Os membros das mesas de voto das eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro vão ser convocados para receberem a dose de reforço da vacina contra a covid-19, apurou a CNN Portugal. A vacinação deverá ocorrer já no próximo fim de semana, adianta o Jornal de Notícias.
Fonte do Ministério da Administração Interna (MAI) revelou à CNN Portugal que a secretaria-geral do MAI pediu às câmaras municipais que enviassem a identificação dos membros das mesas de voto para a Administração Eleitoral, que deverá agora partilhar os dados com a task-force de vacinação, encarregando-se esta de convocar os cidadãos para que sejam vacinados.
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A convocatória não terá carácter de obrigatoriedade, uma vez que a vacinação não pode ser imposta.
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa confirmou que as pessoas envolvidas no ato eleitoral de 30 de janeiro vão receber a dose de reforço.
A CNN Portugal contactou entretanto os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde para saber em que moldes será feita esta convocatória para vacinação e se a imunização será feita em regime de casa aberta, autoagendamento ou senha digital, mas até agora não obteve resposta.
Segundo o JN, que cita números do MAI, estarão mobilizados 88 650 mil elementos para as mesas de voto, que auxiliarão os eleitores que forem às urnas. O jornal acrescenta ainda que os membros das mesas de voto serão vacinados no concelho de residência e que, além da dose de reforço, poderão ser imunizados todos os que não tenham esquema vacinal completo ou não tenham recebido qualquer dose da vacina contra a covid-19.
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O Governo recebeu no início desta semana os partidos para encontrar uma forma de permitir o voto dos cidadãos doentes ou em isolamento devido à covid-19, numa altura em que se continuam a bater recordes no número de contágios diários. A vacinação dos membros das mesas de voto será assim justificada como medida de proteção, não só pelo contacto necessário com os eleitores mas também se, eventualmente, o Governo decidir pela suspensão do confinamento, deixando que os cidadãos com infeção ativa se desloquem às urnas.
Quase 400 mil eleitores em isolamentoO Executivo estima ter cerca de 380 mil eleitores em situação de isolamento devido à covid-19 no dia das legislativas, anunciou já esta semana a ministra da Administração Interna, que fez um apelo ao voto antecipado para evitar "o risco de infeção".
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Francisca Van Dunem assegurou que o número de pessoas confinadas vai ser mais baixo do que o expectável, por duas razões: a redução do período de isolamento - que passou de dez para sete dias - e também pela alteração do conceito de contactos de risco.
A ministra revelou que apenas 4% dos eleitores, cerca de 7.000, pediram para votar em casa, explicando que este "valor pequeno" está relacionado com a contração do período de isolamento, que faz com que se reduzam também as possibilidades deste recurso.
Van Dunem esclareceu ainda que o voto antecipado em mobilidade nas legislativas está preparado para um milhão e 200 mil eleitores, através de 2.600 secções, que poderão ainda ser aumentadas.
Após reunir-se com os partidos na segunda-feira, e segundo as informações veiculadas pelos líderes partidários, o Governo deverá recomendar que os eleitores em isolamento profilático possam votar numa determinada "janela horária" através de uma resolução de Conselho de Ministros.
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