Sérgio Figueiredo, antigo diretor de informação da TVI que foi contratado como consultor do Ministério das Finanças, vai receber um salário superior a Fernando Medina, que tutela a pasta, auferindo um rendimento bruto em 24 meses de 139.90 mil euros.
O salário do antigo jornalista vai equivaler a 5.832 euros mensais, segundo avança o jornal Público, um valor superior a vencimento bruto de 4.767 euros que os ministros recebem todos os meses.
PUB
Na altura, quando confirmou a contratação, o Ministério das Finanças tinha explicado que Sérgio Figueiredo iria receber “uma remuneração equiparada e limitada ao vencimento base do ministro”. No entanto, o valor final regista uma diferença de mais de mil euros a mais do que Medina.
Segundo referiu o Ministério das Finanças ao jornal, a diferença entre o valor inicialmente avançado e aquele que consta do contrato que será assinado nos “próximos dias” é explicado pelo facto de o também antigo diretor da Fundação EDP só auferir 12 meses por ano e não os 14 a que os ministros têm direito.
A contratação de Sérgio Figueiredo como consultor para avaliar o impacto das políticas públicas recebeu críticas fortes por parte da oposição. Pedro Filipe Soares, líder da bancada do Bloco de Esquerda, disse existir neste contrato “uma troca de favores”, já o deputado social-democrata Duarte Pacheco sublinhou que o episódio revela uma relação promíscua entre o governo e o PS, num caso de "defendem-me hoje e eu trato da tua vida amanhã".
Também a Iniciativa Liberal exigiu esclarecimentos ao Ministro das Finanças, com Carlos Guimarães Pinto a referir que Fernando Medina tem de explicar “que características é que Sérgio Figueiredo tem para justificar essa escolha?”
PUB