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“É um ataque ao coração da democracia.” Presidente da CPI da TAP lamenta divulgação de informação confidencial (caso vai ser investigado)

Presidente da comissão parlamentar de inquérito pediu tempo para averiguar o episódio de alegada “fuga de informação”, que pode ter sido protagonizada por deputados

O presidente da comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, o socialista Jorge Seguro Sanches, lamentou esta quinta-feira que tenha sido divulgada informação considerada confidencial, não excluindo que a alegada “fuga de informação” tenha partido de um dos deputados.

Seguro Sanches revelou “imensa desilusão pelo que terá hoje acontecido”, porque coloca em causa o “prestígio” da própria Assembleia da República. O mesmo admitiu a realização de um inquérito no sentido de apurar como se deu a divulgação de informação considerada confidencial.

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O socialista insistiu que é necessário perceber os “contornos” daquilo que terá sido tornado público, não concretizando mais detalhes.

Mas o lamento sobre esta alegada fuga de informação acontece um dia depois de ter chegado ao parlamento informação relativa à sustentação jurídica em que assentou a decisão do Governo de demitir com justa causa os presidentes da TAP - que permitiram perceber que esse apoio legal só chegou depois da conferência de imprensa onde essa decisão foi anunciada e que revelam desentendimentos dentro do próprio Governo.

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O deputado do Chega Filipe Melo chegou a sugerir que o episódio era “demasiado grave” para “continuarmos a trabalhar quando há um clima de suspeição dentro da comissão”, sugerindo que fosse feito o apuramento do que “saiu”, em que “moldes” e “por quem saiu”.

Mas outros deputados acabaram por insistir na necessidade de dar tempo a Seguro Sanches para perceber o que se passou, admitindo mesmo que essa alegada fuga de informação possa não ter partido de um dos deputados que integram a comissão, mas lamentando sempre que esse possa ter sido o cenário.

“Temos de ter algum cuidado com a fonte da fuga da informação”, argumentou o social democrata Paulo Rios de Oliveira. E o colega Hugo Carneiro completou: “até que o inquérito seja terminado, ninguém pode afirmar que foi uma das pessoas que aqui está que passou a informação”.

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