GUERRA AO MINUTO | Kremlin diz que dará "resposta séria ao roubo do Ocidente" se bens congelados forem confiscados
O que está acontecendo
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Dois mortos em bombardeamento na região de Zaporizhzhia
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Rússia diz ter destruído 17 drones lançados pela Ucrânia
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Ucrânia e outros juntaram-se aos Balcãs na lista de espera de adesão à UE
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Rússia arrancou instalações de gás importantes para o abastecimento da UE
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O Governo do Tajiquistão recomenda aos seus cidadãos que evitem deslocações para a Rússia
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As Forças do Sul da Ucrânia destruíram seis radares militares militares nas últimas 24 horas
EUA criticam "negociatas corruptas" entre Coreia do Norte e Rússia após veto na ONU
A diplomacia norte-americana criticou hoje o veto russo a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre monitorização das sanções à Coreia do Norte, denunciando "negociatas corruptas" entre os dois países, particularmente em matéria de armamento.
“As ações de hoje da Rússia minaram cinicamente a paz e a segurança internacionais, tudo para promover negociatas corruptas que Moscovo firmou com a Coreia do Norte”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em conferência de imprensa.
A Rússia vetou hoje, pela primeira vez em 14 anos, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que prolongaria até 2025 o mandato do painel de peritos que auxilia o comité de sanções para a Coreia do Norte.
A resolução, redigida pelos Estados Unidos, recebeu 13 votos a favor, a abstenção da China e o voto contra da Rússia, que como membro permanente do Conselho de Segurança tem o poder de bloquear um projeto de resolução.
O projeto visava estender o mandato do painel de peritos até 30 de abril de 2025 e solicitava aos especialistas que apresentassem de forma confidencial o seu relatório intercalar ao Conselho.
A resolução não altera o regime de sanções a Pyongyang, que permanece em vigor e que está relacionado, sobretudo, com o seu programa nuclear.
Siga ao minuto:
Kremlin diz que dará "resposta séria ao roubo do Ocidente" se bens congelados forem confiscados
O Kremlin avisou que dará uma resposta “séria” ao Ocidente se os bens russos que foram congelados foram confiscados. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Russo, Maria Zakharova, disse no Telegram que “todos os bens russos devem manter-se intocados, porque caso contrário haverá uma resposta séria ao roubo do Ocidente. Muitos no Ocidente já perceberam isto, mas nem todos”.
O responsável russo acrescentou que a Rússia nunca desistirá dos territórios ucranianos que ocuparam para que lhe sejam devolvidas os bens que ficaram congelados, no contexto de avaliação aplicada pela União Europeia e pelos Estados Unidos: “a nossa pátria não está à venda”.
Tropas russas conquistam aldeia perto de Donetsk
A Rússia terá conquistado a aldeia de Novobakhmutivka, na região de Donetsk, na Ucrânia, avançou a agência de notícias Interfax, que cita o Ministério da Defesa da Rússia.
Dois mortos em bombardeamento na região de Zaporizhzhia
A cidade de Pologi, na região russa de Zaporizhzhia, foi bombardeada. A informação foi avançada por Oleg Melnichenko, governador da região de Penza, na Rússia, através do Telegram e citado pela Reuters.
Rússia diz ter destruído 17 drones lançados pela Ucrânia
A Rússia destruiu sobre o seu território 17 drones lançados pela Ucrânia. O Ministério da Defesa da Rússia disse, no Telegram, que, na madrugada de domingo, nove drones foram destruídos sobre o território da região de Bryansk, três sobre a região de Kursk, dois sobre a região de região de Belgorod e três sobre a região de Kaluga.
Ucrânia e outros juntaram-se aos Balcãs na lista de espera de adesão à UE
Quando se celebram 20 anos sobre o maior alargamento da União Europeia (UE), avoluma-se a lista de espera de países candidatos, com uma Ucrânia em guerra e outros vizinhos a juntarem-se aos países dos Balcãs Ocidentais, há muito na “fila”.
Vinte anos após o maior alargamento do projeto europeu, com a entrada simultânea de 10 países, em 2004, são atualmente nove os países com estatuto oficial de "candidatos" à adesão: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Geórgia, Macedónia do Norte, Montenegro, Moldova, Sérvia, Turquia e Ucrânia.
A estes, junta-se, como “candidato a candidato”, outro país dos Balcãs Ocidentais, o Kosovo, que tem o problema suplementar de ainda não ser reconhecido por cinco Estados-membros da UE.
Têm cinco metros de comprimento e um alcance de 500 quilómetros: o que são os mísseis Taurus que Kiev pede?
O major-general Isidro Morais Pereira explica em que é que consistem os mísseis Taurus que são solicitados por Kiev no âmbito da guerra contra a Rússia, e que a Alemanha não quer enviar.
Rússia atacou instalações de gás importantes para o abastecimento da UE, afirma Zelensky
A Rússia atacou com 34 mísseis instalações de gás importantes para o abastecimento da União Europeia, afirmou Volodymyr Zelensky este sábado na sua declaração noturna.
"O alvo principal era o setor da energia (...). Em particular, as instalações de gás que são cruciais para garantir o fornecimento seguro à União Europeia", disse o presidente ucraniano.
Governo do Tajiquistão recomenda aos seus cidadãos para evitarem deslocações à Rússia
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Tajiquistão recomendou este sábado aos cidadãos do país para evitarem viajar para a Rússia caso não seja estritamente necessário.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Tajiquistão recomenda urgentemente aos cidadãos do país que se abstenham temporariamente de viajar para o território russo em todos os tipos de transporte, a menos que seja absolutamente necessário", disse o ministério à agência estatal russa RIA Novosti.
A recomendação surge após a detenção de mais de uma dezena de cidadãos do país após o ataque terrorista de 22 de março à sala de espetáculos Crocus City Hall, nos subúrbios de Moscovo.
Forças do sul da Ucrânia destruíram seis radares militares russos nas últimas 24 horas
As Forças de Defesa do Sul da Ucrânia anunciaram este sábado ter destruído, entre outro equipamento, seis radares militares russos nas últimas 24 horas.
A informação foi comunicada através do Telegram, onde a mesma fonte referiu ter eliminado 160 combatentes russos no último dia.
Ataques russos à região de Dnipropetrovsk fazem três feridos
Uma série de ataques russos a Dnipropetrovsk fez três feridos, informou o governador militar regional, Serhiy Lysak, no Telegram.
Duas mulheres, de 40 e 88 anos, ficaram feridas em Nikopol. Na capital da região, Dnipro, também uma mulher de 59 anos sofreu ferimentos.
Rússia diz ter atingido instalações energéticas ucranianas esta semana
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou este sábado ter realizado 35 ataques contra instalações energéticas, fábricas, infraestruturas ferroviárias, defesas aéreas e paióis na semana de 20 a 27 de abril.
No seu canal no Telegram, o porta-voz Igor Konashenkov justificou os ataques ao afirmar que estes foram realizados "em resposta às tentativas do regime de Kiev de
danificar as instalações energéticas e industriais russas".
Medvedev promete retaliar confisco de bens russos por parte dos Estados Unidos
No Telegram, o antigo presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, ameaçou os Estados Unidos com o confisco dos bens americanos na Rússia, em resposta a uma medida similar tomada por Washington D.C.
"É óbvio que não seremos capazes de dar uma resposta totalmente simétrica a esta grosseria estatal de roubar descaradamente os nossos bens. A razão é clara - não possuímos uma quantidade significativa de bens americanos", começou por escrever Medvedev no seu canal no Telegram.
"Por conseguinte, a resposta só pode ser assimétrica. (...) Estamos a falar de execução hipotecária, por exemplo, por ordem judicial, sobre os bens de particulares situados na jurisdição da Rússia (dinheiro, bens imóveis e móveis, direitos de propriedade)", explicou o ex-chefe de Estado russo.
"Sim, esta é uma história complicada, uma vez que estes indivíduos são normalmente investidores na economia russa. E nós garantimos-lhes a inviolabilidade dos seus direitos de propriedade privada. Mas aconteceu o inesperado - o seu Estado declarou-nos uma guerra híbrida, incluindo uma guerra legal e judicial", completou.
Zelensky pede mais ajuda internacional na defesa aérea: "O mundo tem todos os recursos para nos ajudar. É completamente fazível"
Numa publicação na rede social X, Volodymyr Zelensky fala dos mísseis russos que esta noite foram disparados em direção à Ucrânia, e que o país conseguiu interceptar mas só em parte, para pressionar a comunidade internacional de forma a conseguir mais ajuda na defesa aérea.
“O mundo tem todos os recursos para nos ajudar a intercetar todos os mísseis e drones disparados por terroristas russos. Isto é completamente fazível”, argumenta Zelensky. Só é preciso, diz o Presidente ucraniano, que as “decisões políticas necessárias” e “acordos” sejam implementados.
Neste momento, justifica, aquilo de que a Ucrânia precisa é de sistemas de defesa aérea, com qualidade e quantidade suficiente de armas para que o país se proteja, e que sejam entregues “rapidamente”. “O terror deve falhar sempre, e toda a gente que nos ajudar a combater o terror russo é um verdadeiro defensor da vida”.
This night, 34 Russian missiles targeted Ukraine. We managed to intercept a portion of them. However, the world has all of the resources to assist us in intercepting every missile and drone fired by Russian terrorists. This is completely doable. All that is required is for the… pic.twitter.com/BLaKaed656
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 27, 2024
Serviços norte-americanos acreditam que Putin não mandou matar Navalny
Os serviços de informações dos Estados Unidos concluíram que “o mais provável” é que Vladimir Putin não tenha dado ordem para matar Alexei Navalny, o líder da oposição russa que morreu na prisão.
Segundo o Wall Street Journal, uma avaliação feita com base em informação confidencial e também nos factos que são públicos levam os serviços norte-americanos a não acreditar que tenha havido uma ordem direta que tenha levado à morte de Navalny, ao contrário do que o círculo mais próximo do antigo líder da oposição russa tem defendido.
A Sky News cita uma resposta dada ao relatório por um assessor de Navalny, Leonid Volkov, em que classifica as conclusões como “ingénuas e ridículas”.
Kremlin diz que os laços entre Moscovo e Pequim vão continuar
O Kremlin ignorou a viagem do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à China, e vincou que Moscovo e Pequim continuarão a desenvolver os seus próprios laços, avançou a Reuters.
O apoio da China à Rússia, a questão de Taiwan e as relações económicas entre as duas potências foram os principais temas discutidos na viagem que durou três dias.
Kremlin diz que a Rússia vai procurar formas de ultrapassar eventuais sanções da UE às suas operações de GNL
O governo russo está a procurar formas de ultrapassar o que considera serem "eventuais sanções" que a União Europeia imponha às suas operações de gás natural liquefeito (GNL), anunciou o Kremlin, citado pela Reuters.
“Quaisquer medidas seriam um tiro pela culatra para a indústria europeia”, avisa o Kremlin.
Relatadas várias explosões em Kharkiv
Na noite desta sexta-feira, foram relatadas várias explosões em Kharkiv. No Telegram, Igor Terekhov, presidente da Câmara local, confirmou a ocorrência do ataque.
“Kharkiv está sob ataque! O inimigo está a atingir a cidade. Já ocorreram várias explosões”, escreveu o autarca.
Ucrânia ataca duas refinarias e um aeródromo na região russa de Krasnodar
A Ucrânia atacou duas refinarias de petróleo, na região russa de Krasnodar, com drones, na madrugada, causando incêndios nas instalações, avança a Reuters.
Os drones ucranianos também atacaram o aeródromo militar de Kushchevsk.
Ucrânia mostrou que anterior Comissão "subestimou" a importância de mais adesões, diz comissário europeu
O comissário europeu do Alargamento, Olivér Várhelyi, considera que o anterior executivo comunitário “subestimou muito” a importância de a União Europeia continuar a expandir-se, que se tornou “muito clara” após a agressão militar russa à Ucrânia.
Em entrevista à Lusa por ocasião do 20º aniversário do maior alargamento da história da UE – quando 10 países aderiram em simultâneo ao bloco comunitário, que passou de 15 para 25 Estados-membros -, e em vésperas de eleições europeias que assinalarão um novo ciclo institucional e político, Várhelyi diz esperar “que a próxima Comissão seja uma Comissão de alargamento”, necessitando para tal de um mandato claro dos Estados-membros (Conselho), para prosseguir e completar o trabalho que o atual executivo fez para revitalizar o processo, colocado em pausa pelo executivo anterior.
Ao assumir a presidência da Comissão Europeia em 2014, Jean-Claude Juncker anunciou que, durante o seu mandato, até 2019, não haveria mais adesões, sustentando que a UE necessitava de “fazer uma pausa no seu processo de alargamento, para consolidar” o projeto europeu, então com 28 Estados-membros.
Comentando a nova disponibilidade da UE para reavivar o processo com vista a acolher novos Estado-membros, o comissário europeu para a Vizinhança e Alargamento admite que a invasão da Ucrânia pelas forças russas em fevereiro de 2022 “claro que teve um grande impacto na política de alargamento”, bastando constatar que, “apenas uns dias após o início da agressão russa, três dos parceiros de Leste – Ucrânia, Moldova e Geórgia - candidataram-se imediatamente à adesão”.
“E a razão [dos pedidos de adesão], tal como se pode constatar nas candidaturas submetidas, foi que estes países consideram a adesão à UE a única garantia a longo prazo para a sua própria paz, estabilidade e segurança. Isto é o que significa para eles, e é assim que nós também devemos entendê-lo: que o valor de ser membro da UE é talvez mais importante do que aquilo que temos considerado”, diz.
“Relativamente à Comissão Juncker, penso certamente que subestimaram muito o valor do alargamento da UE, não só para aqueles que querem aderir, como para os que já estão. E penso que essa é outra grande lição que temos de aprender da Comissão Juncker, e foi por isso que começámos a trabalhar muito rapidamente desde o primeiro dia do mandato, no sentido de restaurar a credibilidade, ou o sentido, do alargamento, também para os membros da UE”, afirma.
"Há uma tendência dos Estados Unidos para criar grupos para conter o crescimento da China, que o vê como não natural"
O comentador da CNN Portugal Tiago André Lopes afirma que Estados Unidos e China "estão em pontos muito diferentes do ponto de vista diplomático" e refere. Acusações contra Pequim da parte de Antony Blinken, que afirma que a China está a tentar interferir nas próximas eleições americanas, "podem não ajudar ao pouco sucesso que a visita" do secretário de Estado dos EUA à capital chinesa teria.