Foi numa entrevista exclusiva ao repórter da CNN Internacional Jake Tapper, que Volodymyr Zelensky estimou que possam ter morrido cerca de 3.000 soldados ucranianos desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro.
"Dos números que temos, penso que perdemos entre 2.500 a 3.000. Em comparação, a Rússia perdeu 19 ou 20 mil militares", disse.
PUB
Questionado sobre quantos civis já morreram, o presidente ucraniano não quis avançar com números, principalmente porque existem muitas cidades do sul que estão cercadas - Kherson, Berdyansk, Mariupol - e na zona leste também, como é o caso de Volnovakha.
"Nós não sabemos quantas pessoas morreram nestas áreas bloqueadas".
Este é um excerto da primeira parte da entrevista, que foi publicado esta noite pela CNN Internacional. A entrevista na íntegra só vai ser divulgada no domingo.
"Para eles as vidas das pessoas não valem nada"Durante a tarde de sexta-feira já tinha sido divulgado um vídeo de um minuto, no qual Volodymyr Zelensky defendeu que o mundo deveria estar preparado para a possibilidade de Vladimir Putin usar armas nucleares.
PUB
"Não só eu - todo o mundo, todos os países, têm de estar preocupados, porque pode não ser uma informação real, mas pode ser verdade".
"Podem fazê-lo, para eles a vida das pessoas não vale nada", afirmou Zelensky. "Devíamos pensar, não ter medo, mas estar preparados. Isso não é uma questão só para a Ucrânia, mas sim para todo o mundo", completou o chefe de Estado ucraniano.
As declarações de Zelensky surgem após a Rússia ter bombardeado várias cidades, incluindo Kiev, durante a madrugada de sexta-feira.
O dia 14 de abril ficou também marcado pelo ataque ao navio Moskva, o principal da Frota do Mar Negro da Marinha russa. Segundo o Ministério da Defesa do país, o navio-cruzador sofreu um incêndio, a que se seguiu a “detonação de munições”, que causou grandes estragos. Mais tarde, enquanto estava a ser rebocado para Sebastopol, o navio afundou-se “devido a uma tempestade”, avançou o governo russo.
Esta versão contradiz a da Ucrânia, que reclamou de imediato a autoria do ataque, bem como a dos EUA, que acreditam que o navio terá sido atingido por dois mísseis Neptune, desenvolvidos pela Ucrânia a seguir à anexação da Crimeia, em 2014.
PUB