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Putin, afinal, "adora-me em segredo", diz Navalny. Opositor russo enfrenta nova acusação que pode implicar mais 15 anos de prisão

À condenação do passado dia 24 acresce agora uma acusação por alegado envolvimento na fundação de um grupo extremista

O líder opositor russoAlexei Navalny disse esta terça-feria que enfrenta uma nova acusação por alegado envolvimento na fundação de um grupo extremista, que poderá implicar 15 anos adicionais de pena de prisão.

“Nem passaram oito dias da entrada em vigor da [anterior] condenação, que implica nove anos de prisão num estabelecimento de alta segurança, e foram-me apresentadas oficialmente as atas de uma nova acusação”, escreveu na sua conta na rede social Instagram.

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Navalny ironizou que o Presidente russo, Vladimir Putin, cujo círculo mais próximo é frequentemente acusado de “corrupção” pelo opositor, afinal não o odeia, mas antes o “adora em segredo”.

Segundo indicou, as autoridades russas acusaram-no de criar um grupo extremista “para fomentar o ódio contra os funcionários e os oligarcas”.

“E quando me prenderam, atrevi-me a expressar o meu inconformismo, e convoquei comícios. Por isso, fui contemplado com 15 anos adicionais”, assinalou.

Com o habitual sarcasmo, Navalny disse que se trata “de outros 15 anos de repouso num ‘bunker’ seguro e estável”, onde estaria a salvo “das surpresas e adversidades desta vossa ‘liberdade’”, onde tudo está tão desorganizado que “pelas ruas caminha gente comum, em vez de guardas prisionais”.

O opositor acrescentou ainda que “quando finalmente Putin iniciar a guerra nuclear”, estará em segurança, porque “ninguém vai pensar em bombardear uma prisão no meio de um pântano”.

“Assim, quando o cimento se derreter no local onde estão, estarei a observar um crepúsculo especialmente belo desde a minha cela. Graças a Putin”, concluiu.

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