Os Bombeiros Voluntários de Portalegre foram chamados para acorrer ao caso às 09:33 para dar assistência a um bebé com dificuldades respiratórias na localidade de Alagoa. Sem a presença da VMER, os socorristas, que foram chamados pelo pai, tiveram tiveram de prestar auxílio à criança através da realização de manobras de suporte básico de vida, procedimento que se costuma fazer até à chegada de ajuda especializada e que se faz através de compressões torácicas e ventilações, para fazer o sangue circular e dar oxigénio aos pulmões. O problema é que a tal ajuda especializada acabou por nunca chegar e o óbito foi declarado no local.
O ULSNA garantiu que "foram feitos todos os esforços para colmatar a situação" e a diretora clínica, que falou numa situação que "raramente" acontece, defendeu-se com o "período pandémico" em que "os médicos têm várias solicitações, e, por isso, pontualmente houve a falha neste período".
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Entretanto, e cerca de um dia depois do caso, na sequência das notícias que foram sendo publicadas, o hospital decidiu abrir um inquérito para apurar as responsabilidades, remetendo uma tomada de posição para mais tarde. Já depois disso, a Ordem dos Médicos defendeu que a "alegada falha" no socorro deve ser "rapidamente investigada e esclarecida", numa situação que classifica como "muito grave". “A morte deste bebé tem de ser investigada até às últimas consequências para que todas as possíveis falhas sejam rapidamente corrigidas e a confiança da população na resposta de emergência seja restabelecida”, disse o bastonário da OM, Miguel Guimarães, em comunicado.
Já durante a tarde desta sexta-feira, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito à morte do recém-nascido. A CNN Portugal contactou fonte oficial do INEM para uma explicação sobre este caso, mas ainda não obteve resposta.
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