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"Isto é um genocídio". Zelensky acusa Putin de querer exterminar mais de 100 nacionalidades

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou este domingo o seu homólogo russo de cometer "um genocídio" com a invasão da Ucrânia. As suas declarações acontecem num momento em que se começa a conhecer a realidade vivida por civis durante a ocupação russa

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky foi categórico na sua avaliação sobre o impacto da invasão russa durante uma entrevista ao canal norte-americano CBS este domingo. “Sim, isto é um genocídio. A eliminação de toda a nação. Nós temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se de destruir e exterminar todas essas nacionalidades”, afirmou, num momento em que funcionários do seu governo têm apresentado provas de execuções de civis e outras atrocidades alegadamente cometidas pelas forças invasoras.

"Somos cidadãos da Ucrânia e não queremos ser subjugados à política da Federação Russa. Esta é a razão pela qual estamos a ser destruídos e exterminados. E isto está a acontecer na Europa do século XXI", referiu Zelensky durante uma entrevista no programa "Face the Nation" da CBS.

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As declarações do presidente ucraniano surgem após o autarca de Bucha ter revelado a uma equipa de jornalistas da Reuters vários cadáveres espalhados pelas ruas da sua cidade, nos arredores do noroeste de Kiev. Os militares russos retiraram-se recentemente da região de Kiev para concentrar os ataques no leste da Ucrânia.

"Um cadáver parecia ter as mãos amarradas por pano branco e ter sido baleado na boca", informou a Reuters. Também repórteres da Agence France-Press viram “pelo menos 20 corpos numa única rua na cidade de Bucha, perto de Kiev, incluindo um com as mãos amarradas, e o corpo de um fotógrafo desaparecido foi descoberto numa vila próxima”, informou a agência de notícias.

Na mesma linha, jornalistas da Associated Press viram “corpos de pelo menos nove pessoas em roupas civis que pareciam ter sido mortas à queima-roupa”, bem como “dois corpos envoltos em plástico, amarrados com fita adesiva e atirados para uma vala”.

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