Moscovo acusada de usar bombas de fósforo branco na região de Lugansk

Agência Lusa , AM
13 mar 2022, 12:29
Vídeo mostra tropas russas a entrarem nas regiões separatistas da Ucrânia

Denúncia foi feita por Oleksi Bilochytsky, chefe da polícia da cidade de Popasna, mas ainda não foi verificada de forma independente

O exército russo terá feito ataques com bombas de fósforo branco na noite de sábado, denunciou o chefe da polícia da cidade de Popasna, a 100 quilómetros a oeste de Lugansk, no leste da Ucrânia.

“Isto é o que os nazis chamavam uma ‘cebola queimada’ e é isto que os ‘russistas’ (combinação de russos com fascistas, segundo nota de redação da AFP) estão a desencadear nas nossas cidades. Sofrimento e incêndios indescritíveis", escreveu Oleksi Bilochytsky na rede social Facebook, embora esta informação não tenha sido ainda verificada.

Já em Kramatorsk, na região de Donbass, um comboio que transportava pessoas para Lviv, na Ucrânia ocidental, foi também alvo de ataques no sábado à noite, segundo o chefe da região militar da região de Donetsk, Pavlo Kirilenko, que referiu que os bombardeamentos fizeram um morto e um ferido.

A região de Donbass viu ainda duas igrejas ortodoxas que têm abrigado civis a serem atingidas pelos combates, mas sem provocar vítimas. De acordo com as autoridades regionais, foram atacadas a igreja em Sviatoguirsk, um famoso local de culto na região de Donetsk, e uma igreja em Severodonetsk, na região de Lugansk.

Estes locais encontram-se em partes das regiões de Lugansk e Donetsk que não integravam os territórios reclamados pelas forças separatistas pró-Moscovo até que a invasão russa da Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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