Recém-nascido morre por falta de assistência. Hospital de Portalegre admite VMER inoperacional durante sete horas

CNN Portugal , BMA
28 jan 2022, 11:14

À chegada dos bombeiros ao local, o bebé já se encontrava em paragem cardiorrespiratória, situação que não foi reversível, sendo o óbito declarado no local

Um bebé, de oito dias, morreu esta quinta-feira no Hospital de Portalegre. A fatalidade ocorreu após o pai da criança ter feito um pedido de socorro e ter ficado sem resposta por parte da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) daquela unidade de saúde.

O Jornal de Notícias dá conta que os Bombeiros Voluntários de Portalegre foram acionados cerca das 9:33, para dar assistência a um bebé com dificuldades respiratórias na localidade de Alagoa, Portalegre. A mesma fonte indica que a viatura médica de emergência não terá estado disponível até cerca das 20:00 devido à falta de médicos, pelo que tiveram de prestar auxílio à criança através da realização de manobras de suporte básico de vida.

À chegada dos bombeiros ao local, o bebé já se encontrava em paragem cardiorrespiratória, situação que não foi reversível, sendo o óbito declarado no local.

A CNN Portugal contactou fonte oficial do INEM para uma explicação sobre este caso, mas até à publicação deste artigo, não obteve resposta.

VMER inoperacional durante sete horas

A VMER do hospital de Portalegre esteve cerca de sete horas inoperacional por falta de médico, na quinta-feira, disse esta sexta-feira a diretora clínica da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA).

De acordo com Vera Escoto, que falava aos jornalistas na sequência da morte no hospital de Portalegre de um bebé de oito dias, na quinta-feira, por alegada falta de socorro médico, aquela unidade hospitalar “fez todos os esforços” naquele dia para colocar a VMER operacional.

“Houve um período, entre 09:00 e as 15:40, em que não houve médico, embora se tivessem feito todos os esforços para colmatar essa situação”, indicou.

A diretora clínica lembrou que se vive “em período pandémico, sendo que “os médicos têm várias solicitações e, por isso, pontualmente, houve a falha neste período”, lamentou.

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