GUERRA AO MINUTO | Putin lamenta morte de Ebrahim Raisi e recorda-o como "um verdadeiro amigo" da Rússia
O que está a acontecer
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Rússia diz que Irão não pediu ajuda para investigar morte do presidente Ebrahim Raisi
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Ucrânia diz que ainda controla 60% de Vovchansk, no nordeste de Kharkiv
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Putin lamenta morte de Ebrahim Raisi e recorda-o como "um verdadeiro amigo" da Rússia
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Refinaria de petróleo russa em Krasnodar alvo de ataque com drones
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Reino Unido e Finlândia assinam parceria face ao risco de “agressão russa”
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EUA vão usar ativos russos para ajudar a Ucrânia
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Zelensky pede sistemas anti-aéreos após ataques fatais na região de Kharkiv
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Seis mortos e 27 feridos num ataque aéreo em Kharkiv
NATO apela a europeus para aumentarem produção de armas
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, pediu aos europeus que produzam mais armas para aumentarem as entregas à Ucrânia, de acordo com uma entrevista publicada hoje no jornal alemão Welt am Sonntag.
A menos de uma semana da reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que se realiza em Bruxelas a 15 e 16 de fevereiro, Stoltenberg insistiu: "Precisamos de reconstruir e desenvolver a nossa base industrial de forma mais rápida, para aumentar as entregas à Ucrânia e repor os nossos próprios 'stocks'".
"O que significa passar de uma produção lenta em tempo de paz para uma produção rápida em tempo de conflito", afirmou ao Welt am Sonntag.
"Não existe uma ameaça militar iminente contra um aliado. No entanto, o Kremlin faz regularmente ameaças contra os países da NATO", observou Stoltenberg.
A invasão russa da Ucrânia, há quase dois anos, demonstrou que "a paz na Europa não é um dado adquirido", referiu o responsável, insistindo na importância de proteger os países da Aliança.
"Enquanto investirmos na nossa segurança e permanecermos unidos, continuaremos a impedir a agressão", disse.
"A NATO não procura a guerra com a Rússia, mas temos de nos preparar para um confronto que pode durar décadas", alertou.
Siga ao minuto:
Lavrov reuniu-se com ministro dos Negócios Estrangeiros chinês
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, reuniu-se esta manhã com o seu homólogo chinês, Wang Yi, na capital do Cazaquistão, Astana, avança a agência noticiosa estatal russa TASS.
De acordo com a mesma fonte, os dois ministros reuniram-se para discutir a implementação dos acordos russo-chineses alcançados durante a visita de Estado do presidente russo, Vladimir Putin, à China.
Rússia diz que Irão não pediu ajuda para investigar morte do presidente Ebrahim Raisi
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, adiantou que as autoridades do Irão não pediram ajuda da Rússia para investigar a morte do presidente iraniano, Ebrahim Raisi,
"Não houve nenhum sinal a esse respeito por parte dos nossos amigos iranianos”, frisou Peskov, quando questionado sobre isso em conferência de imprensa.
De acordo com Dmitry Peskov, a Rússia estava pronta para enviar dois helicópteros para o Irão para procurar o helicóptero que se despenhou com o presidente iraniano a bordo. "Houve uma interação muito próxima entre o Ministério de Situações de Emergência e o Ministério da Defesa, (...) dois helicópteros também estavam a postos para serem enviados para a Arménia assim que as condições climatéricas normalizassem", esclareceu.
Ucrânia diz que ainda controla 60% de Vovchansk, no nordeste de Kharkiv
A Ucrânia ainda controla cerca de 60% da cidade fronteiriça de Vovchansk, situada no nordeste de Kharkiv, perante a ofensiva russa, que não cede na região.
"O inimigo continua a tentar, especialmente dentro de Vovchansk, empurrar as forças armadas ucranianas para fora da cidade", disse o vice-governador Roman Semenukha, indicando que "cerca de 60% da cidade é controlada pelas forças armadas ucranianas, o que significa que os ataques não param".
Putin lamenta morte de Ebrahim Raisi e recorda-o como "um verdadeiro amigo" da Rússia
O presidente russo, Vladimir Putin, prestou homenagem ao seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, que morreu num acidente de helicóptero, descrevendo-o como um "político notável" e um "verdadeiro amigo" da Rússia.
"Ebrahim Raisi era um político notável (...). Como verdadeiro amigo da Rússia, deu um contributo pessoal inestimável para o desenvolvimento das relações de boa vizinhança entre os nossos países [Rússia e Irão] e fez grandes esforços para as elevar ao nível de parceria estratégica", afirmou o Presidente russo numa mensagem de condolências emitida pelo Kremlin.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, prestou homenagem a Ebrahim Raisi e ao seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, que morreu no mesmo acidente.
"O presidente Raisi e o ministro dos Negócios Estrangeiros Amir-Abdollahian eram amigos verdadeiros e de confiança", afirmou Lavrov em comunicado.
Refinaria de petróleo russa em Krasnodar alvo de ataque com drones
A refinaria russa de petróleo de Slavyansk, situada na região de Krasnodar, ficou danificada após um ataque com seis drones, avança a agência estatal russa TASS.
Trata-se de uma refinaria privada com uma capacidade para produzir cerca de 80.000 barris de petróleo por dia.
A Rússia tem vindo a reportar um aumento de ataques ucranianos no seu território desde que as suas forças abriram uma nova frente na região de Kharkiv, no início deste mês.
Reino Unido e Finlândia assinam parceria face ao risco de “agressão russa”
O Reino Unido e a Finlândia vão estabelecer hoje uma parceria estratégica para reforçar os laços diplomáticos e enfrentar a “ameaça de agressão russa” na Europa, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
O acordo, que prevê uma cooperação reforçada para combater a desinformação e os ataques cibernéticos russos, e para participar na reconstrução da Ucrânia, será ratificado pelo chefe da diplomacia britânica, David Cameron, e pela homóloga finlandesa, Elina Valtonen, em Londres.
Os dois países irão declarar que a Rússia, que partilha uma fronteira de 1.300 quilómetros com a Finlândia, constitui “a ameaça mais significativa e direta à paz e estabilidade europeias”, disse o ministério.
Londres e Helsínquia querem “trabalhar em conjunto nos desafios à segurança global e apoiar a Ucrânia até que a guerra seja vencida”, acrescentou a diplomacia britânica, num comunicado.
Nos últimos meses, os dois países assinaram acordos de segurança com a Ucrânia, nos quais se comprometeram a continuar a fornecer a Kiev apoio militar e financeiro a longo prazo.
No caso da Finlândia, o acordo foi assinado a 03 de abril entre o Presidente finlandês, Alexander Stubb, e o seu homólogo ucraniano Volodymir Zelenski.
“Ao nos unirmos para apoiar a Ucrânia, inclusive fornecendo ajuda e treino militar, queremos deixar claro que a ameaça de agressão russa, depois da guerra que desencadeou, não será tolerada”, declarou o ministro David Cameron.
“Esta parceria estratégica, baseada nos nossos valores partilhados, fará com que o Reino Unido e a Finlândia intensifiquem a sua cooperação para reforçar a segurança europeia e aproveitar novas oportunidades”, colaborando em áreas como a ciência, tecnologia, energia e a luta contra a imigração ilegal, acrescentou Cameron.
EUA vão usar ativos russos para ajudar a Ucrânia
O Departamento do Estado norte-americano adianta que o Congresso lhe conferiu o “poder de confiscar ativos russos nos EUA” e que pretende utilizá-los para apoiar a Ucrânia, lê-se numa publicação feita na rede social X, antigo Twitter.
Congress has given us the power to seize Russian assets in the U.S., and we intend to use it.
— Department of State (@StateDept) May 19, 2024
We are working with @G7 partners to see that Russia’s immobilized sovereign assets are used to remedy the damage Putin continues to cause in Ukraine. - @SecBlinken pic.twitter.com/QxJl1cwQYO
Sobe para 6 o número de mortos em Kharkiv
Segundo o Ukrinform, o número de mortos do ataque em Kharkiv subiu para seis, estando agora contabilizados ainda 27 feridos.
Zelensky pede sistemas anti-aéreos após ataques fatais na região de Kharkiv
Na sequência dos ataques aéreos desta terça-feira, o presidente Volodymyr Zelensky pediu mais uma vez aos aliados mais sistemas de defesa anti-aéreos para proteger Kharkiv e outras cidades.
O Presidente ucraniano informa que há novos relatórios de ataques “a cada hora”. Na rede social X, Zelensky partilhou vídeos da destruição causada pelos ataques aéreos russos.
Cinco mortos e 16 feridos num ataque aéreo em Kharkiv
No ataque aéreo russo à localidade de Malodanylivka, no distrito de Kharkiv, 5 civis foram mortos e mais 16 ficaram feridos. Uma mulher grávida de 7 meses está entre as vítimas.
Das 16 pessoas que foram atingidas pelo ataque, 8 estão feridas com gravidade, segundo a Sky News.
Rússia diz ter abatido 103 drones e 12 mísseis de longo alcance em 24 horas
As defesas aéreas russas derrubaram 103 drones ucranianos e 12 mísseis ATACMS fabricados nos Estados Unidos nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Defesa russo, citado pela Sky News.
Autoridades russas disseram anteriormente que a Ucrânia disparou nove ATACMS contra a Crimeia e atacou regiões russas com pelo menos 60 drones, forçando uma refinaria de petróleo no sul da Rússia a interromper as operações.
Quatro mortos em ataque russo em Kharkiv
Quatro pessoas morreram e pelo menos mais oito ficaram feridas num ataque aéreo russo em Kharkiv, avançaram autoridades ucranianas, citadas pela Sky News.
O governador de Kharkiv, Oleh Syniehubov, disse que o ataque atingiu a área residencial de Malodanyliv.
Ucrânia destrói caça-minas da frota russa do Mar Negro
As forças ucranianas destruíram o caça-minas da frota russa do Mar Negro, afirmou a Marinha Ucraniana em comunicado, citado pela Sky News.
“Ontem à noite, as Forças de Defesa Ucranianas destruíram o caça-minas Projeto 266-M Kovrovets da Frota Russa do Mar Negro”, lê-se na rede social X.
Another bad day for the russian Black Sea Fleet.
— Defense of Ukraine (@DefenceU) May 19, 2024
Overnight, Ukrainian defenders destroyed a russian minesweeper Project 266M "Kovrovets".
Great job, warriors! pic.twitter.com/ol4reKtuN6
Rússia diz ter destruído mísseis e drones disparados sobre a Crimeia
As autoridades russas afirmaram que a Ucrânia disparou nove mísseis balísticos ATACMS sobre a Crimeia, e 60 drones para a região sul.
Segundo a mesma fonte, as defesas aéreas destruíram os mísseis e quase todos os drones que tinham como alvo as regiões de Krasnodar e Belgorod, de acordo com dados do ministério da defesa russo, citado pela Reuters.
No entanto, responsáveis locais referem que seis drones caíram na área de uma refinaria de petróleo em Slavyansk que teve de suspender a produção
São Tomé e Rússia acordam "cooperar" nas organizações internacionais em matéria de Segurança
O acordo militar entre a Rússia e São Tomé e Príncipe, assinado em abril, ameaça condicionar o país lusófono em futuras tomadas de posição, nomeadamente na ONU, ao prever a cooperação com Moscovo no "quadro de organizações e fóruns internacionais".
De acordo com o documento, a que a Lusa teve acesso, as partes acordaram cooperar nessas instâncias sobre "questões fundamentais de segurança e estabilidade internacionais” e, ainda, “coordenar esforços para enfrentar conjuntamente os desafios e ameaças à segurança e estabilidade global e regional”.
O acordo prevê “troca de informações sobre questões de mútuo interesse no domínio militar”, assim como - reforçando a ideia acima - “troca de experiências e informações sobre a implementação das doutrinas de defesa nacional”.
As partes comprometeram-se, igualmente, a efetuar “consultas sobre questões de segurança global e regional” e a organizar “atividades conjuntas de formação operacional e de combate”; “participar em exercícios militares”; “escala de navios militares e visitas da aviação militar”.
Mais importante, porém, é que a “realização de atividades no quadro do acordo dependerá de disponibilidade de financiamento das partes”.
O acordo foi celebrado por um “período de tempo indeterminado”, e pode ser denunciado mediante notificação escrita por via diplomática, caso em que a respetiva vigência cessará 180 dias após a receção da notificação pela parte contrária.
Piloto condecorado morto em combate
O primeiro vice-comandante do esquadrão de aviação, tenente-coronel Denis Vasilyuk, morreu numa missão de combate. Vasilyuk foi condecorado com a medalha Order For Courage.
“Não perdemos apenas um piloto, mas um irmão de combate confiável, um amigo e um homem maravilhoso e brilhante”, lê-se numa publicação de Facebook da 831 brigada de aviação tática.
"O elemento essencial da Rússia é o Donbass e a preservação da Crimeia"
O embaixador Francisco Seixas da Costa entende que o facto de Vladimir Putin dizer uma coisa não significa que seja necessariamente mentira, mas não descarta que, no passado, o presidente russo mostrou que "em anúncios de natureza internacional" não se importa de "ter a sua palavra imediatamente infirmada pelo que diz a seguir".
"Construir 40 Km² entre a Ucrânia e Belgorod parece pouco significativo para quem quer criar uma 'zona tampão'"
Diana Soller diz que "há bons argumentos" para acreditar que a Rússia pode efetivamente ambicionar a construção de uma 'zona tampão' na Ucrânia. Por outro lado, a comentadora da CNN Portugal lembra que Vladimir Putin "muitas vezes não disse a verdade", e manifesta algumas dúvidas em relação às suas verdadeiras intenções.
“A Rússia está a perder equipamento”
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a recorrer à sua mensagem noturna para elogiar os seus soldados em combate, afirmando que a confiança das suas tropas aumentou, especialmente na região de Kharkiv.
“O ocupante está a perder a sua infantaria e equipamento, uma perda tangível, embora, tal como em 2022, contasse com um rápido avanço nas nossas terras”, disse o presidente ucraninano, vincando que as tropas de Kiev “destruíram mais de 20 unidades de veículos blindados do ocupante”.
I thank each and every warrior who has demonstrated sufficient resilience and contributed to increased confidence, particularly in the Kharkiv direction, over the course of this week.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 18, 2024
The occupiers lose tangible manpower and equipment, despite the fact that, as in 2022, they… pic.twitter.com/sRbiKdWtnn
Kharkiv "é uma espécie de terra de ninguém" que "permite ir depois para a mesa negocial"
Em análise às declarações de Vladimir Putin, que nega o objetivo de anexar Kharkiv, mas assume querer construir uma "zona tampão", Tiago André Lopes traduz as palavras do presidente russo como "a necessidade de criar uma zona de separação entre a Ucrânia e a Rússia para depois lançar negociações". "É uma espécie de terra de ninguém, zona nula", descreve o comentador da CNN Portugal.