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PKK nega envolvimento no ataque terrorista de Istambul

Ministro turco disse que as conclusões da investigação apontava para o PKK

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla original) negou qualquer envolvimento no ataque terrorista ocorrido este domingo em Istambul, na Turquia. Através de um comunicado citado pela agência Reuters, o grupo nega a autoria do atentado que matou seis pessoas e fez dezenas de feridos.

"Está fora de questão para nós alvejar civis em qualquer altura", refere o comunicado.

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O comunicado do PKK surge horas depois de o ministro do Interior da Turquia ter acusado o grupo, que o governo do país considera terrorista, da autoria do ataque. "De acordo com as nossas conclusões, a organização terrorista PKK é responsável" pelo atentado, disse Soumeylan Soylu, anunciando a detenção de uma pessoa acusada de colocar o dispositivo explosivo no local.

Mais tarde, também as Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla original) recusaram a participação no ataque, pela voz do comandante do grupo, Mazloum Abdi.

Um atentado foi perpetrado, no domingo, na avenida Istiklal, na zona comercial de Istambul, a maior cidade da Turquia e capital económica do país, pelas 16:20 (13:20 em Lisboa).

Na televisão, em direto, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou "o vil atentado", dizendo então que "as primeiras observações" deixavam entender que se tratava de um atentado terrorista" em que "uma mulher estaria implicada".

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Cinco promotores de justiça foram já designados para investigar a explosão, de acordo com a agência de notícias estatal Anadolu.

O Conselho Supremo de Rádio e Televisão, que vigia os órgãos de comunicação social na Turquia, impôs uma proibição temporária de relatos sobre a explosão, medida que impede as emissoras de exibir vídeos do momento da explosão ou das consequências.

O mesmo órgão já tinha imposto proibições semelhantes no passado, na sequência de ataques e acidentes.

Em imagens difundidas nas redes sociais, ouve-se o momento da explosão, acompanhado de chamas e desencadeando imediatamente um movimento de pânico.

Uma grande cratera negra também é visível nestas imagens, assim como vários corpos no solo, nas proximidades.

Outras imagens mostram ambulâncias, carros de bombeiros e da polícia no local.

A Turquia foi palco de uma série de atentados mortais entre 2015 e 2017 cometidos pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e movimentos curdos.

Nesse período, a avenida Istiklal foi também palco de um ataque reivindicado pelo EI, que matou quase 500 pessoas e feriu mais de duas mil.

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