GUERRA AO MINUTO | Shoigu quer mais armas na linha da frente. Líder de cibersegurança das secretas ucranianas demitido
O que está a acontecer
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Shoigu quer mais armas na linha da frente
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Líder de cibersegurança das secretas ucranianas oficialmente demitido
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Míssil russo atinge armazém de triagem da empresa ucraniana Nova Poshta em Odessa
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Exportações: Ucrânia regressa a níveis pré-invasão
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Jogos Olímpicos: Lukashenko pede aos atletas bielorrussos que "batam na cara dos adversários"
Ucrânia alerta para “alta probabilidade” de participação direta das forças armadas bielorrussas na guerra
A Ucrânia alegou que, após 17 dias de combates, as tropas russas estão a ser comandadas pela “incerteza militar”, levando-os a não alcançar os objetivos definidos por Putin. No último relatório operacional, publicado este domingo, o Ministério da Defesa da Ucrânia disse que a Rússia “não atingiu o objetivo da operação militar em nenhuma das áreas.”
“A natureza das ações indica a incerteza da liderança militar da federação russa em questões de objetivos estratégicos e o objetivo final da chamada ‘operação militar especial”, afirma o Ministério da Defesa.
A autoridade sublinha que há uma “alta probabilidade” de participação direta das forças armadas bielorrussas na operação militar contra a Ucrânia. “Há um reconhecimento aéreo de objetos no território da Ucrânia com a ajuda de UAVs, provavelmente do território da República da Bielorrússia”, diz o relatório.
Siga ao minuto:
Shoigu quer mais armas na linha da frente
O Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, ordenou um aumento da produção de armas para acelerar a entrega na frente oriental da Ucrânia, anunciou o Ministério da Defesa russo . Durante uma declaração, Shoigu sublinhou a urgência de aumentar o volume e a qualidade dos fornecimentos militares para apoiar as operações ofensivas em curso. “Para manter o ritmo exigido da ofensiva, é necessário aumentar o volume e a qualidade das armas e do equipamento militar fornecido às tropas, principalmente as armas”, observou.
Numa reunião recente com os principais líderes militares, Shoigu também deu instruções para a rápida reparação e melhoria das unidades militares estacionadas nas frentes leste e sul da Ucrânia, a fim de reforçar a sua eficácia em combate.
No entanto, o Ministério da Defesa não revelou pormenores específicos sobre a forma como planeia aumentar a produção ou o calendário exato para a chegada destes freforços às linhas da frente. Esta iniciativa da Rússia de aumentar a produção de armas está em sintonia com as previsões de uma alargada ofensiva militar russa que Kiev espera que comece no final de maio ou no início de junho.
Líder de cibersegurança das secretas ucranianas oficialmente demitido
Illia Vitiuk, o antigo chefe de cibersegurança do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), foi oficialmente demitido esta quarta-feira, de acordo com um decreto presidencial. Esta medida foi tomada na sequência de uma investigação sobre alegações relativas às finanças pessoais de Vitiuk.
No dia 4 de abril, a plataforma de jornalismo de investigação Slidstvo.Info escreveu que a família de Vitiuk tinha adquirido propriedades avaliadas em 601 000 euros. A investigação salientava que a mulher de Vitiuk começou a obter rendimentos significativos após a nomeação do marido, comprando um apartamento num prestigiado complexo de Kiev a um preço alegadamente inferior ao valor de mercado.
Em resposta a estas revelações, a Agência Nacional de Prevenção da Corrupção começou a controlar as actividades financeiras de Vitiuk.
Além disso, o Slidstvo.Info alegou que Yevhenii Shulhat, o jornalista que conduziu a investigação, foi subsequentemente objeto de assédio por parte de oficiais alistados, acompanhados por um oficial da SBU do departamento de Vitiuk, potencialmente como retaliação pela reportagem.
Pouco depois de a investigação se ter tornado pública, o SBU declarou que Vitiuk tinha sido suspenso e transferido para funções na frente de combate, enquanto se aguardava uma investigação mais aprofundada sobre as questões levantadas pelo Slidstvo.Info.
Míssil russo atinge armazém de triagem da empresa ucraniana Nova Poshta em Odessa
Um míssil russo atingiu esta quinta-feira o armazém de triagem da empresa ucraniana de serviços postais e de correio Nova Poshta, em Odesa.
A informação é avançada pelo governador regional de Odessa, Oleh Kiper, que, citado pela Reuters, adianta que não há registo de vítimas entre os funcionários.
13 feridos e um incêndio de grandes proporções: Míssil russo atinge porto de Odessa
Um grande incêndio deflagrou num importante porto ucraniano no Mar Negro, em Odessa, na noite de quarta-feira, após um ataque com mísseis russos, segundo relatos dos média locais. Imagens vistas pela Reuters mostram chamas intensas no local do ataque e grandes nuvens de fumo a elevar-se no céu. Segundo foi reportado, um armazém da Nova Poshta, uma conhecida empresa de correios e entregas, foi atingido.
O Governador Regional de Odessa relatou entretanto que, segundo informações preliminares, 13 pessoas ficaram feridas no ataque, que envolveu um míssil balístico. Odessa tem sido um alvo recorrente de ataques militares russos.
Exportações: Ucrânia regressa a níveis pré-invasão
A Ucrânia exportou mais de 13 milhões de toneladas de produtos no valor total de 3 mil milhões de euros em abril, um aumento face aos volumes registados em fevereiro de 2022, antes do início da invasão em grande escala, segundo anunciou Yulia Svyrydenko, ministra da Economia.
O crescimento foi impulsionado pela abertura de um corredor marítimo alternativo, bem como por programas de seguros de navios e pela expansão das vias de solidariedade, de acordo com Svyrydenko. “Em abril, registámos um volume de exportação recorde de 13,1 milhões de toneladas desde a invasão total da Ucrânia pela Rússia. Isto é mais 1,3 milhões de toneladas do que em março e mais do que a Ucrânia exportou em fevereiro de 2022", acrescentou a ministra.
Jogos Olímpicos: Lukashenko pede aos atletas bielorrussos que "batam na cara dos adversários"
Aleksandr Lukashenko, o presidente da Bielorrússia, disse esta quinta-feira que os atletas do seu país têm a escolha de participar nos Jogos Olímpicos como neutros, após o impedimento decretado pelo Comité na sequência da invasão russa à Ucrânia. Ainda assim, Lukashenko pediu-lhes que não se esqueçam das suas origens: "A raiva é importante. Se já se qualificaram e vão com status neutral, batam-lhes (nos adversários) na cara, mostrem-lhes que são verdadeiros bielorrussos".
Fuzileiros portugueses estão na Lituânia a treinar cenário de entrada em guerra
Sergei Shoigu exige entrega rápida de armas a Moscovo
O ministro da defesa russo exige que sejam disponibilizadas mais armas às tropas que estão a combater na Ucrânia.
Numa reunião com o chefe das forças armadas russas, Sergei Shoigu pediu ainda que sejam entregues armas e equipamento militar de maior qualidade e mais rapidamente, para melhorar a prestação das tropas no terreno.
Nas últimas semanas, a Rússia tem conseguido fazer vários avanços no sudeste da Ucrânia. Já Kiev alertou que corre o risco de perder força frente à Rússia, caso o Ocidente não envie mais armas e mísseis.
"Sobrevivi à II Guerra Mundial e estou a sobreviver a esta guerra"
Lydia tem 98 anos e escapou do território ocupado pela Rússia na Ucrânia ao caminhar quase 10 quilómetros sozinha, de chinelos e bengala, tendo já reencontrado a sua família depois de se terem separado enquanto fugiram para locais seguros.
Lydia tem 98 anos e caminhou quilómetros de chinelos para fugir dos russos
"Falamos muito na falta de meios, mas o elemento crucial é a falta de recursos humanos ucranianos"
Numa altura em que se prevê um grande ataque russo, o major-general Carlos Branco salienta a falta de recursos humanos ucranianos para enfrentar as forças russas.
"Os mais de 60 mil milhões de dólares de apoio não garantem que a Ucrânia ganhe a guerra, mas impedem que ela a perca"
Azeredo Lopes, comentador da CNN Portugal, considera que o elemento central do conflito na Ucrânia é a dificuldade de repor forças na linha da frente. E defende que a Ucrânia "precisa de reequilibrar a frente de batalha".
Ataque russo mata 3 pessoas em Odessa
Um ataque com mísseis russos matou três pessoas no porto de Odessa, avança a Reuters, citando o governador da região. O ataque terá danificado uma infraestrutura civil e causado três feridos.
“O inimigo atacou Odessa com mísseis balísticos. Como resultado do ataque, três pessoas foram mortas e outras três ficaram feridas”, destacou o autarca de Odessa, Gennady Trukhanov, numa mensagem na rede social Telegram.
“Toda a assistência médica necessária está a ser fornecida aos feridos”, sublinhou, por sua vez, o governador da região de Odessa, Oleg Kiper, no Telegram.
“Há danos nas infraestruturas civis”, acrescentou, sem fornecer mais informações.
Ataques russos danificam 86% dos estabelecimentos de ensino de Kherson
Segundo Roman Mrochko, chefe da administração militar da cidade de Kherson, os ataques russos já danificaram 86% dos estabelecimentos de ensino desta região. “Antes da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, 151 instituições de ensino secundário, pré-escolar, extra-escolar e profissional operavam na comunidade territorial da cidade de Kherson. Atualmente, o inimigo danificou 86% delas”, disse Mrochko, citado pelo Ukrinform.
Alemanha dá à Ucrânia sistema de defesa aérea Skynex
A Ucrânia acaba de receber o segundo e último pacote alemão de sistema de defesa aérea Skynex. Segundo o The Kyiv Independent, trata-se de um canhão altamente preciso que é muito eficaz a abater drones.
Como a Ucrânia está a deixar a Rússia quase sem petróleo. Exportações de combustíveis atingem "mínimos quase históricos"
Rússia deve "corrigir a linguagem de defesa" para não arriscar vir a perder território conquistado
Para a Rússia interessa aproveitar a atual "janela de oportunidade", sublinha Tiago André Lopes, pois a Ucrânia está à espera da ajuda ocidental. A missão é reforçar, do ponto de vista ofensivo, "as posições que tem no Donbass" e, do ponto de vista defensivo, "a perceção" do contra-ataque ucraniano.
"Está para breve uma grande ofensiva russa" na Ucrânia
O comandante João Fonseca Ribeiro, do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES, antecipa que "está para breve uma grande ofensiva russa" na Ucrânia, tendo em conta a concentração de forças e de logística no Donbass.
Zelensky agradece ao primeiro-ministro checo “por acelerar” a entrega de munições
O presidente da Ucrânia reuniu-se esta terça-feira com o primeiro-ministro Denys Shmyhal para discutir detalhes sobre “a entrega de armas e munições”, tendo ficado a par do “estado das negociações e da implementação” dessa medida, aproveitando ainda para agradecer, “em particular”, ao governo checo e ao primeiro-Ministro Petr Fiala “por acelerar a iniciativa de [entrega de] munição de artilharia”.
Today, I held a meeting with Prime Minister Denys Shmyhal to discuss details about weapon and ammunition deliveries, as well as our relevant work with partners. The Prime Minister briefed me on the status of negotiations and decision implementation. I am grateful, in particular,… pic.twitter.com/16OcpXTcIE
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 30, 2024
Apoio forte à Ucrânia restaurou reputação britânica pós-Brexit, defende Theresa May
A antiga primeira-ministra britânica Theresa May defendeu esta terça-feira que a posição do Reino Unido em defesa da Ucrânia contra a invasão russa ajudou a recuperar a reputação danificada pelo processo do 'Brexit'.
"O que aconteceu em resultado da nova invasão da Ucrânia por Putin foi o facto de o Ocidente se ter unido e de o Reino Unido ter desempenhado um papel importante no início dessa sensação de que tínhamos de reagir", disse May, durante um evento no centro de estudos britânico Chatham House.
May descreveu o Presidente russo, Vladimir Putin, como um "oportunista" que "viu um Ocidente menos disposto a defender os seus valores, menos coeso, mais desesperado, a virar os olhos para a China, a não responder inicialmente à [agressão russa na] Geórgia e depois à Crimeia".
"O que aconteceu no Ocidente é que nos tornámos um pouco complacentes com a ideia de que, após a queda do Muro de Berlim, as democracias que entraram nos países da Europa de Leste pensariam que a democracia liberal era obviamente o caminho a seguir para todos", adiantou.
A antiga chefe de Governo, entre 2016 e 2019, demitiu-se porque o acordo que negociou com Bruxelas para a saída do Reino Unido da União Europeia foi chumbado no parlamento três vezes.
O sucessor, Boris Johnson, foi depois criticado devido ao polémico Protocolo da Irlanda do Norte que negociou e por ter suspenso o Parlamento à margem da lei.
May lembrou "a forma como o Parlamento geriu o assunto, a incapacidade de conseguir que o acordo fosse aprovado pelo Parlamento e tudo o que aconteceu depois".
"Penso que pode ter feito com que as pessoas olhassem para o Reino Unido e se perguntassem [porque é que] este Reino Unido estável, que estavam habituados estava a ver, teve tudo isto a acontecer no seu parlamento",
No entanto, acredita que "o país está a recuperar" e que "a posição que o Reino Unido adotou em relação à Ucrânia foi uma posição muito importante", elogiando Johnson pela firmeza da resposta.
Questionada sobre se o Reino Unido se deve arrepender do 'Brexit, May argumentou que "não se deve lamentar uma decisão que foi tomada pela maioria do povo britânico".
"Penso que temos alguns ajustamentos a fazer", admitiu, mas acrescentou que, tal como disse desde o início, "o céu não caiu".