O presidente venezuelano afirmou que o país está pronto para abastecer o mercado mundial de petróleo e gás de forma "estável e segura", "em coordenação" com a aliança OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e Rússia.
Nicolás Maduro disse na quarta-feira que "a Venezuela está pronta e preparada para desempenhar o seu papel e abastecer o mercado do petróleo e do gás com o petróleo e gás de que a economia mundial necessita (...) em coordenação com a OPEP+", uma aliança que reúne 11 países que seguem as directrizes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
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O chefe de Estado, acompanhado pelo secretário-geral da OPEP, Haitham Al-Ghais, que cumpre uma visita à Venezuela, disse que o país tem vindo a "recuperar substancialmente" a sua indústria petrolífera da "corrupção de uma máfia" que "destruiu" a "estrutura fundamental de moral e funcionamento".
Maduro adiantou que o país, que tem as maiores reservas de petróleo bruto do planeta, também está pronto para "aumentar, de forma progressiva e acelerada", a produção de produtos refinados e fertilizantes.
"A Venezuela tem uma oferta muito importante em termos de qualidade e quantidade de fertilizantes para os nossos irmãos no mundo, para a Colômbia, Peru, República Dominicana e para todos aqueles no mundo que precisam de fertilizantes de qualidade a um bom preço", explicou.
Por outro lado, o Presidente disse que as "sanções irracionais, injustificadas e ilógicas" contra a Rússia, resultantes "do conflito armado na Ucrânia", "levaram o mundo à loucura" nos últimos meses.
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"A Europa está condenada a perder em todos os seus aspetos económicos, energéticos, e em todas as suas dimensões", acrescentou.
Horas antes, Al-Ghais assegurou que a Venezuela desempenhará um papel fundamental na resposta à procura mundial de energia, que, estimou, irá aumentar nas próximas duas décadas.
Maduro propõe estabilizar preço do barril de petróleo nos 100 dólaresO presidente venezuelano propôs aos países membros da OPEP+ chegar a um acordo para um “preço justo” de 100 dólares por barril de petróleo e insistiu que o país pode ajudar à estabilização energética europeia e norte-americana.
“A Venezuela propõe aos membros da OPEP+ que cheguem a acordos para estabilizar os preços do petróleo em cerca de 100 dólares”, disse Nicolás Maduro, durante um encontro na quarta-feira, em Caracas, com o secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais.
“Estamos prontos para aumentar progressivamente a produção (nacional) de petróleo”, sublinhou o governante.
O Presidente da Venezuela pediu aos membros da OPEP que “defendam” a estabilidade “do mercado e os benefícios para a economia mundial, tanto direta como indiretamente, pela via financeira, tero petróleo a um preço justo e equilibrado, um preço já assimilado por todas as economias do mundo”.
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O Presidente da Venezuela apelou atmbém aos investidores da Rússia, China, Kuwait, Colômbia, México e Argentina que invistam no seu país, sublinhando que terão as garantias para produzir e exportar aos mercados internacionais.
Por outro lado, o secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, explicou que “o petróleo representa atualmente 33% da mistura (do cabaz) energética atual” e que “representará pelo menos 30% da mistura energética até 2045”.
“E, se adicionarmos o gás à mistura de petróleo, isto inclui 60% da procura global de energia até 2045”, disse.
Segundo Haitham Al Ghais, são necessários 12 triliões de dólares de investimentos nesta área até 2045, “um valor enorme, e o mundo não pode sustentar o seu crescimento sem energia”.
“O petróleo desempenha um papel fundamental nesta mistura energética. A Venezuela desempenha um papel essencial no abastecimento do mundo com o petróleo que [o mundo] necessita, porque é um país abençoado por Deus, por ter as maiores reservas de petróleo do planeta”, frisou.
Haitham Al Ghais explicou que a Venezuela tem “mais de 200 mil milhões de barris” de petróleo no subsolo.
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