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TAP defende administradores despedidos pelo Governo e já deu instruções para receber o dinheiro de Alexandra Reis

Empresa vai receber de volta cerca de 450 mil euros que pagou a Alexandra Reis

A TAP já deu instruções aos seus advogados para a devolução da indemnização paga a Alexandra Reis e diz que os seus administradores despedidos pelo Governo agiram “de boa-fé” no processo, segundo o contraditório da transportadora à auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF).

No documento, divulgado no âmbito da publicação do relatório de auditoria da IGF, a TAP informou que, “através dos seus advogados, já comunicou aos mandatários” de Alexandra Reis a “sua intenção de exigir a devolução do pagamento integral da quantia que venha a ser indicada por esta inspeção-geral no seu relatório final homologado pelo Governo”.

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Alexandra Reis vai ter de devolver um total de 450.110,26 euros da compensação que lhe foi paga pela TAP, de acordo com o relatório da auditoria.

A transportadora disse ainda que, “com vista a melhorar os seus processos internos e de aconselhamento aos órgãos sociais em matérias de verificação de cumprimento com as normas e regulamentações (‘compliance’), a TAP encontra-se em processo de identificação e recrutamento de um ‘compliance officer’”.

A companhia refere que, “mantendo-se na perspetiva institucional que lhe é própria neste contexto, não quer deixar de assinalar a sua convicção de que o Senhor Presidente do Conselho de Administração [Manuel Beja] e a Senhora Chief Executive Officer [Christine Ourmières-Widener] procederam de boa-fé”.

Além disso, a TAP “já tomou a iniciativa de fazer cessar o contrato de prestação de serviços com a sociedade de advogados que lhe prestou assessoria jurídica na matéria”.

A IGF concluiu que o acordo celebrado para a saída de Alexandra Reis da TAP é nulo, adiantou o Governo, que vai pedir a restituição dos valores.

A verificação pela IGF da legalidade da indemnização (500 mil euros) paga a Alexandra Reis foi determinada a 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

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