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Um ator "brilhante" e "de exceção". As reações à morte de Rogério Samora

Várias personalidades ligadas ao mundo das artes, mas sobretudo da representação, têm lamentado, ao longo desta quarta-feira, a morte do ator

De ator "de exceção" a grande perda para o mundo artístico, várias personalidades da representação têm reagido à morte de Rogério Samora, que faleceu esta quarta-feira, aos 62 anos.

O encenador Filipe La Féria destacou Rogério Samora como um ator “de exceção, obcecado com o que fazia e que dava sempre tudo ou nada” em cada interpretação.

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“Sempre que um ator morre é uma luz que se apaga”, disse Filipe La Féria à agência Lusa, sublinhando ter sido consigo que Rogério Samora se estreou, nos finais dos anos 1970, a interpretar o papel de Giuseppe Pelosi, na peça A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini com que, em 1981, o ator conquistou o Prémio Revelação.

“Era um ator brilhante e uma pessoa muito interessante”, sublinhou, acrescentando que “ficará sempre preso” ao jovem que lutou para fazer o papel do assassino de Pier Paolo Pasolini, que desempenhou “extraordinariamente bem e de forma inesquecível”.

Rogério Samora era “um ímpeto, um condenado da sensibilidade que explodia no palco, mas era também um excelente ator de cinema e televisão", acrescentou.

Também o diretor artístico do Teatro Experimental de Cascais (TEC), Carlos Avilez, lamentou a morte do ator, considerando que a sua partida “deixa o teatro mais pobre”.

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“Lamento profundamente a morte de Rogério Samora embora soubéssemos que estava gravemente doente”, disse Carlos Avilez que sublinhou ter tido com ele uma grande amizade, já que o conheceu ainda antes de ser ator.

“Era uma amizade de muitos anos, que fez comigo, entre outros trabalhos, um protagonista absoluto numa peça na Gulbenkian e o Erros meus, má fortuna, amor ardente, de Natália Correia, por indicação da própria”, disse.

O ator Diogo Infante foi também uma das figuras do mundo das artes a reagir à morte de Rogério Samora, dizendo lamentar “profundamente” a partida do ator Rogério Samora, considerando que o meio artístico “fica mais pobre”.

Num comentário na sua página da rede social Instagram, Diogo Infante referiu que os caminhos entre os dois atores se cruzaram “pouco”, sublinhando lamentar “profundamente que o Rogério tenha partido tão prematuramente”.

“O meio artístico fica mais pobre”, acrescenta Diogo Infante, enviando ainda um “forte abraço de coragem à família e amigos”.

Rogério Samora Rogério Samora esteve 147 dias em coma o que se refletiu em 21 semanas internado, entre o Hospital Amadora-Sintra e a unidade de cuidados da Segurança Social, em Torres Vedras. Há dois dias, dado o agravamento do seu estado de saúde, voltou ao hospital Fernando da Fonseca, onde morreu esta manhã.

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