GUERRA AO MINUTO | Rússia coloca Zelensky na lista de procurados. Kiev fala em "desespero" por parte de Moscovo
O que está a acontecer
-
Kiev diz que inclusão de Zelensky em lista de procurados de Moscovo é "desespero"
-
Rússia coloca Zelensky na lista de procurados
-
Agência Atómica da ONU denuncia atividades militares "quase diárias" na central de Zaporizhzhia
-
Rússia diz que abateu quatro mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano na Crimeia
-
Forças de Kiev sob pressão máxima no leste da Ucrânia
Lukashenko diz que impasse na linha da frente é propícia para as conversações de paz
O presidente da Bielorrússia reconhece que existe um impasse na linha da frente da Ucrânia e que as condições são propícias para as conversações de paz, de acordo com a TASS.
Aleksandr Lukashenko diz que os acordos de Istambul podem tornar-se o ponto de partida para as negociações.
Se a Rússia utilizar o arsenal nuclear como forma de retaliação face às ações ocidentais, haverá um “apocalipse”, avisa ainda. Lukashenko admite que o Ocidente faz constantemente reconhecimentos aéreos sobre a Bielorrússia e que deteta até 50 voos de espiões por semana perto das fronteiras.
Desta forma, a probabilidade de incidentes na fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia é bastante elevada, diz.
Siga ao minuto:
Ministro da Defesa italiano exclui "intervenção direta" dos militares no conflito
O ministro da Defesa italiano exclui a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia este sábado.
“A nossa posição não muda: sempre dissemos que a Ucrânia precisa de ajuda de todas as formas possíveis e estamos a fazê-lo, mas também sempre excluímos a intervenção direta dos nossos militares no conflito”, disse Guido Crosetto, durante uma entrevista ao Corriere della Sera.
A discussão deste tema “aumenta as tensões”. “O cenário imaginado na Ucrânia não só não se enquadra neste caso, como daria origem a uma nova escalada do conflito, em particular em detrimento dos próprios ucranianos. No fundo, não há condições para o nosso envolvimento direto", acrescenta.
Zelensky diz que a Ucrânia abateu avião russo em Donetsk
A Ucrânia abateu um avião russo Su-25 na região de Donetsk este sábado. A informação foi avançada pelo presidente ucraniano.
“Gostaria de fazer uma menção especial aos soldados da 110ª brigada mecanizada separada por terem abatido outro Su-25 russo na região de Donetsk hoje. Bom trabalho, malta!” disse Volodymyr Zelensky, num vídeo publicado no site da presidência.
“Cada brigada de combate nossa que mantém as suas posições com firmeza, cada guerreiro que assegura o resultado para si próprio, para os seus irmãos de armas e para a sua unidade, defende toda a Ucrânia e preserva a oportunidade de a Ucrânia não só resistir como também repelir o ocupante”, acrescentou.
Sobe para seis o número de feridos em Kharkiv. Todos são funcionários da fábrica atacada
Subiu para seis o número de feridos em Kharkiv, na sequência de um ataque russo com mísseis. As vítimas trabalham na fábrica que alvo do ataque.
"Neste momento, seis pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque a uma empresa civil no distrito industrial de Kharkiv. Entre elas estão quatro mulheres de 39, 36, 21 e 18 anos, e dois homens de 21 anos. As vítimas apresentam ferimentos provocados por explosivos. Todos eles são empregados da fábrica", escreveu o governador no Telegram.
Explosão faz cinco feridos em Belgorod. Governador diz que é "milagroso" ninguém ter morrido
Uma explosão na cidade russa de Belgorod fez cinco feridos, de acordo com o governador.
Apesar de não revelar a origem da explosão, Vyacheslav Gladkov afirma que os feridos foram levados para o hospital com ferimentos, nomeadamente na cabeça e na cara, provocados pelos estilhaços.
O governador garante que é “milagroso” ninguém ter morrido.
Há também registos de danos em 30 casas e 10 carros.
Embaixada russa no Reino Unido acusa país de "crescente envolvimento direto" na guerra
A embaixada russa no Reino Unido acusa o país de um “crescente envolvimento direto” na guerra e que as declarações de David Cameron são a “confirmação” disso.
“Guiado pelos seus próprios objetivos puramente políticos, incluindo considerações eleitorais oportunistas, o governo britânico está persistentemente a seguir um curso de escalada e expansão da geografia das ações militares”, ataca a embaixada russa, num comunicado.
“Quando as tarefas da operação militar especial estiverem concluídas, todos os envolvidos nos ataques a cidades russas pacíficas e noutros atos criminosos enfrentarão o castigo que merecem”, continua.
Sobe para cinco o número de feridos em Kharkiv
O governador regional de Kharkiv atualizou para cinco o número de feridos após um ataque russo com mísseis a Kharkiv.
“Cinco pessoas ficaram feridas até agora. Os médicos hospitalizaram mais uma mulher. Os socorristas continuam a eliminar um incêndio de grandes proporções numa fábrica civil", escreveu Oleh Syniehubov, no Telegram.
Ataque russo a Odessa fere três pessoas e provoca estragos em infraestruturas civis
As tropas russas atacaram a região de Odessa com mísseis este sábado. O bombardeamento fez três feridos e danificou infraestruturas civis.
“Esta tarde, o inimigo lançou um ataque com mísseis no distrito de Odesa. Três pessoas ficaram feridas: um homem e duas mulheres. O homem recebeu cuidados médicos no local, enquanto as mulheres foram hospitalizadas. Estão a receber a assistência médica necessária", escreveu o governador da região, Oleh Kiper, no Telegram.
Rússia acusa NATO de se preparar para conflito com Moscovo
Moscovo diz que os exercícios militares da NATO junto da fronteira com a Rússia são a prova de que a aliança se está a preparar para um conflito. A posição foi deixada pela porta-voz do Kremlin.
Maria Zakharova garante que a NATO está a realizar o maior exercício desde a Guerra Fria, sublinhando que estas manobras surgem depois de a Aliança Atlântica ter apoiado a Ucrânia com armas e ajuda financeira.
O Steadfast Defender, que começou em janeiro, tem uma duração prevista de quatro meses e envolve mais de 90 mil soldados.
Tribunal russo condena prisioneiro ucraniano a 18 anos de prisão
Um tribunal russo condenou um prisioneiro ucraniano a 18 anos de prisão, avança o Kyiv Independent.
Vladyslav Plahotnyk, o homem em causa, foi acusado de “participação numa organização terrorista” e de “treino para o terrorismo” por ser membro do batalhão Azov, que a Rússia declarou ser uma organização terrorista.
⚡️Russian court sentences Ukrainian POW to 18 years in penal colony.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) May 4, 2024
Vladyslav Plahotnyk was accused of "participation in a terrorist organization" and "training for terrorism," by being a member of the Azov battalion which Russia has declared a terrorist organization.
Ucrânia diz ter destruído míssil Kh-59/69 na região de Dnipro
A forças ucranianas dizem ter destruído um míssil Kh-59/69 na região de Dnipro.
“No distrito de Dnipro, uma unidade do Comando Aéreo Oriental destruiu um míssil aéreo guiado Kh-59/69”, escreveram nas redes sociais.
Kiev diz que inclusão de Zelensky em lista de procurados de Moscovo é "desespero"
A diplomacia da Ucrânia reagiu à inclusão este sábado do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na lista de procurados do Ministério do Interior da Rússia, dizendo que se trata de uma prova do “desespero” de Moscovo.
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, "as informações russas sobre a alegada inclusão do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na lista de pessoas procuradas pelo Ministério do Interior russo demonstram o desespero do Estado russo e da máquina de propaganda, que não sabe o que mais inventar para chamar a atenção".
“Gostaríamos de lembrar a todos que, ao contrário dos anúncios inúteis da Rússia, o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional contra o ditador russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra é real e executório em 123 países”, acrescenta o comunicado.
Segundo a agência noticiosa oficial russa TASS, Zelensky é procurado "ao abrigo de um artigo não especificado do Código Penal da Federação Russa".
Pelo menos quatro feridos em ataque russo a zona industrial de Kharkiv
As tropas russas atacaram a região de Kharkiv com mísseis. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.
A informação é avançada pelo governador da região, Oleh Syniehubov, após ter afirmado que uma empresa na zona industrial da cidade tinha sido atingida.
Rússia coloca Zelensky na lista de procurados
A Rússia abriu um processo criminal contra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e colocou-o na lista de procurados, noticia a agência russa TASS, que cita o Ministério do Interior russo, que não avançou mais detalhes.
Em fevereiro, a Rússia já havia colocado a primeira-ministra da Estónia Kaja Kallas, o ministro da Cultura da Lituânia e membros do Parlamento da Letónia na lista de procurados por destruírem monumentos da era soviética.
A Rússia emitiu igualmente um mandado de captura contra o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) que, no ano passado, emitiu um mandado de captura contra o Presidente Vladimir Putin, acusado de crimes de guerra.
Zelensky partilha vídeo dos ataques dos últimos sete dias: “Bombardearam as nossas cidades mais de 380 vezes só esta semana”
Volodymyr Zelensky partilhou imagens dos ataques russos da última semana. O presidente ucraniano volta a apelar por sistemas de defesa antiaérea para responder ao “terror russo”.
Pode ler-se na publicação:
“Decisões atempadas e suficientes sobre defesa antiaérea da Ucrânia e o fornecimento atempado de armas aos nossos guerreiros são o que precisamos neste momento para proteger vidas.
Regiões de Kharkiv, Chernihiv, Sumy, Donetsk, Zaporizhzhia, Mykolaiv, Kherson e Odessa. Os terroristas russos bombardearam as nossas cidades mais de 380 vezes só esta semana. E isto acontece todas as semanas desta guerra.
O terror quotidiano e deliberado da Rússia contra o nosso povo, as nossas cidades e as nossas aldeias pode ser travado. Os nossos aliados dispõem de todos os sistemas e armas necessários para que a Ucrânia possa proteger as suas vidas.”
Timely and sufficient decisions on air defense for Ukraine and timely weapon supplies for our warriors are what we need right now to protect lives.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 4, 2024
Kharkiv, Chernihiv, Sumy, Donetsk, Zaporizhzhia, Mykolaiv, Kherson, and Odesa regions. Russian terrorists have shelled our cities… pic.twitter.com/obPNfZjCrR
Agência Atómica da ONU denuncia atividades militares "quase diárias" na central de Zaporizhzhia
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) denunciou atividades militares "quase diárias" nas imediações da central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, alertando novamente para o perigo das mesmas para a integridade das instalações.
O novo aviso da agência nuclear das Nações Unidas surge depois de os seus peritos terem ouvido, na passada terça-feira, durante uma inspeção, "mais de uma centena de disparos nas imediações" da central.
"Em três ocasiões, no espaço de uma hora, na tarde de terça-feira, a equipa da AIEA na ZNPP ouviu um total de mais de 100 disparos de espingardas de assalto", refere a nota da agência.
A AIEA recebeu das autoridades russas que controlam a central a informação de que as forças russas estão a combater uma unidade de operadores de 'drones' ucranianos e que os disparos ouvidos na terça-feira foram efetuados pelas tropas russas para abater um aparelho que sobrevoava o edifício do centro de formação técnica da central.
"Os peritos da AEIA não viram provas de 'drones' no perímetro da instalação", indicou o diretor-geral da agência, Rafael Mariano Grossi, num comunicado em que relata os acontecimentos desta semana, citado pela Europa Press.
"Esta última atividade militar na central revela uma situação persistentemente instável que coloca importantes desafios à segurança nuclear e à proteção desta importante central nuclear", avisa o diretor-geral da agência.
Itália diz que declarações de Macron sobre possível envio de tropas ocidentais aumentam tensão com Rússia
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, considerou que as declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de envio de tropas ocidentais para a Ucrânia "aumentam a tensão" em torno do conflito iniciado pela invasão russa.
A posição do governante italiano consta de uma entrevista de Guido Crosetto ao jornal diário 'Corriere dela Sera', hoje publicada.
"Não julgo o Presidente de um país amigo como a França, mas não entendo o propósito e a utilidade destas declarações, que objetivamente aumentam a tensão", afirmou o ministro.
Crosetto reafirmou que a posição de Itália não muda e que, ainda que sempre tenha defendido a necessidade de ajudar a Ucrânia, "foi excluída uma intervenção direta dos militares italianos no conflito".
"A Ucrânia deve ser ajudada para evitar uma extensão do conflito, mas todas as formas de diálogo devem ser procuradas, começando a tecer a rede diplomática", afirmou o governante.
O ministro da Defesa italiano lembrou ainda que em Itália existe uma "proibição explícita de intervenções militares diretas fora do previsto nas leis e na Constituição", e que o país apenas pode realizar "intervenções armadas por mandato internacional, por exemplo em aplicação de uma resolução da ONU".
"Todos os países podem fazer algo mais em termos de ajuda, mas acima de tudo devemos acreditar e insistir na diplomacia. Devemos fazer tudo para chegar a uma trégua: mesmo que o resultado seja um dia sem bombardeamentos, porque podem converter-se em dois, três quatro [dias]", sublinhou.
Quinta-feira, numa entrevista publicada no semanário britânico The Economist, Macron reafirmou a possibilidade de enviar tropas terrestres ocidentais para a Ucrânia no caso de a Rússia "romper as linhas da frente" e Kiev solicitar esse apoio.
Polónia condena ciberataques russos e anuncia que também foi alvo
A Polónia condenou os ciberataques de um grupo russo chamado APT28 na Alemanha e na Chéquia, anunciando ainda que também foi um dos alvos, avança a Reuters.
A Polónia expressou a sua solidariedade com a Alemanha e Chéquia face aos ciberataques contra instituições democráticas e partidos políticos, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
A Alemanha acusou Moscovo de ter lançado ciberataques contra o partido que está no poder e contra empresas do setor da defesa e aeroespacial, não especificando quais as consequências do incidente.
“A Polónia, que é também um dos alvos dos ciberataques do APT 28 e condena veementemente as atividades repetidas, inaceitáveis e prejudiciais levadas a cabo no ciberespaço por entidades russas", diz o comunicado.
A declaração não fornece pormenores sobre o ataque.
China é "um dos grandes financiadores da Rússia" e uma "expansão militar maciça" dependerá fortemente de Pequim
João Rodrigues dos Santos, economista, sublinha que a China é "um dos grandes financiadores da Rússia". O especialista lembra o aumento das trocas comerciais entre as duas potencias. Em 2023 aumentou 23%.
Rússia diz que abateu quatro mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano na Crimeia
O Ministério da Defesa da Rússia disse, este sábado, que as forças do Kremlin neutralizaram quatro mísseis de longo alcance produzidos pelos Estados Unidos, na península da Crimeia, noticia a Reuters.
De acordo com Moscovo, tratam-se de Sistemas de Mísseis Tácticos do Exército, também conhecidos como ATACMS, que Washington enviou para a Ucrânia nas últimas semanas.
O ministério da Defesa da Rússia não acrescentou qualquer outro pormenor.
Chasiv Yar é uma inevitabilidade. Forças de Kiev sob pressão máxima no leste da Ucrânia
As Forças de Defesa da Ucrânia encontram-se sob pressão máxima no leste do país, à medida que a Rússia intensifica as suas investidas em superioridade de homens e equipamento militar antes da chegada do novo apoio militar a Kiev.
Desde a queda de Adviivka, em fevereiro passado, pouco antes de se assinalar o segundo aniversário da invasão russa, as tropas de Moscovo têm concentrado fogo na direção de Chasiv Yar, uma pequena cidade na província de Donetsk que tinha apenas 13 mil habitantes antes da guerra e que se encontra semi-destruída.
Nas últimas semanas, as forças russas fizeram progressões na região, aldeia após aldeia, com casos em que a mesma localidade muda sucessivamente de mãos no mesmo dia, a par de campanhas de ataques com bombas aéreas e planadoras que saturam os deficitários militares ucranianos.
Na quinta-feira, o comando do Exército de Kiev reafirmou que a situação na linha da frente no leste da Ucrânia estava a piorar, mas que os defensores conseguiam manter-se firmes face a um esforço concertado das tropas russas em vantagem.
“O inimigo está a atacar ativamente ao longo de toda a linha de frente e em várias direções conseguiu certos avanços táticos”, descreveu Nazar Voloshyn, porta-voz do comando estratégico ucraniano no leste do país, acrescentando que a situação estava “a mudar dinamicamente”.
De acordo com analistas militares, a conquista de Chasiv Yar parece uma inevitabilidade e permitirá às tropas de Moscovo tomar um importante centro logístico das forças ucranianas e abrir caminho contra outros objetivos na região, como Sloviansk e Kramatorsk, na região do Donbass, com graves consequências para a posição estratégica de Kiev.