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Médica que detetou Ómicron revela primeiros dados sobre sintomas desta variante

Nova variante é vista com grande preocupação pelo mundo fora e já obrigou à tomada de medidas para conter os contágios

Foi esta sexta-feira que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante da covid-19 B.1.1.529 com a décima quinta letra do alfabeto grego, Ómicron. A entidade revelou de imediato que esta seria uma "variante de preocupação".

Uma variante de preocupação que, segundo a OMS, tem características como o aumento da transmissibilidade ou alteração prejudicial na epidemiologia da covid-19, aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia da saúde pública e medidas sociais ou diagnósticos, vacinas e terapêuticas disponíveis.

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Sintomas leves e sem expressão nos internamentos

Angelique Coetzee, a médica sul-africana que detetou a nova variante pela primeira vez, já revelou em entrevista que os sintomas da Ómicron são leves, segundo avançou à BBC

"Apresentam sintomas extremamente leves", explicou a clínica, referindo-se aos seus pacientes na África do Sul, dizendo que é necessário mais tempo para perceber a gravidade da doença em pessoas com alguma patologia associada.

A também presidente da Associação Médica da África do Sul disse que os sintomas associados à variante são “diferentes e leves” comparativamente a outros com que se deparou nos últimos meses, recordando que não houve internamentos associados a esta nova variante.

“Já falei com outros colegas que estão a receber o mesmo feedback dos pacientes, com sintomas mais ligeiros do que aqueles com que já nos deparámos”, disse.

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Dadas as evidências, Coetzee considera mesmo que as autoridades de saúde mundiais estão a agir de forma precoce no que toca às medidas de contenção da propagação do vírus. “Talvez daqui a duas, três semanas possamos dizer algo diferente. Para já, parece-me cedo demais”, rematou.

À Sky News, Barry Schoub, presidente do Comité para o processo de vacinação contra a covid-19 na África do Sul, afirmou que embora tenha sido identificada esta nova variante, não há um aumento relativamente ao número de hospitalizações, reforçando a ideia que os sintomas ligados à Ómicron registados até ao momento são leves.

“Os casos que ocorreram até agora foram todos leves, leves a moderados, e isso é um bom sinal”, disse Schoub. O especialista avançou ainda que o elevado número de mutações encontradas nesta variante poderá torná-la menos forte que a Delta, por exemplo.

 

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