Os diários de Kiev: os enviados especiais da CNN Portugal à Ucrânia
Pedro Mourinho e Filipe Caetano, enviados especiais à Ucrânia, escrevem breves retratos sobre um país, a Ucrânia, que não sabe se outro país, a Rússia, vai iniciar uma invasão de consequências imprevisíveis. Atualizado diariamente
CNN Portugal em Kiev: sirenes tocaram várias vezes, ouviram-se bombardeamentos. É hora de recolher aos abrigos nas estações de metro
O segundo dia da invasão russa na capital ucraniana de Kiev ficou marcada pelo som das sirenes de perigo, que tocaram várias vezes.
Também foram vários os bombardeamentos possíveis de se ouvir e, ao fim da tarde, as estações de metro que servem de abrigo começam a encher-se de pessoas.
Trazem água, mantimentos, os animais de estimação.
CNN Portugal em Dnipro: jornalistas revistados, cidade às escuras e recolher obrigatório às 22:00
O enviado especial da CNN Portugal, Filipe Caetano, relatou aquele que é o cenário de guerra vivido esta quinta-feira na cidade de Dnipro, na Ucrânia.
Os jornalistas da CNN Portugal foram severamente revistados por estarem na rua, que se encontra às escuras, quando o recolher obrigatório é às 22:00 locais (20:00) devido à lei marcial.
A pressão psicológica
Por Pedro Mourinho
Supermercado em Kiev. Nem parece que o estado de emergência entra em vigor à meia-noite. Mas a pressão psicológica é real e sente-se .
Nas margens do rio Dnipro
por David Luz
A imagem de um hotel que não chegou a ser acabado. Um símbolo da corrupção no período soviético, nas margens do rio Dnipro.
Marina fica
Por Filipe Caetano
Marina Romantsova é uma ativista em Kramatorsk, na região de Donbass. É russófona e rejeita os argumentos de Putin de querer defender estas populações. Diz-se ucraniana e não aceita a ocupação. Diz que não vai sair da cidade, apesar de recear os bombardeamentos, porque não há abrigos suficientes na cidade.
CNN em Kramatorsk: população preparada para confronto caso seja necessário
O jornalista da CNN Portugal, Filipe Caetano está em Kramatorsk, em Donbass, que faz parte da Ucrânia "defendida" pelo exército local.
A população não aceita o discurso de Putin e diz estar preparada para o confronto direto caso seja necessário.
Lembre-se que Kramatorsk já foi ocupada pelo exército russo durante cerca de três meses em 2014/2015.
CNN Portugal em Kiev: tarde marcada por manifestação contra Putin
O parlamento russo autorizou Putin a enviar tropas nacionais para fora das fronteiras.
O vice-ministro da defesa explicou que este pedido se prendeu com o facto da Ucrânia ter neste momento, junto ao leste do país, cerca de 60 mil efetivos e também argumentando que os ucranianos estão a receber armamento por parte da NATO.
Em Kiev, a tarde ficou marcada por uma manifestação à porta da embaixada da Rússia com muitas dezenas de pessoas.
Os manifestantes exibiram cartazes contra Vladimir Putin após as últimas declarações do presidente russo, que sugeriu que a Ucrânia terá sido "fundada" por Lenine.
A CNN Portugal nos limites de Donbass
Esta é a zona que marca os limites de Donbass. Os separatistas russos querem a autonomia de toda a região, mesmo que atualmente só controlem um terço.
Apesar da tensão, a normalidade impera em Kiev
O presidente Volodymyr Zelensky revelou que está a analisar um corte total das relações diplomáticas com a Rússia, na sequência do reconhecimento, por parte da administração de Vladimir Putin, do reconhecimento da independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk
E de repente
por Pedro Mourinho
8 e meia da noite em Kiev. A cidade ficou quase deserta de repente. É hora de jantar, mas os ucranianos sabem que no horizonte está uma tempestade das grandes.
Filipe Caetano em Kramatorsk, a capital da região do Donbass
Filipe Caetano em Kramatorsk, a capital da região do Donbass
A TVI e a CNN Portugal estão em Donbass, mais concretamente na cidade de Kramatorsk, transformada em capital da região, depois da queda de Donetsk. A frente de batalha fica a apenas 20km daqui.
Cimeira entre Joe Biden e Vladimir Putin? "Ainda é cedo para falar disso"
A Rússia continua a prosseguir com aquilo que aparentam ser os planos para uma invasão do território ucraniano. O repórter da CNN Portugal em Kiev, Pedro Mourinho, deu conta dos mais recentes desenvolvimentos deste conflito.
Filipe Caetano encontra raios laser em Dnipro
Da margem direita do rio Dnipro vemos estes enormes raios laser, como que a dizer: Estamos aqui e não temos medo...
A cultura da guerra entranhada na vida das pessoas
Dnipro: crianças brincam com peças militares enquanto tensão entre Ucrânia e Rússia sobe de tom
Em Dnipro as crianças brincam com peças militares trazidas de Donbass e os pais têm de estar sempre a explicar o que se passa.
Café português em Dnipro
Totalmente de ucranianos, mas muito bem feito. Com bica, pastéis de nata e ginginha.
E não é que encontrámos um café português em Dnipro?
Filipe Caetano em Dnipro
Na margem direita do rio Dnipro. Domingo de sol e cidade para já muito tranquila.
Em Dnipro, cidade estratégica no sul da Ucrânia, ainda se vive com tranquilidade
Filipe Caetano é o repórter da CNN Portugal em Dnipro, uma cidade estratégica no sul da Ucrânia para onde fogem muitos dos que se sentem ameaçados na região separatista de Donbass.
Apesar da escalada de tensões e da invasão russa iminente, os ucranianos em Dnipro continuam a fazer a sua vida normal, aproveitando a aparente tranquilidade antes de estalar um eventual conflito.
"Há cerca de 300 portugueses que residem na Ucrânia"
Pedro Mourinho, repórter da CNN Portugal em Kiev, realça o apelo feito este domingo pela embaixada de Portugal na Ucrânia, que pede aos portugueses naquele país que entrem em contacto com a embaixada "o mais rapidamente possível".
Há cerca de 300 portugueses a residir na Ucrânia, ainda que a grande maioria sejam cidadãos ucranianos que conseguiram cidadania portuguesa porque estiveram emigrados em Portugal. Apenas dez vivem na região separatista de Donbass.
"Há registo de combates violentos esta madrugada em Donetsk"
Pedro Mourinho, repórter CNN em Kiev, dá conta de violentos combates esta madrugada na cidade de Donetsk, na zona separatista da Ucrânia, numa altura em que mais de 40 mil pessoas já foram retiradas do leste do país e levadas para a Rússia.
A operação de evacuação prevê a retirada de cerca de 700 mil pessoas, sobretudo idosos, mulheres e crianças, que serão instaladas em alojamentos temporários.