O Governo português afirmou este sábado, em comunicado do Conselho de Ministros, que não há quaisquer planos para um processo de reparação histórica pelo colonialismo.
O esclarecimento do executivo de Luís Montenegro surge na sequência das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, proferidas terça-feira num jantar com correspondentes da imprensa estrangeira em Portugal, que afirmou que o país deveria "pagar os custos" dos crimes cometidos durante o período colonial.
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"A propósito da questão da reparação a esses Estados e aos seus povos pelo passado colonial do Estado português, importa sublinhar que o Governo actual se pauta pela mesma linha dos Governos anteriores", disse o executivo na nota. "Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito".
O Governo português releva os "gestos e programas de cooperação de reconhecimento da verdade histórica com isenção e imparcialidade" que Portugal tem realizado ao longo dos anos, como "a assunção do contributo decisivo da luta desses povos pela sua independência para o fim da ditadura ou o pedido de desculpas pelo trágico massacre de Wyriamu [sic]."
"A linha do Governo português é e será sempre esta: aprofundamento das relações mútuas, respeito pela verdade histórica e cooperação cada vez mais intensa e estreita, assente na reconciliação de povos irmãos", completou o executivo.
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