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Lançamento de campanha de Ron DeSantis no Twitter marcado por falhas técnicas

Evento foi constantemente interrompido quando os servidores do Twitter aparentemente não conseguiram lidar com o aumento do tráfego

O lançamento da corrida presidencial do republicano Ron DeSantis no Twitter foi marcado por falhas técnicas, num evento conduzido pelo diretor executivo da rede social, Elon Musk, e repetidamente interrompido por alegados "problemas nos servidores".

Aquele que seria o primeiro evento de campanha do governador do estado norte-americano da Florida, e ao qual centenas de milhares de pessoas estariam a tentar aceder, foi constantemente interrompido na quarta-feira, quando os servidores do Twitter aparentemente não conseguiram lidar com o aumento do tráfego.

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"Os servidores estão um pouco sobrecarregados", ouviu-se Elon Musk dizer na transmissão de áudio ao vivo na plataforma.

Minutos antes, DeSantis havia publicado um vídeo em que anunciava estar a concorrer à Casa Branca "para liderar o retorno" dos Estados Unidos.

"A nossa fronteira é um desastre. O crime infesta as nossas cidades. O Governo federal torna mais difícil a sobrevivência das famílias", apontou o republicano no vídeo.

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O candidato destacou que, na Florida, o seu governo escolheu "factos em vez de medo, educação em vez de doutrinação e a lei e ordem em vez de desordem e tumulto".

O evento com Musk seria uma oportunidade para o governador comunicar ao vivo as suas intenções, mas começou com atrasos e vários problemas de transmissão, até que o candidato conseguiu falar e anunciar a candidatura ao público que o aguardava.

Durante a conversa de cerca de uma hora com Elon Musk e o empresário de tecnologia David Sacks, um doador da campanha de DeSantis, o agora candidato à presidência manteve um discurso pró-liberdade e antiprogressista, já presente na campanha para a reeleição como governador, eleição venceu há cerca de seis meses.

“Se me indicarem, eu farei o trabalho”, disse DeSantis na transmissão acompanhada por mais de 300 mil pessoas e na qual prometeu reverter as políticas de imigração do Governo de Joe Biden, entre outras.

O republicano também não poupou nas indiretas contra o seu rival Donald Trump: “O Governo não é entretenimento, não se trata de construir uma marca ou apontar virtudes."

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Apesar de em nenhum momento ter mencionado o nome de Trump, DeSantis garantiu estar pronto para lutar.

Enquanto o candidato tentava comunicar, os utilizadores do Twitter recorreram à rede social para criticar as falhas na transmissão, situação que foi aproveitada por adversários políticos de DeSantis.

"Problemas técnicos. Silêncios desconfortáveis. Uma falha completa no lançamento. E esse é apenas o candidato", disse o porta-voz da campanha do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Steven Cheung, à estação NBC News.

A conta do Twitter do atual presidente dos EUA, Joe Biden, publicou um 'link' para a sua própria página de arrecadação de fundos e escreveu: “Este link funciona”.

Por outro lado, a equipa de DeSantis insistiu que os problemas técnicos evidenciam a quantidade de pessoas que aguardavam ouvir o governador da Florida. "O governador DeSantis quebrou a Internet - isso deve dizer tudo o que é preciso de saber sobre a força da candidatura", disse um responsável da campanha citado pela NBC News.

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Além disso, a campanha de DeSantis disse que arrecadou um milhão de dólares (930 mil euros) na primeira hora após o anúncio.

Ao terminar o evento, e apesar dos problemas, o republicano elogiou o Twitter: "Esta é uma grande plataforma", disse.

DeSantis, de 44 anos, é considerado o rival republicano mais forte de Donald Trump (76 anos), que já anunciou a candidatura Biden nas eleições previstas para final de 2024.

O anúncio da corrida à Casa Branca marca um novo capítulo na trajetória de ascensão de DeSantis, de congressista pouco conhecido a governador de dois mandatos, destacando-se ainda como uma figura importante nos debates no país sobre raça, género, aborto e outras questões polémicas.

A entrada de DeSantis na corrida republicana é alvo de rumores há meses, sendo considerado um dos candidatos mais fortes para tentar alcançar os objetivos do partido: derrotar Biden e voltar a ocupar a Casa Branca.

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