Um grupo de hackers pró-Ucrânia voltou a atacar estruturas ligadas ao Partido Comunista Português. Desta vez, os piratas informáticos atacaram a Associação Iúri Gagárin, antiga Associação Portugal-URSS, numa operação que apelidaram de "operação especial de ciberataques cirúrgicos à Rússia e seus aliados".
Desde as 15:00 que associação a página da associação se encontra inacessível. Os piratas acusam as organizações ligadas ao Kremlin de promoverem atividades subversivas, promovendo a desinformação e o "pensamento tóxico" da antiga União Soviética.
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Este ataque acontece quando a Associação se preparava para assinalar o "Dia da Vitória" com um evento online transmitido em direto no site do grupo.
"A antiga Associação Amizade Portugal-URSS (1) é uma ameaça a Portugal. Desenvolvem atividades discretas de espionagem. Promovem a desinformação reinscrevendo a história. Promovem o pensamento tóxico da ex-URSS", pode ler-se num comunicado enviado à CNN Portugal.
Esta associação foi criada logo a seguir ao 25 de Abril, chamava-se então Associação Portugal-URSS. Chegou a ter mais de 20 mil sócios e promovia o intercâmbio cultural entre os dois países. Além disso, também fazia visitas turísticas e dava aulas de russo.
No documento, deixaram também "um aviso" aos "padrinhos" da associação, referindo-se ao Kremlin.
"Sabemos o que fizeram na Bulgária. Sabemos o que fazem na Alemanha. Sabemos o que querem fazer em Portugal. Estamos atentos. Estamos vigilantes. A Ucrânia irá vencer! Glória aqueles que lutam ao nosso lado. Nós não esquecemos! Nós não perdoamos! Esperem por nós!", acrescentam.
Esta não é a primeira vez que este grupo de hackers ataca alvos informáticos de estruturas ligadas ao PCP. No dia 8 de abril, este mesmo grupo mandou abaixo o site oficial do PCP, bem como o da Juventude Comunista e de algumas organizações regionais do partido. Algumas horas depois do ataque inicial, também o site do jornal Avante! foi alvo de um ciberataque.
Também a Câmara Municipal de Setúbal foi alvo do grupo de ativistas, deixando a plataforma inoperacional durante várias horas, após a polémica em torno da receção de refugiados ucranianos na autarquia por parte de uma Organização Não Governamental com ligações à embaixada russa.
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