesão plena da Palestina às Nações Unidas.
O representante espanhol sublinhou que a resolução de sexta-feira reforça os poderes da Palestina dentro da Assembleia – embora ainda não tenha direito de voto – e representa um passo em frente na solução de dois Estados para resolver o conflito palestiniano.
Guterres pede investigação a ataque em Rafah que matou funcionário da ONU
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu uma investigação completa ao ataque que resultou na morte de um funcionário da ONU na manhã de hoje na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
"O secretário-geral ficou profundamente triste ao saber da morte de um funcionário do Departamento de Segurança e Proteção das Nações Unidas e do ferimento de outro funcionário do mesmo departamento quando o seu veículo da ONU foi atingido ao deslocarem-se para o Hospital Europeu em Rafah, esta manhã", disse o porta-voz adjunto de Guterres, Farhan Haq.
António Guterres condenou todos os ataques contra o pessoal da ONU e apelou a uma "investigação completa", enviando as suas condolências à família do funcionário que perdeu a vida no ataque de hoje.
"Com o conflito em Gaza a continuar a ter um pesado impacto – não só sobre os civis, mas também sobre os trabalhadores humanitários – o secretário-geral reitera o seu apelo urgente a um cessar-fogo humanitário imediato e à libertação de todos os reféns", acrescentou Haq.
Crescente Vermelho Palestiniano anuncia libertação por Israel de dois funcionários em Gaza
O Crescente Vermelho Palestiniano anunciou hoje a libertação de dois dos seus funcionários que estavam há quase 50 dias detidos pelas forças de segurança israelitas na Faixa de Gaza.
Os dois elementos tinham sido detidos em março durante uma ofensiva do exército israelita nas imediações do hospital Al Amal, em Khan Younis, no sul do enclave palestiniano.
"Esta manhã, as forças de ocupação libertaram dois membros da equipa de ambulâncias do Crescente Vermelho Palestiniano: Ahmad Abdul Khaliq Abu Taima e o paramédico Mumin Shabab al Taif”, anunciou a organização numa mensagem divulgada na rede social x (antigo Twitter).
Segundo a mesma fonte, os dois homens estavam a trabalhar no hospital quando foram detidos a 24 de março e encontram-se agora no hospital.
O Crescente Vermelho Palestiniano fez ainda saber que outros quatro trabalhadores continuam detidos por Israel e que "o seu destino é desconhecido".
Mais de mil membros do Hamas estão a ser tratados em hospitais turcos, diz Erdogan
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse esta segunda-feira que mais de mil membros do Hamas estão a ser tratados em hospitais turcos.
As palavras de Erdogan, citadas pela Reuters, foram proferidas à margem de um encontro com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, em Ancara.
O presidente turco e Mitsotakis têm visões diferentes do Hamas; enquanto Erdogan classificou o grupo como “movimento de resistência”, o primeiro-ministro grego referiu-se ao Hamas como “organização terrorista”.
Hamas perde contacto com militantes que guardavam quatro reféns israelitas
As brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, perderam o contacto com os militantes que guardavam quatro reféns israelitas em Gaza, segundo um comunicado do grupo, citado pela Reuters.
Israel ataca mais de 120 alvos na Faixa de Gaza
A Força Aérea Israelita atacou mais de 120 alvos dos militantes palestinianos na Faixa de Gaza no último dia, de acordo com um comunicado das IDF citado pelo Haaretz.
Segundo a mesma nota, o exército israelita reportou também a morte de vários militantes na zona leste de Rafah.
Gallant disse a Blinken que operação em Rafah será de precisão
Ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, falou este domingo com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e disse ao responsável americano que a operação em Rafah será de precisão.
Citado pelo The Times of Israel, Gallant disse que Israel não será dissuadido de completar os objetivos de Guerra de resgatar os reféns e eliminar o Hamas.
Durante a chamada, Blinken alertou Gallant contra a realização de uma grande operação em Rafah, de acordo com o comunicado do Departamento de Estado.
“O ministro expressou o seu apreço ao secretário Blinken pelo continuo apoio dado pela administração americana”, pode ler-se na nota.
Ataques israelitas à Faixa de Gaza já fizeram mais de 35 mil mortos
Os ataques israelitas à Faixa de Gaza já fizeram 35.091 mortos desde 7 de outubro, indicou o Ministério da Saúde do território, citado pela Reuters.
A ofensiva israelita fez também 78.827 feridos, segundo a mesma fonte.
Bispo José Ornelas condena “escândalo dos escândalos” que é a morte de milhares de crianças em Gaza
O bispo de Leiria-Fátima condenou hoje, no final da peregrinação de maio ao santuário da Cova da Iria, a guerra na Faixa de Gaza, considerando “escândalo dos escândalos” a morte de milhares de crianças.
Numa alocução aos cerca de 200 mil peregrinos presentes no santuário, José Ornelas disse que a “paz foi um tema bem presente” na peregrinação, referindo que é um “bem necessário” ao mundo.
“Paz para a Ucrânia, aquela cruel guerra que já dura há tanto tempo, paz para a terra de Jesus, a Palestina, onde mais de 35 mil pessoas já perderam a vida, e a maioria, escândalo dos escândalos, crianças e mães que não sabem o que fazer para ajudar e manterem em vida os seus filhos”, disse o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Numa intervenção interrompida por aplausos dos fiéis, José Ornelas sublinhou que, “o pior de tudo” na Faixa de Gaza, “que não se pode admitir, é proibir que chegue ajuda alimentar necessária para mais de um milhão de pessoas que estão a morrer de fome”.
“Daqui da Cova da Iria apelamos à paz. [O conflito] É inconcebível para o coração de Deus, mas é inconcebível para um coração humano que isto esteja a acontecer no nosso mundo”, disse José Ornelas.
Na ocasião, o bispo de Leiria-Fátima deixou também um apelo à solidariedade para com as vítimas das inundações no Brasil, “muitos dos quais perderam tudo”.
Netanyahu apresenta guerra como uma escolha entre Israel e os “monstros” do Hamas
Israel assinala esta segunda-feira o Dia da Memória com cerimónias no Monte Herzl - o cemitério nacional de Israel - e noutros locais em memória dos soldados mortos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse aos presentes na cerimónia que a atual guerra contra o Hamas, tal como as guerras anteriores, representam valores eternos: “o amor ao homem e à nação, o amor ao país, a vontade de se sacrificar, a crença na justiça do caminho”.
Netanyahu continuou: “A guerra é exatamente sobre isso: ou somos nós, Israel, ou eles, os monstros do Hamas.”
“Cobramos e cobraremos um preço elevado ao inimigo pelos seus atos criminosos. Alcançaremos os objetivos da vitória, e no centro deles está o regresso a casa de todos os nossos reféns. Mas o preço que pagamos, o preço pago pelas gerações anteriores a nós, este preço é muito pesado”.
O ministro da Defesa Yoav Galant disse na cerimónia que a guerra atual é “a guerra mais justa que o Estado de Israel alguma vez conheceu. Esta é uma guerra sem escolha”.
“Esta é uma guerra que vai continuar até trazermos de volta os nossos reféns. Vamos desmantelar o domínio do Hamas e as suas capacidades militares”, finalizou.
Ministro da Defesa israelita avisou secretário de Estado norte-americano sobre operação em Rafah
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, informou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sobre a operação militar israelita em Rafah, e sobre a tomada da passagem fronteiriça para o Egito, informou o gabinete de Gallant esta segunda-feira.
Numa chamada telefónica efetuada durante a noite, Gallant e Blinken “discutiram a evolução da situação em Gaza (...) e a operação precisa na zona de Rafah contra os restantes batalhões do Hamas, assegurando simultaneamente a passagem da fronteira”, sublinha o comunicado avançado pela Reuters.
Quatro soldados israelitas feridos num ataque do Hezbollah
Quatro soldados israelitas ficaram feridos, esta segunda-feira, em Yiftah, no norte de Israel, na sequência de um ataque com mísseis da organização xiita do Hezbollah, informou o exército israelita. “Após o soar das sirenes no norte de Israel, foram identificados dois mísseis antitanque que atravessaram o território libanês em direção à região de Yiftah”, refere um comunicado do exército.
Dos soldados que foram transportados para o hospital, três estão em estado considerado ligeiro e um em estado moderado.
O exército afirmou ainda que um drone do Líbano caiu na área de Zarit, avança a agência EFE.
Ataques aéreos israelitas em Jabalia matam 20 palestinianos
As autoridades de saúde palestinianas afirmaram nesta segunda-feira que recolheram 20 corpos de palestinianos mortos nos ataques aéreos israelitas durante a noite em Jabalia, no norte de Gaza, enquanto dezenas de pessoas ficaram feridas, avança o The Guardian.
Os tanques israelitas entraram no campo de refugiados em Jabalia, que alberga mais de 100 mil pessoas, no domingo, depois de pesados bombardeamentos noturnos na zona.
O exército de Israel afirmou que o seu objetivo é eliminar “as tentativas do Hamas de reabilitar as suas capacidades militares em Jabalia”.
Egito diz que vai apoiar o processo de África do Sul contra Israel
O Egito declarou que vai apoiar o processo de genocídio da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, de acordo com um comunicado do governo egípcio.
A decisão do Egito de intervir no processo foi tomada “à luz da escalada da gravidade e do alcance dos ataques israelitas contra civis palestinianos na Faixa de Gaza”, refere o comunicado.
“Estes ataques incluem o alvejamento deliberado de civis, a destruição de infra-estruturas, a deslocação forçada e a criação de condições de vida insuportáveis, conduzindo a uma crise humanitária sem precedentes em Gaza. Estas acções constituem uma violação flagrante do direito internacional, do direito humanitário e da Quarta Convenção de Genebra de 1949 relativa à proteção dos civis em tempo de guerra”.
O Egito reiterou o seu apelo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e às “partes internacionais influentes” para que tomem medidas imediatas para impedir as violações do direito internacional em Gaza e à ofensiva militar de Israel na cidade de Rafah.
O Egito recusou-se a coordenar com Israel a travessia de Rafah na sua fronteira “devido à inaceitável escalada israelita”, depois das forças israelitas terem tomado o controlo da travessia no início da semana, informou o meio de comunicação social estatal Al-Qahera News.
Mais de 300 mil pessoas fugiram de Rafah
Cerca de 360 mil pessoas fugiram de Rafah, a cidade mais a sul de Gaza, durante a última semana, avançam as Nações Unidas.
As pessoas estão a sair em massa de Rafah, na sequência dos apelos israelitas à evacuação antes da grande ofensiva terrestre.
“Entretanto, no norte de Gaza, os bombardeamentos e outras ordens de evacuação criaram mais deslocações e medo para milhares de famílias. Não há sítio para onde ir. Não há segurança sem um cessar-fogo", afirmou a UNRWA (agência das Nações Unidas para os refugiados) na segunda-feira no X.
Philippe Lazzarini, Comissário-Geral da UNRWA, alertou que a alegação de “zonas seguras” é falsa e enganadora. "Nenhum sítio é seguro em #Gaza. Ponto final", afirmou.
As Nações Unidas e as organizações humanitárias estimam que entre 1,2 e 1,4 milhões de pessoas viviam na zona de Rafah.
Nearly 360,000 people have fled #Rafah since the first evacuation order a week ago.
— UNRWA (@UNRWA) May 13, 2024
Meanwhile, in north #Gaza bombardments & other evacuation orders have created more displacement & fear for thousands of families.
There’s nowhere to go. There’s NO safety without a #ceasefire pic.twitter.com/BEgP97DVNi
Paulo Rangel recusa genocídio, mas diz que catástrofe humanitária exige condenação
O ministro dos Negócios Estrangeiros recusa chamar de genocídio ao que está a acontecer em Gaza, considerando que seria “injusto” dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano, mas realça a existência de uma catástrofe humanitária.
“O genocídio pressupõe a vontade de eliminar um povo. Seria muito injusto dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano”, disse Paulo Rangel, numa entrevista ao jornal espanhol El País, onde sublinha que “existe uma catástrofe humanitária que exige condenação, que exige que Israel aceite um cessar-fogo imediato e que precisa de ser reparada o mais rapidamente possível”.
Paulo Rangel recorda na entrevista que Portugal expressou esta posição ao Governo israelita e ao seu embaixador em Lisboa.
Questionado sobre se a comunidade internacional deveria impor medidas punitivas a Israel, o ministro respondeu que se deve “exercer grande pressão sobre o Governo”.
”Portugal entende que o Estado israelita enfrenta uma ameaça existencial. Isto também não deve ser escondido, mas uma coisa não elimina a outra”, refere.
“É por isso que somos a favor da solução de dois Estados, ambos têm o direito de existir. A pressão aumentou claramente. Os Estados Unidos desempenharam um papel muito importante nesse sentido”, defendeu o ministro, entendendo que é preciso continuar a exercer a diplomacia e até “alguma pressão política” sobre Israel para, pelo menos, se conseguir um cessar-fogo.
A propósito do reconhecimento da Palestina como Estado por parte da Espanha e de outros países, Paulo Rangel disse que Portugal tem “uma posição muito próxima”, “embora não seja exatamente a mesma”.
“Há uma diferença temporal. Fazemos consultas com outros Estados-Membros para ver qual é o momento mais oportuno para dar esse passo”, afirmou o governante, acrescentando que “existe um grande consenso europeu sobre a questão dos dois Estados”.
Rangel recordou ainda que Portugal “tomou medidas para tentar reunir os países relutantes a favor da votação sobre a Palestina na Assembleia Geral”.
Na entrevista, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse igualmente que a preocupação de Portugal “não é criar uma linha divisória na União Europeia, uma fratura que radicalize posições”, mas manter uma “posição construtiva”.
Israel intensifica ataques no campo de refugiados de Jabalia
Os tanques israelitas avançaram ainda mais para Jabalia, no norte de Gaza, nesta segunda-feira, com os tanques a aterrar no centro do campo de refugiados da cidade e com os ataques aéreos a destruírem casas, avança o The Guardian.
As tropas israelitas terão forçado centenas de palestinianos alojados nos abrigos a abandonar o local.
A Al Jazeera informou que as forças israelitas estão a disparar contra as ambulâncias que tentam socorrer os feridos, enquanto os ataques aéreos israelitas atingem áreas residenciais no interior do campo de refugiados.
“Estavam a bombardear por todo o lado, incluindo perto de escolas que abrigam pessoas que perderam as suas casas”, disse um residente, no domingo à agência Reuters.