Uma das sete pessoas acusadas de matar um adepto junto ao Estádio do Dragão, no Porto, durante os festejos do título, em maio de 2022, pediu esta quinta-feira desculpa à família da vítima no início do julgamento.
“Queria pedir desculpa à família do Igor [vítima mortal] e aos envolvidos pelo desfecho e pela perda de uma vida humana. Foi uma desgraça”, disse Renato Gonçalves, filho de Marco Gonçalves – conhecido como Marco `Orelhas´- igualmente arguido no processo no arranque do julgamento, que começou esta quinta-feira no Tribunal São João Novo, no Porto, sob fortes medidas de segurança, e que prossegue durante a tarde.
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O arguido de 21 anos, que está acusado de homicídio qualificado, afirmou ainda querer cumprir o seu castigo e que se faça justiça.
Perante esta declaração, a juíza do coletivo disse esperar que esta situação sirva de lição a todos os arguidos, independentemente do desfecho do julgamento.
“As desgraças podem acontecer, mas se podermos evitamo-las. Mas, ainda bem que está ciente”, referiu.
Além destes sete arguidos acusados de matar um adepto junto ao Estádio do Dragão, um outro, inicialmente indiciado pelo mesmo crime e despronunciado na fase de instrução, responde por um crime de ameaça.
Com 28 testemunhas arroladas, o julgamento tem ainda mais quatro arguidos, três dos quais acusados de ofensas à integridade física de uma jovem e um de detenção de arma proibida.
Segundo a acusação, consultada pela Lusa, desde o início de 2022 que cinco dos 12 arguidos, três dos quais acusados de homicídio qualificado e em prisão preventiva, mantinham um clima de conflito com a vítima motivado por agressões entre eles e familiares.
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A 08 de maio de 2022, cerca das 02:00, durante os festejos do título de campeão nacional de futebol conquistado pelo FC Porto, alguns dos arguidos envolveram-se numa acesa troca de palavras com a vítima mortal, junto ao Estádio do Dragão, sustenta.
E, acrescenta a acusação, motivados por um desejo de vingança, alguns dos suspeitos perseguiram, manietaram e agrediram a vítima com o propósito de lhe tirar a vida, agredindo-o a socos, murros e pontapés e usando uma faca com uma lâmina de cerca de 15 a 20 centímetros.
Nessa sequência, a vítima mortal, de 26 anos, foi esfaqueada várias vezes em diferentes partes do corpo e, apesar de ainda ter sido transportada para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, acabou por morrer, refere.
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