A GUERRA AO MINUTO Kiev diz que já morreram na guerra quase 300 atletas ucranianos
O que está a acontecer
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262 atletas ucranianos morreram na guerra
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Wall Street Journal pede libertação imediata do jornalista detido na Rússia
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Rússia afirma que produção de armas aumentou "significativamente" após pedido de Putin
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Líder religioso ucraniano em domiciliária por não condenar invasão russa
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Rússia assume presidência do Conselho de Segurança da ONU. Kiev lamenta "golpe simbólico"
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Chefe do Estado-Maior dos EUA diz que é improvável que a Ucrânia vença a guerra este ano
Putin assina decreto para proibir exportações de produtos e matérias
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto de "medidas especiais" para dar garantias à economia da Rússia e que autoriza o governo a proibir exportações de produtos e matérias-primas.
As "medidas especiais" são tomadas para "garantir a segurança da Federação Russa e a operação ininterrupta da indústria" e estará em vigor até 31 de dezembro de 2022, segundo noticiaram agências de notícias russas.
O decreto proíbe "a exportação para fora da Federação Russa" de produtos e (ou) matérias-primas que serão especificadas numa lista a ser aprovada pelo governo russo nos próximos dois dias.
Essas medidas não se aplicam a "produtos e (ou) matérias-primas exportadas da Rússia e (ou) importadas para o país por cidadãos da Federação Russa, cidadãos estrangeiros e apátridas, para uso pessoal".
Siga ao minuto:
“Um país agressor nunca na vida poderia ser líder de segurança na ONU”
Mykhaylo Shemliy, presidente da Associação Right Now concorda com as palavras do presidente ucraniano proferidas depois de ter sido feito o anúncio de que a Rússia, em pleno conflito, voltaria a assumir a função de presidente do Conselho de Segurança da ONU. “Concordo plenamente com as palavras de Volodymyr Zelensky pelo facto de [isto] ser uma anedota para nós todos”.
Para o ativista, “um país agressor, um país que está a fazer esta guerra” e que está a causar “toda a instabilidade na zona europeia e em todo o mundo, nunca na vida poderia ser líder de segurança na ONU”.
“E termos legais foi o que aconteceu”, lamenta, apressando-se a dizer que “nenhuma pessoa do mundo civilizado” pode “concordar com isso”.
262 atletas ucranianos morreram na guerra
O ministro do Desporto da Ucrânia, Vadym Huttsait, revelou que a guerra já matou 262 atletas ucranianos e destruiu 363 instalações desportivas. Entre os que morreram destaca-se, por exemplo, o patinador artístico Dmytro Sharpar, que morreu em combate perto da cidade de Bakhmut, e Volodymyr Androshchuk, campeão de decatlo de 22 anos.
A Sky News revela ainda que o ministro do Desporto ucraniano disse ao presidente da Federação Internacional de Ginástica que os atletas russos deveriam ser impedidos de participar em competições internacionais.
O Comité Olímpico Internacional recomendou recentemente o regresso à competição dos atletas russos e bielorrussos como neutros, decisão que já foi aplicada no torneio de Wimbledon.
A Ucrânia decidiu que os seus atletas não participarão nas provas de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, se tiverem de competir contra atletas russos.
Wall Street Journal pede libertação imediata do jornalista detido na Rússia
O The Wall Street Journal pediu no sábado a libertação imediata do jornalista Evan Gershkovich, que foi detido pelos serviços secretos russos por suspeita de espionagem.
"O caso de Evan é uma afronta perversa e deveria incentivar a revolta em todas as pessoas livres e governos por todo o mundo", sublinhou o jornal numa declaração divulgada no Twitter.
Zelensky lembra morte de bebé para criticar posição da Rússia na ONU
O presidente da Ucrânia criticou o assumir de funções da Rússia como presidente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
No habitual discurso diário Volodymyr Zelensky falou em algo “obviamente absurdo e destrutivo”.
“Ontem o exército russo matou mais uma criança ucraniana, um menino de cinco meses chamado Danylo, de Avdiivka, no Donbass”, lembrou o chefe de Estado, voltando a apelidar a Rússia de “Estado terrorista”.
Líder religioso ucraniano em domiciliária por não condenar invasão russa
Um líder da Igreja Ortodoxa Ucraniana foi colocado em prisão domiciliária por suspeitas de que o padre não condena a invasão da Rússia.
Depois de informações dos serviços secretos ucranianos, Metropolitan Pavel foi colocado em domiciliária por, alegadamente, ser apoiante de Moscovo.
Trata-se do abade do mosteiro de Kiev-Pechersk Lavra, onde está a sede da Igreja Ortodoxa Ucraniana.
Stariy Saltiv: a história da aldeia que resiste a apenas 20 quilómetros da Rússia
Stariy Saltiv é uma pequena aldeia que fica a menos de 20 quilómetros da fronteira com a Rússia. Esteve ocupada pelas forças russas até setembro do ano passado, quando foi libertada pelas tropas ucranianas. O grau de destruição é enorme, todos os dias é alvo de ataques, e ali vive-se com receio que o exército russo avance de novo até a aldeia.
"A pior anedota do dia das mentiras". Rússia assume presidência do Conselho de Segurança da ONU
A Rússia assumiu este sábado a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. "Mais um golpe simbólico", diz a Ucrânia, no mesmo dia em que denuncia ataques a civis com vítimas mortais em várias regiões do país.
"Rússia vai aproveitar presidência do Conselho de Segurança da ONU para introduzir a sua agenda de país pacífico"
A Rússia assumiu este sábado a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Para o antigo secretário-geral adjunto daquela organização, Victor Ângelo, Moscovo pode aproveitar este momento para introduzir a sua agenda.
Ucrânia diz presidência russa do Conselho de Segurança da ONU é "chapada na cara" da comunidade internacional
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirma que a presidência russa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas é uma "chapada na cara da comunidade internacional".
Dmytro Kuleba alertou aos restantes membros do organismo que vigiem eventuais abusos de Moscovo durante a ocupação do cargo.
Russian UNSC presidency is a slap in the face to the international community. I urge the current UNSC members to thwart any Russian attempts to abuse its presidency. I also remind that Russia is an outlaw on the UNSC: https://t.co/rZVC1pV0MY#BadRussianJoke #InsecurityCouncil
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) April 1, 2023
Rússia afirma que produção de armas aumentou "significativamente" após pedido de Putin
A produção de armas para o exército russo aumentou “significativamente” durante os últimos tempos. Quem o diz é o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que partilhou um comunicado em que não esclarece números concretos.
“Os passos para expandir as capacidades de produção e aumentar a produtividade tornaram possível aumentar significativamente a produção de armas para as nossas tropas, incluindo armas convencionais e de alta-precisão”, pode ler-se num comunicado citado pela CNN, e que terá sido partilhado durante uma reunião das Forças Armadas.
“Tudo isto permite-nos alcançar os objetivos colocados pelo comandante das Forças Armadas para o plano da operação militar especial”, acrescenta a nota, referindo-se ao presidente, Vladimir Putin, e à guerra na Ucrânia.
Em paralelo, e ainda segundo Sergei Shoigu, estão também a ser colocados em prática os passos necessários para aumentar as munições disponíveis.
Zelensky volta a conversar com Macron
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente de França, Emmanuel Macron, voltaram este sábado a falar sobre a segurança ucraniana e a proposta de paz para ditar o fim ao conflito.
Presidência do Conselho de Segurança da ONU “não garante uma posição privilegiada” à Rússia
André Matos considera que “ainda que esteja a decorrer um conflito armado e que esse conflito seja ilegal, a presença da Rússia no Conselho de Segurança das Nações Unidas foi uma decisão da comunidade internacional no momento em que fizeram o desenho institucional desta organização”, descaranto mais poderes para o lado russo.
A Rússia assumiu este sábado a presidência do Conselho de Segurança da ONU, função que já tinha assumido em fevereiro do ano passado, na altura em que iniciou a invasão à Ucrânia. Para o professor de Relações Internacionais, esta nova função da Rússia “pode influenciar um bocadinho no desenho da ordem de trabalhos” e na distribuição do “tempo e da dedicação do conselho em algumas matérias”, mas “do ponto de vista pragmático”, da avaliação da guerra e das condenações e nas discussões que ocorrem no âmbito do conselho de segurança, “não terá particularmente uma influência”, nem para uma “tentativa de branqueamento da imagem da Rússia”.
“Esta função não garante à Rússia uma posição privilegiada para qualquer matéria de maior relevância”, atira.
Ucrânia compra 100 veículos blindados de transporte à Polónia
A Ucrânia irá comprar 100 veículos blindados de transporte à Polónia, anunciou o primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki na sua conta de Twitter.
A compra será feita com o dinheiro da União Europeia e dos EUA.
Armia Ukrainy kupi od nas 100 sztuk Rosomaków, które są produkowane w Siemianowicach Śląskich. Rosomaki to transportery bojowe z najwyższej półki.
— Mateusz Morawiecki (@MorawieckiM) April 1, 2023
Zapłata za ten zakup będzie z pieniędzy UE i USA. 🇪🇺🇺🇦🇺🇸 pic.twitter.com/FZs7DcWffn
Irmã de Kim Jong-Un acusa Zelensky de ser politicamente ambicioso e de colocar Ucrânia em risco
Kim Yo-jong, membro da Comissão de Assuntos de Estado da Coreia do Norte, diz que Volodymyr Zelensky está a arriscar o seu país e a ser politicamente ambicioso por querer armas nucleares, avança a Reuters, que cita a KCNA, Agência Central de Notícias da Coreia do Norte.
A irmã de Kim Jong-Un vai mais longe e diz mesmo que o presidente da Ucrânia está errado ao pensar que o guarda-chuva nuclear dos Estados Unidos irá proteger o seu país.
Armas nucleares estratégias. Lukashenko quis deixar uma “mensagem mais interna” e para “alguns vizinhos” - nomeadamente para a Polónia
Sérgio Vieira da Silva, especialista em Relações Internacionais, considera que o tom de Aleksandr Lukashenko, presidente da Bielorússia, “dá a entender” que se trata de “uma mensagem mais interna e para os vizinhos do que uma mensagem de grande aspeto”, rejeitando que seja uma mensagem de força para Vladimir Putin
“É uma mensagem para alguns vizinhos, nomeadamente para a Polónia”, afirmando que dispõem de “mecanismos interessantes” caso alguém queira invadir o seu território.
Kiev diz que presidência russa do Conselho da Segurança da ONU é "golpe simbólico"
Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, criticou o facto de a Rússia assumir este sábado, dia 1 de abril, a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança da ONU.
"Não é só uma vergonha. É outro golpe simbólico para o sistema de relações internacionais baseado em regras", escreveu Yermak no Twitter.
It is very telling that on the holiday of one terror state – Iran, another terror state – Russia – begins to preside over the UN Security Council.
— Andriy Yermak (@AndriyYermak) April 1, 2023
It's not just a shame. It is another symbolic blow to the rules-based system of international relations.
A última vez que Moscovo assumiu a presidência deste organismo da ONU foi em fevereiro de 2022, precisamente no mês em que Putin lançou a invasão russa da Ucrânia.
Na sexta-feira, o porta-voz do Kremlin disse que a Rússia planeia "exercer todos os seus direitos" na presidência do Conselho de Segurança da ONU. Os EUA já tinha apelado a Moscovo para que agisse de forma profissional, admitindo que não havia meios de impedir os russos de assumirem o cargo.
“Não acho que seja provável” a Ucrânia vencer a guerra este ano, diz general dos EUA
O principal general dos Estados Unidos, Mark Milley, disse que é improvável que a Ucrânia consiga retirar do seu território todas as tropas russas ainda este ano.
“Eu não acho que seja provável que seja feito a curto prazo este ano”, disse ao Defense One, referindo que o desejo de Volodymyr Zelensky de “expulsar” os russos da Ucrânia “é uma tarefa militar significativa”, uma “tarefa militar muito, muito difícil”.
“Estamos a olhar para algumas centenas de milhares de russos que ainda estão na [parte da] Ucrânia ocupada pelos russos. Não estou a dizer que [a expulsão] não pode ser feita. Só estou a dizer que é uma tarefa muito difícil”, vincou.
Ucrânia diz que já matou 173.990 soldados russos
No mais recente balanço das perdas da Rússia desde o começo da guerra, citado pelo The Kyiv Independent, as Forças Armadas Ucranianas dizem já ter matado 173.990 soldados russos, 3.616 tanques de guerra, 2.683 sistemas de artilharia e 296 equipamentos especiais.
These are the indicative estimates of Russia’s combat losses as of April 1, according to the Armed Forces of Ukraine. pic.twitter.com/JDPtIgMYSD
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) April 1, 2023
Ataques russos mataram pelo menos cinco pessoas, incluindo um bebé
As forças russas atacaram oito regiões da Ucrânia nas últimas 24 horas, matando pelo menos cinco pessoas e ferindo 10, de acordo com relatórios dos governadores regionais citados pelo Kyiv Independent.
Entre os mortos está um menino de cinco meses e a sua avó, que morreram na cidade de Avdiivka, na linha de frente.
⚡️Russia attacks civilians in 8 Ukrainian regions, kills 5-month-old baby in Avdiivka.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) April 1, 2023
Russian forces attacked 8 regions across Ukraine over the past 24 hours, killing 5 people and wounding 10, according to local authorities' reports on April 1.
📷Pavlo Kyrykenko/Telegram pic.twitter.com/tXzwQj9F7y
Documento assinado por Putin e Xi Jinping “pode ser traduzido numa frase: a Rússia vai enfrentar os Estados Unidos até ao último russo”
Vladimir Putin garantiu esta semana que “mudanças dramáticas vão acontecer” e para o major-general Agostinho Costa, especialista em Assuntos Internacionais, esta afirmação é “um novo conceito de política externa” por parte da Rússia e “o primeiro resultado do encontro” do presidente russo com o presidente chinês.
Quando questionado se este encontro poderá ditar o começo de uma nova Guerra Fria, o major-general não hesita em dizer que o documento que resultou da reunião entre os dois líderes “é o marco que estabelece o início formal dessa Guerra Fria”. Documento esse que, diz Agostinho Costa, “pode ser traduzido numa frase: a Rússia vai enfrentar os Estados Unidos até ao último russo”.
Olhando para esta nova estratégia da Rússia, o major-general frisa ainda que a Rússia deixa claro que, agora, “emprega as suas forças armadas para atingir os seus objetivos”.