Depois da derrota contra Rui Rio, Luís Montenegro avança esta quarta-feira com a sua há já muito anunciada candidatura à liderança do PSD…
E currículo não lhe falta:
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Militante do PSD desde os 18 anos, Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves foi deputado durante mais de 16 anos; por muitos considerado o herdeiro do Passismo, foi líder parlamentar nos anos da troika, concorreu à Câmara de Espinho e perdeu, enfrentou o líder Rui Rio há dois anos e também perdeu, com cerca de 47,5% dos votos.
Depois foi estudar para o estrangeiro, obrigou-se ao silêncio perante as sucessivas turbulências da atual direção laranja e avança agora para as diretas de 28 de maio.
Aos 49 anos, o seu é um partido menos ao centro, defensor de alianças com parceiros à direita (com exceção do Chega), bem como de uma redução da carga fiscal; afirmou-se “contra o Estado dirigista, contra um Estado que vira costas à solidariedade intergeracional e que onera os vindouros de forma injusta e irresponsável”.
Enfrenta fantasmas antigos: a desmentida pertença à maçonaria, a ida com outros políticos ao Euro 2016 no processo conhecido como das viagens dos deputados de que foi arguido.
Enfrenta, em caso de vitória, um grupo parlamentar que não escolheu e ao qual não pertence e uma travessia do deserto de quatro anos e meio na oposição e em maioria absoluta socialista.
Nadador salvador em Espinho nos tempos de juventude, atleta de minitrampolim, voleibol e andebol, Luís Montenegro aposta na rutura politica com Rui Rio, terá de levar a cabo a clarificação ideológica onde situa o seu PSD e reconquistar o eleitorado que fugiu do partido nos últimos anos.
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