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Coreia do Norte deixa aviso à ONU: todos os comités para acompanhar sanções "estão destinados a autodestruir-se"

Pyongyang classifica as Nações Unidas como "uma organização ilegal que fomenta conspirações" e que tem como objetivo "eliminar o direito à existência de um Estado soberano"

A Coreia do Norte afirmou que a criação de comités de peritos da ONU para acompanhar a aplicação das sanções contra Pyongyang está condenada ao fracasso, noticiou este domingo a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.

"As forças hostis podem instalar (um) segundo e (um) terceiro comité de peritos no futuro, mas todos eles estão destinados a autodestruir-se", afirmou o embaixador da Coreia do Norte na ONU, Kim Song, numa declaração em inglês divulgada pela KCNA.

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Em março, a Rússia vetou um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que estendia por um ano o mandato do comité de peritos que acompanha a aplicação das sanções da ONU contra Pyongyang.

A dissolução do comité é um "julgamento histórico contra uma organização ilegal que fomenta conspirações (...) para eliminar o direito à existência de um Estado soberano", notou Kim Song.

A Coreia do Norte está sujeita a sanções do Conselho de Segurança da ONU desde 2006, devido ao programa nuclear, tendo estas sido reforçadas várias vezes em 2016 e 2017.

Destacando a situação humanitária na Coreia do Norte, a Rússia e a China têm, desde 2019, vindo a pedir o levantamento dessas sanções, sem data de validade.

Seul e Washington afirmam que Pyongyang está a enviar armas para a Rússia, possivelmente em troca de assistência técnica para o programa de satélites espiões norte-coreano.

Durante uma visita à Coreia do Sul em abril, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, sublinhou a importância de garantir a aplicação das sanções à Coreia do Norte.

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Washington está a trabalhar com Seul, Tóquio e outras capitais para encontrar "formas criativas" de retomar o acompanhamento das sanções, ainda de acordo com a embaixadora.

Em 2023, a Coreia do Norte realizou um número recorde de testes de mísseis, apesar das sanções.

No ano anterior, Pyongyang qualificou o estatuto de potência nuclear do país de irreversível e afirmou repetidamente que não vai abandonar o programa nuclear, que o regime considera essencial para a sobrevivência do país.

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