As forças russas já tomaram mais duas cidades no norte da Ucrânia. A NATO vai fornecer mais armas, incluindo sistema de defesa antiaéreos, aos militares ucranianos. Os 27 estados-membros concordaram em sancionar o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, com congelamento de ativos financeiros.
Nas últimas 48 horas, são já mais de 50 mil os ucranianos que já abandonaram o país. A maioria fugiu para a Polónia, Moldávia e Roménia. Até ao momento, não há contabilização oficial de vítimas mortais. Esta sexta-feira é o dia 2 da guerra e estes são os dados conhecidos até agora:
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- As forças russas já tomaram mais duas cidades no norte da Ucrânia: Sumy e Konotop. A informação foi avançada pela agência russa Interfax, que cita o ministério da Defesa. Foram ainda dominadas mais 211 estruturas ucranianas;
- A cidade de Kiev foi atingida por dois mísseis, cerca das 4:00 locais, enquanto as tropas russas cercavam a capital e estavam a cerca de 30 quilómetros da periferia;
- Foi abatida uma aeronave russa sobre o distrito de Darnytskyi, na capital, provocando um incêndio num edifício;
- Os russos chegaram a Kiev e o Ministério da Defesa da Ucrânia fez um apelo desesperado aos cidadãos de Oblon, onde foram filmados tanques russos a circular nas ruas da cidade: “Façam cocktails molotov, neutralizem o inimigo!”;
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- Agência nuclear da Ucrânia revelou que os níveis de radiação estão a aumentar na zona da extinta central nuclear de Chernobyl, que foi tomada pelas forças russas.
Vítimas- Um míssil atingiu um posto fronteiriço ucraniano no sudeste do país, provocando um morto e um número indeterminado de feridos entre os guardas;
Tropas- O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou que os membros concordaram em fornecer mais armas para a Ucrânia, incluindo sistema de defesa antiaéreos;
- O primeiro-ministro da Noruega disse que vai enviar mais tropas para a Lituânia e que estava a ser equacionada a hipótese de se enviar mais militares para a zona leste da Ucrânia;
- Militares ucranianos estão a defender as fronteiras em quatro frentes, apesar de estarem em inferioridade numérica, garantiu a Defesa ucraniana, acrescentando que está preparada para responder aos ataques graças ao armamento cedido pelos Aliados;
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- Secretário do Ministro da Defesa britânico diz que a Rússia quer tomar toda a Ucrânia, mas que o Exército falhou a missão no primeiro dia de invasão;
Movimento de refugiados: a crise humanitária- Mais de 50 mil ucranianos abandonaram o país nas últimas 48 horas, avançou Filippo Grandia, alto comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. A maioria fugiu para a Polónia e para a Moldávia;
- O primeiro-ministro da Roménia, Nicolae Ionel Ciucă, anunciou que, desde que a invasão começou, entraram no país cerca de 19 mil ucranianos através dos seis postos de controlo na fronteira;
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- Ucranianos procuraram refúgio nas estações de metro durante a noite, em Kiev. Idosos, jovens, crianças e famílias juntaram-se nas plataformas e nos vagões dos metros e ali passaram a noite;
- Tentativa de fuga. Os repórteres da CNN Portugal em Kiev, Pedro Mourinho e Nuno Quá, testemunharam o desespero que se vive na capital ucraniana, com milhares de pessoas a tentar fugir aos confrontos no país e outras tantas a pedir boleia para o fazer;
- A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) pediu às Santas Casas que acolham refugiados fugidos da invasão russa na Ucrânia, no seguimento de um apelo humanitário feito pelo Governo;
Sanções e reaçõesPUB
- O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, confirmou que os 27 estados-membros concordaram em sancionar o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, com congelamento de ativos financeiros. Este pacote de sanções incluem ainda outros líderes mundiais. São eles Bashar al-Assad, da Síria, e Lukashenko, da Bielorrússia;
- O Reino Unido decidiu estender as sanções à Rússia, fechando o espaço aéreo aos aviões privados russos, com efeitos imediatos;
- A Bulgária anunciou o fecho do seu espaço aéreo a qualquer avião russo, incluindo voos de passageiros, a partir de sábado;
- Secretário do Ministro da Defesa britânico diz que a Rússia quer tomar toda a Ucrânia, mas que o Exército falhou a missão no primeiro dia de invasão;
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- A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que se a Finlândia ou a Suécia decidirem apoiar a aliança de segurança da NATO isso vai gerar uma "resposta séria" por parte de Moscovo. Tal decisão "teria sérias consequências militares e políticas que obrigariam o nosso país a tomar uma postura recíproca", assegurou Maria Zakharova;
- A União Europeia de Radiodifusão (EBU, na sigla em inglês) anunciou que nenhum representante russo participará na edição deste ano do festival da Eurovisão. Segundo o comunicado da organização, a decisão "reflete a preocupação que, à luz da crise sem precedentes na Ucrânia, a inclusão da Rússia no concurso deste ano traria descrédito à competição";
- O Conselho da Europa suspendeu a representação da Rússia;
- A Ucrânia quer a paz e está pronta para conversas com a Rússia, disse um assessor do gabinete presidencial à Reuters. Zelensky acusou ainda a Europa de ter reagido de forma lenta na ajuda prestada à Ucrânia e diz que o ataque russo se assemelha a uma repetição da Segunda Guerra Mundial;
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- A ex-chanceler alemã Angela Merkel condenou a “guerra de agressão” travada pela Rússia contra a Ucrânia, que marca uma “rutura profunda na história da Europa”;
- Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, União Europeia, Austrália, Japão, Taiwan e outros divulgaram sanções contra a Rússia, visando bancos, exportações militares e membros do círculo interno de Putin;
- UEFA anuncia que decidiu mudar a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo, na Rússia, para Paris. Também a Fórmula 1 diz que GP na Rússia é impossível "nas atuais circunstâncias".
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