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Perante "sérios desafios" e curvando-se aos "heróis" na Ucrânia, Putin abre a porta ao Ocidente no seu primeiro discurso após tomada de posse

Após ter feito o juramento que o oficializa como chefe de Estado, Putin prometeu “proteger a Rússia e servir o povo”, colocando “acima de tudo” os “interesses e a segurança” do país

Vladimir Putin foi, esta terça-feira, empossado como presidente da Rússia, dando início ao seu quinto mandato à frente do país. No seu breve discurso de arranque para mais seis anos de mandato, Putin dedicou as suas primeiras palavras aos “heróis” russos que estão na frente de combate na Ucrânia e deixou claro que está disponível para falar com o Ocidente, “mas apenas em igualdade de condições”

“Quero me curvar aos nossos heróis, participantes da operação militar especial, todos que lutam pela pátria”, começou por dizer o presidente russo, que, tal como tem vindo a acontecer desde 2000, escolheu o dia 7 de maio para a sua tomada de posse.

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Após ter feito o juramento que o oficializa como chefe de Estado, Putin prometeu “proteger a Rússia e servir o povo”, colocando “acima de tudo” os “interesses e a segurança” do país.

Embora reconheça que a Rússia enfrenta “sérios desafios” - mesmo não tendo sido claro aos quais se refere, se são a nível militar, económico e diplomático, por exemplo -, Putin destacou a “compreensão” dos cidadãos russos na luta pelos “objetivos históricos” a que se propõe e que diz que se enquadram na “determinação em defender inflexivelmente a nossa escolha, os nossos valores, a liberdade e os interesses nacionais da Rússia”.

Sem mencionar a guerra e as constantes trocas de ameaças e acusações - como aconteceu recentemente com França e Reino Unido -, Putin deixou uma porta aberta a conversações com o Ocidente, mas com uma regra: a “igualdade de condições” tem de ficar salvaguardada.

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“Não recusamos o diálogo com os Estados ocidentais. A escolha é deles: pretendem continuar a tentar conter o desenvolvimento da Rússia, continuar a política de agressão, a pressão contínua sobre o nosso país durante anos, ou procurar um caminho para a cooperação e a paz. Repito: é possível uma conversa, inclusive sobre questões de segurança e estabilidade estratégica. Mas não numa posição de força, sem qualquer arrogância, presunção e exclusividade pessoal, mas apenas em igualdade de condições, respeitando os interesses de cada um”, vincou o presidente russo.

No final do seu discurso, Vladimir Putin pediu união, mas prometeu uma vitória. “Somos um povo unido e grande, e juntos superaremos todos os obstáculos e daremos vida a todos os nossos planos. Vamos vencer juntos”.

Putin venceu a 17 de março as presidenciais russas com mais de 80% dos votos.

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