Um conselheiro da cidade ucraniana de Mariupol acusou as tropas russas de usarem bombas de fósforo branco para atacar a fábrica de Azovstal, numa altura em que circula um vídeo nas redes sociais que mostra precisamente uma “chuva” de manchas brancas a cair sobre a planta do complexo siderúrgico.
“O inferno chegou à terra, a Azovstal”, escreveu o conselheiro Petro Andruchenko na sua conta de Telegram, que partilhou o vídeo, acrescentando que as explosões se tratam de bombas de fósforo branco.
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As imagens que se tornaram virais este domingo, foram partilhadas no Telegram por Alexander Khodakovsky, um comandante pró-russo da região de Donetsk, com a seguinte descrição: “Se não sabem o que é ou para que serve, podem pelo menos dizer que é bonito”.
Recorde-se que a fábrica de Azovstal em Mariupol está sob ataque há várias semanas, onde permanecem entricheirados muitos combatentes ucranianos.
Esta não é a primeira vez que o exército russo é acusado de realizar ataques com bombas de fósforo branco. O mesmo já tinha acontecido em março. Na altura, as autoridades ucranianas afirmaram que estas armas serviram para atacar a cidade de Popasna, a 100 quilómetros a oeste de Lugansk, no leste da Ucrânia.
A utilização de fósforo branco está envolta em alguma controvérsia. A Human Rights Watch esclarece que este componente não se classifica como uma “arma incendiária”, algo que é proibido e monitorizado pelo terceiro protocolo da Convenção das Nações Unidas para Certas Armas Convencionais, e que se refere a armas como a napalm, por exemplo. Ainda assim, a organização esclarece que este componente trabalha da mesma forma que as armas incendiárias, podendo causar focos de incêndio e queimaduras graves através das chamas, do calor ou da combinação de ambos, numa reação química que pode provocar múltiplos ferimentos em seres vivos.
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