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Ministro da Justiça do Japão demitido por piada sobre pena de morte

Saída de Hanashi representa um novo revés para Kishida, imerso numa crise de popularidade devido aos vínculos de membros do executivo com o controverso grupo religioso Igreja da Unificação, que levou à renúncia, em outubro, de um dirigente do Ministério da Economi

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, demitiu esta sexta-feira o ministro da Justiça, depois Yasuhiro Hanashi ter sido criticado por uma piada sobre a pena de morte, avançou a televisão pública nipónica NHK.

Hanashi, que assumiu a pasta da Justiça na sequência da remodelação do Governo, em agosto, esteve no centro de uma controvérsia esta semana, depois de comentar que o ministro da Justiça é um cargo discreto, que só pode ser notícia "quando assina uma execução".

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"Servir como ministro da Justiça não ajuda a arrecadar muito dinheiro ou garantir muitos votos", disse Hanashi, durante uma reunião política, comentários que provocaram críticas dentro e fora do Partido Liberal Democrático (LDP), que apoia o Governo.

Hanashi "deve exercer o seu papel (...) tomando consciência do peso de sua posição profissional", disse Fumio Kishida, durante uma sessão parlamentar, na quinta-feira, sem se ter referido à possibilidade de demitir o ministro.

"Estas foram palavras imprudentes e eu levo [a reação] a sério, de forma a não voltar a fazer algo semelhante a partir de agora. Sinto muito", disse Hanashi, horas antes de ser demitido.

A saída de Hanashi representa um novo revés para Kishida, imerso numa crise de popularidade devido aos vínculos de membros do executivo com o controverso grupo religioso Igreja da Unificação, que levou à renúncia, em outubro, de um dirigente do Ministério da Economia.

O baixo índice de aprovação do governo de Kishida tem sido ainda motivo por outros escândalos, incluindo o alegado uso indevido de fundos públicos por parte do ministro do Interior e Comunicações, Minoru Terrada.

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