"Hoje não haverá aulas. Fiquem em casa." Esta manhã, vários alunos e encarregados de educação da região de Lisboa receberam mensagens deste género no seu telemóvel. O Ministério da Educação não decretou o encerramento das escolas: cada estabelecimento decidiu, avaliando caso a caso, se tinha ou não condições de funcionamento.
Estas são algumas das escolas que fecharam esta manhã e tarde na região de Lisboa:
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Fonte oficial do Ministério da Educação explicou à Lusa que “as escolas têm autonomia para decidir” se têm ou não condições para abrir portas e manter as atividades letivas. Apesar de algumas escolas terem já decidido fechar por falta de funcionários, devido às dificuldades de circulação motivadas pela chuva e consequentes inundações, “a grande maioria está aberta”, afirmou a mesma fonte, adiantando que o Ministério da Educação está a avaliar a situação.
Já o presidente da câmara de Oeiras decidiu encerrar todas as escolas no concelho esta terça-feira, devido ao mau tempo. Em declarações à Lusa, Isaltino de Morais explicou que pediu aos encarregados da educação para irem buscar os seus educandos às escolas até ao meio-dia, devido a previsões de agravamento dos períodos de chuva ao final da manhã e início da tarde.
Segundo o autarca, trata-se de uma questão de segurança, para evitar que o trânsito se acumule na hora de ponta e depois de uma madrugada de chuva intensa, que causou derrocadas de muros, cheias e corte de vias no concelho.
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Com alerta vermelho decretado pelo IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera até às 9.00, e alerta laranja até às 12.00, várias vias rodoviárias foram cortadas e os transportes públicos foram afetados. Nesse sentido, as indicações da Proteção Civil logo pela manhã eram para que os lisboetas restringissem a circulação e ponderassem ficar em casa.
Além disso, algumas escolas depararam-se com problemas de inundações e outras não tinham funcionários suficientes para garantir a abertura, uma vez que estes não conseguiram chegar aos estabelecimentos de ensino.
"Há muitas escolas que são escolas de proximidade e cabe a cada escola sentir e ver se tem pessoal ou não para poder estar hoje em funcionamento", explicou o presidente da Câmara, Carlos Moedas, à CNN Portugal. "Falei com a secretária de Estado da Proteção Civil e a opinião do Governo que me foi transmitida é que naquele momento não era ainda necessário fechar as escolas porque isso teria outros impactos. O que posso dizer, a nível local, é que obviamente as escolas que não tenham condições para funcionar fechem se for necessário. Mas não de uma maneira formal."
"Devemos manter as nossas famílias protegidas, o meu conselho é que as pessoas fiquem em casa", disse o autarca, sublinhando que "a partir do meio-dia a situação tende a melhorar".
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