AO MINUTO | Israel anuncia morte de 10 comandantes do Hezbollah, incluindo o chefe de operações
O que está a acontecer
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Israel lança mais de 50 bombardeamentos no sul do Líbano
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Agência de segurança garante que pagers que explodiram no Líbano não foram fabricados na Bulgária
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Pagers e walkie-talkies foram manipulados antes de entrar no Líbano
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Guardas Revolucionários do Irão prometem “uma resposta esmagadora do eixo da resistência” contra Israel
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Dois soldados israelitas mortos perto da fronteira com o Líbano
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Depois dos pagers, walkie-talkies do Hezbollah também explodiram
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Remessas "estranhas" de dinheiro para Taiwan, Mossad, pagers e walkie-talkies - o misterioso "ataque dos pagers"
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"Operação dos pagers" abre novo capítulo na guerra de Israel contra o Hezbollah
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Israel avisou os EUA antes da operação no Líbano, mas não deu detalhes sobre o que foi planeado
Guerra com Hamas tem 'frente' no ciberespaço
O conflito entre Israel e o Hamas estendeu-se já ao ciberespaço, com atos de espionagem, terrorismo e sabotagem, por atores estatais e não estatais, conclui um relatório elaborado pela empresa de segurança S21sec.
O relatório agora divulgado alerta para o risco de “ataques dirigidos a países que apoiaram publicamente Israel perpetrados por grupos de ideologia islâmica ou pró-palestina”, registando vários incidentes por parte de grupos pró-palestinianos contra aplicações israelitas.
Estes ataques envolvem a exploração de vulnerabilidades para enviar notificações falsas aos seus utilizadores.
Durante os primeiros dias do conflito, segundo a S21sec, foram registados vários ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS), um tipo de ataque cibernético com o objetivo de bloquear um site por um período limitado de tempo, impedindo os utilizadores de terem acesso.
O documento informa que um dos primeiros grupos ‘hacktivistas’ a mostrar atividade cibernética durante o conflito foi o Anonymous Sudão, que dirigiu ataques DDoS contra os sistemas de aviso de emergência israelitas Red Alert e Tzeva Adom, menos de uma hora após o lançamento dos primeiros mísseis do Hamas.
O ataque cibernético consistiu, adianta a mesma fonte, na desativação das aplicações Tzeva Adom, um sistema de radar de alerta precoce instalado pelas Forças de Defesa de Israel, e o Red Alert, uma aplicação desenvolvida por voluntários para fornecer alertas de mísseis em tempo real aos cidadãos israelitas.
A S21sec refere ainda que, durante algum tempo, devido à exploração de uma vulnerabilidade no Interface de Programação de Aplicações (API), os atacantes enviaram uma falsa ameaça de ataque nuclear aos utilizadores das aplicações.
Entre os grupos que podem apoiar Israel, está o APT34 (OilRig), conhecido pelos seus laços com o governo iraniano.
Alguns grupos que poderão a vir apoiar o Hamas incluem o APT-C-23 (Avid Viper) e o Gaza Cybergang, ambos conhecidos pelos seus ciberataques contra alvos israelitas, refere o relatório.
Nos últimos anos, as guerras “não são apenas travadas no terreno físico, pois o ciberespaço tem-se tornado uma extensão do campo de combate”, afirmaram os especialistas no relatório da S21Sec.
O ataque do Hamas contra Israel a 07 de outubro fez mais de 1.400 mortos em Israel, na maioria civis, e a retaliação israelita fez cerca de 4.000 mortos em Gaza, também sobretudo civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.
No 14.º dia de guerra entre Israel e o Hamas, que prossegue apesar de uma intensa atividade diplomática, o Exército israelita continuou hoje a bombardear a Faixa de Gaza.
Segundo o Exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas a 07 de outubro pelo movimento islamita.
O número de reféns do Hamas mantidos em cativeiro em Gaza foi na quinta-feira revisto em alta, para 203 pessoas, e o Exército israelita indicou hoje que “a maioria está viva”.
A S21sec é uma empresa líder internacional em serviços de segurança digital, com foco na pesquisa e desenvolvimento estratégico. Fundada em 2000, emprega mais de 250 especialistas qualificados na área da segurança digital.
Siga ao minuto:
"O Hezbollah sente que Israel tem poucos limites e uma capacidade de lhe causar danos graves como nunca tinha sentido"
O comentador da CNN Portugal José Azeredo Lopes considera que os ataques israelitas de terça e quarta-feira, em que fez explodir em simultâneo milhares de pagers e walkie-talkies de operacionais do Hezbollah, tiveram um "impacto devastador" no grupo xiita do ponto de vista anímico e ao "liquidar várias estruturas intermédias" da organização.
Israel "tirou as luvas" e luta agora "sem linhas vermelhas": guerra com o Hezbollah está no horizonte
O correspondente da CNN Portugal em Israel Henry Galsky dá conta dos mais recentes desenvolvimentos do conflito entre Israel e o Hezbollah, que escalou esta semana após sucessivos ataques israelitas no Líbano.
Hezbollah confirma morte de Ibrahim Aqil
O grupo libanês Hezbollah confirmou que o principal comandante militar foi morto no ataque israelita, esta sexta-feira, em Beirute, escreve a agência Reuters.
ONU exige responsabilização de quem "ordenou e executou" explosões no Líbano
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos pediu hoje uma investigação "independente, completa e transparente" às explosões de dispositivos eletrónicos no Líbano e na Síria e exigiu a responsabilização de quem "ordenou e executou" esses ataques.
"O direito internacional humanitário proíbe o uso de dispositivos de armadilha na forma de objetos portáteis aparentemente inofensivos que são especificamente projetados e construídos para conter material explosivo", disse Volker Turk perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
"É um crime de guerra cometer violência com a intenção de espalhar o terror entre civis", acrescentou o alto comissário durante uma reunião solicitada pela Argélia após explosões simultâneas de aparelhos como ‘pagers’ ou ‘walkie-talkies esta semana no Líbano e na Síria.
Irão condena ataque "brutal e cruel" de Israel em Beirute
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão condenou hoje o bombardeamento israelita nos arredores de Beirute contra o seu aliado Hezbollah, referindo-se a um ataque “brutal e cruel”, que fez pelo menos 14 mortos e dezenas de feridos.
"O brutal e cruel ataque aéreo do regime sionista em Beirute constitui uma violação flagrante do direito internacional, bem como uma violação da soberania, integridade territorial e segurança nacional do Líbano", disse o porta-voz da diplomacia de Teerão, Nasser Kanani, em comunicado de imprensa.
Pelo menos 14 pessoas morreram e 66 ficaram feridas no bombardeamento de hoje num bairro nos subúrbios de Beirute, segundo o último balanço das autoridades do Líbano.
As forças israelitas reclamam ter abatido no ataque o líder da unidade de elite Radwan, Ibrahim Aqil, e vários outros comandantes militares do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão.
Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu que os objetivos do seu país "são claros" e que as ações do seu Exército “falam por si”, de acordo com uma mensagem divulgada pelo seu gabinete na rede X.
O ministro da Defesa israelita afirmou por seu lado que os ataques desta “nova fase” da guerra contra o Hezbollah continuarão até que os deslocados no norte do seu país possam regressar às suas casas, referindo-se a cerca de 60 mil habitantes que residiam na região próxima da fronteira com o Líbano.
“A série de operações da nova fase da guerra continuará até atingirmos o nosso objetivo: garantir o regresso seguro das comunidades do norte de Israel às suas casas”, declarou Yoav Gallant em comunicado, acrescentando: “Os nossos inimigos não têm onde se refugiar, nem mesmo nos subúrbios de Beirute".
Anteriormente, o porta-voz das forças israelitas, Daniel Hagari, afirmou em conferência de imprensa que Israel não pretende "uma ampla escalada" militar na região.
Em resposta ao “bombardeamento seletivo” realizado horas antes pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), a milícia libanesa pró-iraniana efetuou novos ataques contra posições militares israelitas no norte do país.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza desde há 11 meses.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
"Ninguém na população usa pagers. O ataque de Israel é a alvos militares legítimos, são terroristas do Hezbollah"
O major-general Isidro de Morais Pereira considera que Israel ainda "está a pautar-se pelo direito internacional humanitário", mesmo após a explosão de centenas de pagers e walkie-talkies do Hezbollah no Líbano.
ONU adverte que o conflito pode ser maior do que a devastação até agora assistida
O chefe dos assuntos políticos da ONU acaba de alertar para o facto de que, se nada na tensão entre Israel, o Hamas e o Hezbollah, “corremos o risco de assistir a uma conflagração que poderá ser maior do que a devastação e o sofrimento testemunhados até agora”.
Governo do Irão condena ataque aéreo israelita a Beirute
Segundo a AFP, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, condenou “o brutal e cruel ataque aéreo do regime sionista a Beirute”, dizendo que tal “constitui uma violação brutal do direito e das normas internacionais, bem como uma violação da soberania, da integridade territorial e da segurança nacional do Líbano”.
Israel afirma que não pretende "ampla escalada" militar na região
O Exército israelita afirmou hoje que não pretende "uma ampla escalada" militar na região, após o ataque aéreo nos arredores de Beirute, no qual foi morto o líder da unidade de elite do movimento xiita libanês Hezbollah.
Conselho de Segurança da ONU reunido de emergência
O Conselho de Segurança da ONU está a realizar uma reunião de emergência sobre as explosões de pagers e walkie-talkies no Líbano, que mataram pelo menos 20 pessoas e fizeram mais de 450 feridos.
Número de mortos no ataque israelita a Beirute sobe para 14
O Ministério da Saúde do Líbano confirmou a morte de 14 pessoas na sequência de um ataque israelita a Beirute na sexta-feira.
Amnistia Internacional pede investigação a explosões no Líbano
A organização não-governamental Amnistia Internacional defendeu hoje uma investigação internacional para responsabilizar os autores das explosões de dispositivos eletrónicos no Líbano e na Síria, que esta semana fizeram pelo menos 37 mortos e mais de 3.000 feridos.
Em comunicado divulgado antes de o Conselho de Segurança das Nações Unidas debater as explosões, a organização considerou que, se “Israel for considerado responsável, então estes ataques tiveram lugar no contexto de um conflito armado em curso”.
A Amnistia adianta que as provas que recolheu e analisou indicam que quem planeou as detonações não verificou se apenas combatentes tinham recebido os aparelhos, como ‘pagers’ ou ‘walkie-talkies’, pelo que os “ataques foram efetuados de forma indiscriminada” e são “ilegais”, devendo ser investigados como “crimes de guerra”.
Recordando que Israel não comentou as explosões, a organização cita declarações do Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sobre o início de uma nova fase da guerra com o Líbano e os elogios aos “excelentes resultados” da segurança e dos serviços secretos israelitas.
“As autoridades libanesas e os funcionários norte-americanos também indicaram acreditar que foi Israel a orquestrar os ataques”, lê-se no comunicado.
A Amnistia Internacional informou ter contactado o Gabinete do primeiro-ministro israelita e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Telavive para obter respostas às alegações de que Israel foi responsável pelas explosões.
De acordo com as primeiras investigações libanesas, os aparelhos de comunicação ligados ao grupo xiita Hezbollah transportavam uma carga explosiva oculta.
As Nações Unidas criticaram o caráter indiscriminado do ocorrido, ao registarem-se explosões em locais não militares ou com grandes aglomerações.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou para que os objetos civis não fossem utilizados como armas.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel, a partir do sul do Líbano, em apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas que está envolvido numa guerra na Faixa de Gaza com Israel há 11 meses.
Netanyahu: “Os nossos objetivos são claros, as nossas ações falam por si”
Benjamin Netanyahu disse esta sexta-feira que os “objetivos” de Israel “são claros” e que “as ações falam por si”, de acordo com a imprensa israelita.
"Se eu perder, Israel vai deixar de existir": Trump apela ao voto dos judeus
O candidato republicano afirma que os democratas vão "destruir" os judeus. Já Kamala Harris recebeu o apoio de Oprah Winfrey e revelou ser dona de armas de fogo. "Se alguém invadir a minha casa, vai ser alvejado", disse a candidata, que apela ao maior controlo da venda de armas.
Israel anuncia morte de 10 comandantes do Hezbollah e garante estar preparado para tudo
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmou que 10 comandantes séniores do Hezbollah morreram num ataque ao Líbano, incluindo Ibrahim Aqil, que era chefe de operações do grupo.
As mortes são o resultado de um ataque realizado em Beirute, capital libanesa.
Em declarações reproduzidas pela agência Reuters, o porta-voz do exército israelita referiu que não há qualquer alteração nas instruções de defesa, garantindo que o país está preparado para todos os cenários, tanto ofensivos como defensivos.
"Um assassínio em massa, não indiscriminado e feito à distância": Israel fez algo que nunca tinha acontecido na história
O jornalista da CNN Portugal Rolando Santos afirma que os ataques desta semana de Israel contra o Hezbollah "são de uma complexidade extraordinária" e algo nunca antes visto na história dos conflitos mundiais.
Rolando Santos diz também "não ter grandes dúvidas" de que Israel vai invadir o Líbano brevemente.
Líbano de luto após ataques terroristas de Israel
O líder do Hezbollah admitiu que o grupo xiita sofreu um "golpe sem precedentes" durante aquilo a que chamou de "evento de terrorismo maciço". No entanto, Hassan Nasrallah prometeu retaliação e garantiu que Israel não vai conseguir fazer retornar os seus residentes ao norte do país.
VÍDEO: o momento em que caças israelitas sobrevoaram os céus de Beirute enquanto o líder do Hezbollah discursava
O correspondente da CNN Internacional Ben Wedeman testemunhou em direto a passagem de vários caças israelitas a sobrevoar Beirute. O episódio aconteceu no momento que o secretário-geral do Hezbollah discursava sobre a onda de explosões no Líbano.
Bombardeamento israelita faz 13 mortos em Gaza
Pelo menos 13 palestinos morreram, esta sexta-feira, após um bombardeamento israleita em Gaza, avavnçam fontes médicas citadas pela Reuters.
Duas casas e o escritório do Hamas que fazia a ligação aos jornalistas foram atingidos pelo ataque.
Ataque israelita em Beirute causou 8 mortos, diz Governo libanês
O Ministério da Saúde do Líbano anunciou que o ataque israelita a uma alegada posição do Hezbollah nos arredores de Beirute fez pelo menos oito mortos e 59 feridos.
O comandante de uma unidade de elite do Hezbollah foi morto no “ataque seletivo” das forças israelitas nos arredores de Beirute, disse uma fonte próxima do grupo libanês pró-iraniano.
“O ataque israelita teve como alvo o chefe da força Al-Radwan, Ibrahim Aqil, que foi morto”, disse a fonte não identificada à agência francesa AFP.
Entretanto, as equipas da Defesa Civil libanesa procuram sobreviventes nos escombros de dois edifícios atingidos pelo bombardeamento israelita nos subúrbios do sul de Beirute, conhecidos como Dahye, um importante reduto do grupo xiita Hezbollah.
“Na sequência do desmoronamento de dois edifícios residenciais na zona de Jamous, nos subúrbios do sul de Beirute, em consequência do ataque israelita, equipas especializadas de busca e salvamento da Direção-Geral da Defesa Civil dirigiram-se para o local a partir de vários centros”, declarou a organização na sua conta no X.