O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou tecer grandes comentários acerca da atual situação na Ucrânia, que escalou após o reconhecimento, por parte da Rússia, da independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk.
“A União Europeia já tomou uma posição ao começo da madrugada, Portugal também, como os demais países-membros da União Europeia. Naturalmente, importa esperar pelas deliberações europeias e depois, eventualmente, Portugal e os demais países pronunciar-se-ão sobre aquilo a decisão europeia, em conjugação com os EUA, Reino Unido e Canadá. Portanto, vamos esperar”, afirmou o Chefe de Estado.
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Questionado sobre o que mudou após oito anos de conflito, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou: “Estamos a viver uma situação nova quanto à execução” dos Acordos de Minsk, assinados em fevereiro de 2015 e violados agora pela Rússia, e “daí haver uma tomada de posição nova perante uma situação nova que não tinha ocorrido” em oito anos.
“A situação fala por si, o passo que foi dado fala por si e a reação também fala por si, ao apontar, por um lado, o que havia de violação clara dos Acordos de Minsk, por outro lado, ao questionar a integridade territorial da Ucrânia. São factos novos e que desencadearam naturalmente a condenação veemente e a reafirmação da solidariedade total com a Ucrânia”, disse o Presidente.
Sobre a eventual aplicação de sanções, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que, nesta altura, “devemos manter este compasso de espera, aguardando as decisões europeias e a sua divulgação”. O Presidente da República avança que “é prematuro especular, cenarizar e antecipar aquilo que são decisões a serem tomadas e divulgadas e cenários subsequentes a essas decisões” e repetiu o pedido: “vamos esperar”.
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