O Alto Comissariado para as Migrações (ACM) garante que a implementação da opção em ucraniano no atendimento automático da Linha de Apoio ao Migrante e do Serviço de Tradução Telefónica será implementado "na próxima semana". A resposta surge um dia depois de a Associação de Ucranianos em Portugal ter denunciado que as únicas opções de assistência eram português, inglês e russo.
Fonte do ACM esclarece à CNN Portugal que a gestão dos pedidos de apoio para auxiliar ucranianos que chegam da guerra está a ser feita através de uma mensagem automática, com “três opções de idiomas: português (língua nacional), inglês (língua universal) e russo (dos mais solicitados)”. “Independentemente do idioma selecionado, e logo que sejam atendidos por um operador, os cidadãos podem solicitar o atendimento noutro idioma, incluindo em ucraniano”, indica.
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Nos casos em que o operador esteja indisponível, acrescenta o Alto Comissariado, a bolsa de tradutores do serviço é “ativada de imediato”.
Esta quinta-feira a CNN Portugal noticiou que membros da comunidade ucraniana a residir em Portugal se sentiam “magoados” por serem atendidos em russo, através de um número que consta do serviço SOS Ucrânia - que garante existir a opção de atendimento “em ucraniano”. Pavlo Sadhoka, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, alertou que, “no caso de um refugiado ucraniano que não domina nem o inglês, nem o português, nem o russo, não vai conseguir obter o apoio que precisa”.
Em resposta, o ACM explica que os três idiomas das mensagens de entrada para atendimento na Linha de Apoio ao Migrante e do Serviço de Tradução Telefónica “foram estabelecidos de acordo com os idiomas mais solicitados em ambos os serviços nos últimos anos”.
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No entanto, o Alto Comissariado afirma que a integração na mensagem de entrada para atendimento da opção em ucraniano “encontra-se em fase final de testes, prevendo-se que esteja em funcionamento no decurso da próxima semana”.
Sublinhando que “condena a atual situação da guerra na Ucrânia”, o Alto Comissariado refere ainda que está “em permanente adaptação às novas realidades migratórias e contextos”, no sentido de “garantir as respostas necessárias no acolhimento e integração de todos os cidadãos”. Por exemplo, está também prevista a introdução de atendimento em mandarim e árabe.
Desde fevereiro de 2022, foram realizados mais de 300 atendimentos relacionados com o conflito na Ucrânia.
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