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Interrogatório acabou. Suspeitos da morte de Jéssica irão conhecer medidas de coação no sábado

Amanhã de manhã  apenas vão estar presentes os advogados numa sessão que começa às 10h. Os arguidos só serão presentes a tribunal à tarde para ser lida a medida de coação

O interrogatório desta sexta-feira já terminou e os suspeitos da morte de Jéssica - a mulher que primeiramente foi descrita como ama, o marido desta e a filha de ambos - vão continuar a ser ouvidos pelos juízes do Tribunal de Setúbal no sábado.

No interrogatório desta sexta-feira, falou Ana Cristina e também o companheiro Justo. Os dois não confessaram os crimes de que são acusados. Ana Cristina Justo negou todas as imputações e a filha, Esmeralda, não quis prestar declarações. 

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Amanhã de manhã  apenas vão estar presentes os advogados numa sessão que começa às 10h. Os arguidos só serão presentes a tribunal à tarde para ser lida a medida de coação.

Em declarações aos jornalistas pelas 21:30, a secretária do Tribunal, Carla Gaio, disse que “o interrogatório judicial foi interrompido” e que os arguidos já tinham abandonado o edifício, regressando no sábado de manhã, pelas 10:00.

Carla Gaio acrescentou ainda não estar autorizada a dar mais nenhuma informação.

Fonte do Conselho Superior de Magistratura adiantou, entretanto, à agência Lusa que os arguidos foram ouvidos já hoje em primeiro interrogatório judicial e “não vão falar mais amanhã [sábado]”.

“Os trabalhos vão ser retomados amanhã [sábado] a partir das 10:00 apenas para requerimentos e promoções e as medidas de coação deverão ser conhecidas por volta das 15:00”, acrescentou.

Os três detidos suspeitos pela morte de uma menina de três anos na segunda-feira, um homem e duas mulheres, entraram no Tribunal de Setúbal pelas 17:35, para serem ouvidos em primeiro interrogatório judicial.

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Os três suspeitos estão detidos desde quinta-feira. As detenções assentam nos crimes de homicídio qualificado, rapto, extorsão, ofensas à integridade física e omissão de auxílio (ou até negligência). Segundo disse a mãe de Jéssica à Polícia Judiciária, as agressões à filha eram uma forma de pressão sobre ela para que entregasse o dinheiro que alegadamente tem em dívida com Ana Cristina Justo, a 'falsa ama'. Contou mesmo às autoridades que, quando ligava para o casal para saber notícias de Jéssica, estes punham a criança ao telefone a chorar, agredindo-a naquele momento. Jéssica seria torturada para que a mãe ouvisse e, assim, fizesse o pagamento exigido

Jéssica, de três anos, morreu na segunda-feira por alegados maus-tratos. A criança esteve cerca de cinco dias em casa de Ana Cristina Justo, primeiramente descrita como sua ama, e quando a mãe a foi buscar a criança apresentava sinais de agressões - ferimentos na cara e no nariz e vários hematomas em várias partes do corpo -, que foram justificados pela 'falsa ama' com a queda de uma cadeira. Perante o agravamento do estado da criança, a mãe acabou por chamar o INEM e a menina foi assistida por uma equipa de emergência médica, mas acabou por falecer no hospital. O óbito foi declarado ainda na segunda-feira à tarde.

A menina de três anos estava referenciada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco. A CPCJ diz que não é possível prever tudo e aponta o dedo ao sistema dizendo que a referenciação é apenas uma inscrição numa folha de papel. A criança estava também a ser seguida pela Segurança Social. Segundo o Jornal de Notícias, não havia, contudo, processo na CPCJ de Setúbal. 

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