Como visualizar a guerra entre Israel e o Hamas (exclusivo CNN, com mapas e gráficos)
À medida que os combates se intensificam em Gaza e Israel, a CNN está a visualizar a guerra através de mapas, gráficos e muito mais.
Uma análise exclusiva da CNN, com a ajuda da Inteligência Artificial (IA), identificou uma parte significativa da destruição em Gaza nas imagens de satélite.
Análise de satélite mostra edifícios danificados e crateras de impacto em Gaza
Fonte: análise da CNN de dados da Synthetaic e Planet Labs Gráfico: Renée Rigdon e Paul P. Murphy, CNN
Uma parte significativa dos danos que a CNN conseguiu confirmar situa-se no norte de Gaza. Grandes áreas de edifícios em redor da Cidade de Gaza, Beit Lahya e Beit Hanoun foram destruídas. Foram também identificadas centenas de crateras no norte de Gaza.
A maior parte da destruição confirmada pela CNN ocorreu no norte de Gaza
Fonte: Análise da CNN de dados da Synthetaic e Planet Labs
Gráfico: Renée Rigdon e Paul P. Murphy, CNN
Confrontos na fronteira Líbano-Israel
Os combates prosseguem na fronteira sul do Líbano com Israel, onde o Hezbollah - um grupo armado libanês apoiado pelo Irão - tem a sua principal base. Israel ordenou a evacuação das comunidades ao longo da fronteira libanesa. Desde o início da guerra Hamas-Israel, a 7 de outubro, os confrontos entre Israel e o Hezbollah têm-se limitado a esta região fronteiriça.
Fontes: Forças de Defesa de Israel; Instituto para o Estudo da Guerra com o Projeto de Ameaças Críticas da AEI; Agência Nacional de Notícias, Ministério da Informação do Líbano
Gráficos: Lou Robinson e Rachel Wilson, CNN
Mapa israelita dos túneis do Hamas em 2021
Gráfico: Amy O'Kruk, CNN
Muitos hospitais em Gaza estão em "colapso real", diz o Ministério da Saúde palestiniano
À medida que as reservas de combustível para os geradores de reserva se esgotam e os ataques aéreos israelitas continuam, os hospitais de Gaza estão a ser obrigados a fechar, pondo em risco milhares de vidas, segundo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU. A CNN analisou e mapeou os relatórios sobre o encerramento e as limitações dos hospitais na Faixa de Gaza.
2. Hospital Al Awda: o hospital teve apenas duas horas para ser evacuado em 13 de outubro, de acordo com os Médicos Sem Fronteiras.
3. Hospital de Beit Hanoun: as operações cessaram devido aos bombardeamentos israelitas em 14 de outubro.
4. Hospital Al-Quds: a 14 de outubro, Israel disse ao hospital para evacuar até às 16 horas do mesmo dia, mas os funcionários do hospital disseram que não podiam movimentar os pacientes em estado mais grave.
5. Hospital Batista Al-Ahli: uma explosão a 17 de outubro matou centenas de pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.
6. Hospital Infantil de Al-Durrah: o hospital foi evacuado a 14 de outubro depois de ter sido alegadamente alvo de bombas de fósforo branco proibidas internacionalmente, segundo o ministro da Saúde de Gaza.
7. Mártires de Al-Aqsa: o hospital tem vindo a utilizar camiões de gelados de fábricas locais como morgues improvisadas para complementar as morgues hospitalares que estão a transbordar.
8. Gaza Europeia: a única fonte de água é um poço, de acordo com o vice-ministro da saúde de Gaza em 12 de outubro.
9. Hospital do Kuwait: após receber um segundo aviso de evacuação a 16 de outubro, o diretor geral do hospital disse que o hospital não o faria.
Fontes: Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Médicos Sem Fronteiras, Ministério da Saúde palestiniano, Hospital do Kuwait, Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, Crescente Vermelho Palestiniano, Forças de Defesa Israelitas
Gráficos: Rosa de Acosta, Lou Robinson e Renée Rigdon, CNN
As pessoas que vivem no norte de Gaza foram aconselhadas a fugir para sul
O exército israelita ordenou a 1,1 milhões de pessoas que abandonassem a zona norte de Gaza, densamente povoada, incluindo a cidade de Gaza, e se deslocassem para o sul da faixa. As Nações Unidas disseram que a instrução causaria "consequências humanitárias devastadoras".
Gráficos: Henrik Pettersson e Renée Rigdon, CNN
Este é o conflito mais mortífero entre as duas partes em mais de uma década.
Contagem de mortos nos conflitos israelo-palestinianos nos últimos 15 anos
A violência mais recente causou mais de 1400 mortes em Israel e pelo menos 7028 em Gaza até 26 de outubro, segundo as autoridades de ambos os lados.
Fontes: Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários; Forças de Defesa Israelitas; Ministério da Saúde Palestiniano
Gráficos: Henrik Pettersson e Alex Leeds Matthews, CNN
Crise humanitária aumenta com o isolamento de Gaza por Israel
O número de pessoas deslocadas internamente em Gaza está a aumentar à medida que continuam os ataques aéreos israelitas. Alguns camiões de ajuda humanitária foram autorizados a entrar através da passagem de Rafah, mas os funcionários da ONU dizem que é necessária muito mais assistência para satisfazer as necessidades básicas. Os hospitais e os residentes dependem de geradores de energia, que estão a ficar sem combustível, e o acesso à água é afetado pelos cortes de energia.
Gráficos: Lou Robinson e Rachel Wilson, CNN
Os ataques aéreos em Gaza forçaram centenas de milhares de pessoas a fugir das suas casas e a invadir áreas, incluindo hospitais, onde há pouco espaço para ir. Em todo o Médio Oriente, Gaza é uma das cidades mais pequenas e mais densamente povoadas.
Fonte: Demographia Áreas Urbanas Mundiais, 2023
Gráfico: Amy O'Kruk, CNN
À medida que milhares de rockets chovem sobre Israel, o país tem contado mais uma vez com o sistema Iron Dome para proteger os seus cidadãos.
Como funciona: o sistema de defesa israelita Iron Dome, Cúpula Dourada
O sistema de defesa aérea móvel é composto por 10 baterias que transportam, cada uma, três a quatro lançadores de mísseis manobráveis. A sua colocação estratégica proporciona uma barreira de defesa contra rockets, morteiros e drones até 150 quilómetros quadrados de áreas povoadas e, no passado, Israel vangloriou-se de uma taxa de sucesso superior a 90%.
1. Detetar
O radar identifica a aproximação de um foguete num raio de 4 a 70 quilómetros da bateria e envia informações sobre a trajetória do foguete para o centro de comando e controlo.
2. Prever
O centro de controlo calcula o local do impacto e prevê se o foguetão vai atingir áreas habitadas.
3. Avaliar
O sistema visa os foguetes que representam a maior ameaça para as áreas urbanas e infraestruturas quando se lida com múltiplas ameaças simultâneas, ignorando os foguetes que provavelmente atingirão áreas não povoadas ou o mar.
4. Interceção
O sistema de controlo liga-se a um lançador que dispara um míssil para destruir o foguete se for considerada justificada uma interceção.
Gráficos: Lou Robinson, Rachel Wilson e Will Mullery, CNN
O governo dos EUA gastou mais de 2,9 mil milhões de dólares (2,75 mil milhões de euros) no programa Iron Dome/Cúpula de Ferro desde 2011, de acordo com o Congressional Research Service. Eis um resumo de como a ajuda militar planeada dos EUA a Israel se compara com a de outros países.
Israel receberá quase metade de toda a ajuda militar dos EUA no orçamento proposto para 2024
Antes dos ataques do Hamas, a administração Biden solicitou que Israel recebesse 3,3 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros) em financiamento militar estrangeiro para o próximo ano fiscal - o mesmo que nos últimos três anos.
Destinatários seleccionados da ajuda militar proposta para 2024, em milhares de milhões de euros
Fontes: Serviço de Investigação do Congresso, Departamento de Estado dos EUA
Gráfico: Christopher Hickey, CNN
Metodologia dos danos em Gaza: A CNN conseguiu identificar as áreas de destruição em Gaza através de imagens de satélite da Planet Labs e trabalhando com a Synthetaic, uma empresa que utiliza Inteligência Artificial (IA) para identificar e classificar dados, incluindo imagens de satélite. Utilizando as imagens de toda a Faixa de Gaza da Planet Labs, a Synthetaic está a analisá-las e a compará-las através do seu sistema proprietário de Categorização Automática Rápida de Imagens (RAIC), orientado para a IA, procurando a destruição - edifícios danificados e destruídos, além de crateras de impacto. Com a ajuda do que o RAIC identificou como destruição, a CNN está a tratar as imagens do Planet Labs e a fazer a sua própria análise para confirmar de forma independente os edifícios danificados e destruídos e as crateras de impacto. O resultado é um retrato da destruição que ocorreu em Gaza. A análise da CNN prossegue e espera-se que identifique outras áreas de destruição em Gaza, especialmente à medida que as Forças de Defesa de Israel continuam a expandir as suas operações terrestres no território. Também difere da análise anterior da CNN, que utilizou o radar de abertura sintética Sentinel-1 para determinar os danos. Um mapa completo e abrangente da destruição em Gaza é impossível sem um levantamento no terreno.
