O líder do governo tibetano no exílio defendeu na quinta-feira que as imagens de Dalai Lama a pedir a uma criança que lhe chupasse a língua demonstram apenas a inocência e o lado afetuoso do líder espiritual budista.
Penpa Tsering, líder da Administração Central Tibetana, disse à Reuters que Dalai Lama foi "injustamente rotulado com todos os tipos de nomes que magoam profundamente todos os seus seguidores", acrescentando que se tratou apenas de uma "demonstração afetuosa inocente", à semelhança do que faria um avô.
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Falando aos jornalistas na Índia, em Nova Deli, Tsering disse ainda que o lado afetuoso de Dalai Lama foi mal interpretado e que o tibetano leva uma vida de celibato e prática espiritual "para além dos prazeres sensoriais". O líder tibetano exilado disse ainda que investigações mostram que "fontes pró-chinesas" estiveram envolvidas na divulgação das imagens de Dalai Lama a pedir à criança que lhe chupasse a língua.
O vídeo tornou-se viral nos últimos dias, obrigando o Dalai Lama a desculpar-se publicamente, ainda que o ocorrido tenha sido registado em fevereiro. "O ângulo político deste acontecimento não pode ser ignorado", defendeu Tsering.
A interação de Dalai Lama com a criança foi divulgada no início da semana e ocorreu em Dharamshala, na Índia - onde o líder budista vive no exílio desde 1959, depois de o Tibete ter sido anexado pela China. o rapaz pediu-lhe inicialmente um abraço e Dalai Lama pediu-lhe em troca um beijo na bochecha, depois nos lábios e, em seguida, mostrou-lhe a língua, pedindo-lhe que a chupasse. As imagens tornaram-se entretanto virais e, na segunda-feira passada, Dalai Lama veio desculpar-se pelo sucedido, descrito como inapropriado e perturbador.
"Sua santidade deseja pedir desculpa ao rapaz e à sua família, bem como aos seus amigos, pelo mal que as suas palavras possam ter causado", lia-se num comunicado, que acrescentava que "sua santidade costuma provocar as pessoas que conhece de maneira inocente e divertida, mesmo diante de público e diante das câmaras".
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