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O surpreendente empate da seleção portuguesa: Entre a paciência e a mentalização hipnótica

No jogo de ontem da seleção portuguesa contra a Eslovénia, os adeptos nacionais foram confrontados com um empate surpreendente, que só foi desbloqueado através de penáltis. Um resultado que deixou muitos a questionar o desempenho da nossa equipa e, claro, a capacidade de mentalização quase hipnótica do selecionador nacional, Roberto Martinez.

O selecionador de Portugal foi transmitindo aos jogadores a mensagem de "um jogo de muita paciência". No entanto, a "paciência" revelou-se notoriamente exagerada, com um futebol excessivamente horizontal, e insuficientemente vertical.

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A capacidade ímpar de Roberto Martinez para moldar a consciência dos atletas foi evidente. Os jogadores demonstraram objetivamente a "paciência" repetidamente pedida pelo selecionador de Portugal. Mas será que esta mentalização hipnótica é o caminho para o sucesso? Será que um futebol tão cauteloso é o que precisamos para alcançar a vitória?

Enquanto refletimos sobre o desempenho da seleção, não podemos deixar de questionar: e se Roberto Martinez fosse o presidente do Banco Central Europeu? Seria capaz de utilizar a sua capacidade de mentalização para moderar as expectativas económicas e influenciar o nível de propensão da Zona Euro para o consumo/investimento? Uma sugestão/questão irónica que fica "no ar" para os mais céticos. É curioso como a postura do presidente do Banco Central Europeu (BCE) deve ser semelhante à de um “mentalizador” no que às expectativas económicas diz respeito. Os atletas da seleção nacional demonstraram ontem o quão perfeito é o trabalho de mentalização do selecionador de Portugal. A postura de “paciência” foi cumprida na perfeição.

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Talvez seja altura de explorar a possibilidade de um intercâmbio de competências entre Roberto Martinez, o selecionador de Portugal, e Christine Lagarde, a presidente do BCE. Quem sabe se a mentalização hipnótica de um não poderia ser aplicada no outro, trazendo resultados surpreendentes? Eventualmente, a mentalização exímia levada a cabo por Roberto Martinez resultaria numa calibragem da propensão coletiva para o consumo/investimento e isso contribuiria para gerir, a montante, o número de subidas dos juros diretores do BCE.

O empate com a Eslovénia foi apenas mais um episódio no caminho da seleção portuguesa. Resta-nos esperar e ver como Roberto Martinez e os jogadores irão enfrentar os próximos desafios. Será que a "paciência" continuará a ser o mote? Ou será que a equipa irá arriscar mais, apresentando uma postura mais vertical? A narrativa do selecionador de Portugal e dos atletas nos próximos dias dirá.

Enquanto isso, deixemo-nos envolver pela ironia deste empate e pelas reflexões que ele suscita. O futebol e a economia têm mais em comum do que imaginamos. E quem sabe, talvez um dia, vejamos Roberto Martinez a liderar não só a seleção portuguesa, mas também as expectativas económicas de toda uma nação!

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