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Quem é Pedro Reis, o homem "de relacionamento fácil" com as empresas que quer pôr a economia a crescer

Estudou em Harvard, foi o presidente da agência responsável pelo apoio à internacionalização da economia portuguesa e agora que revolucionar a economia portuguesa

Fonte próxima de Pedro Reis descreve o gestor de 56 anos como sendo uma pessoa com um "relacionamento fácil" com o meio empresarial. Foi presidente da AICEP, a agência responsável pelo apoio à internacionalização da economia portuguesa, nos anos da troika e é um dos quatro coordenadores responsáveis pelo plano económico que a Aliança Democrática levou a eleições. É agora o homem escolhido por Luís Montenegro para assegurar a “ambiciosa” promessa eleitoral de colocar a economia portuguesa a crescer 3,5% por ano.

Licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, continuou o seu percurso académico nos Estados Unidos da América, na Harvard Business School, com um curso em Strategic Finance. Durante mais de 20 anos, foi gestor e consultor de várias empresas de diferentes setores e indústrias, na qual se destaca a banca, com uma passagem pelo maior banco privado português, o Banco Millennium BCP.

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De dezembro de 2011 a abril de 2014 foi presidente da AICEP, a agência responsável pelo apoio à internacionalização da economia portuguesa. Quem o conhece descreve-o como uma “pessoa simpática e agradável”, capaz de criar diálogos com as empresas portuguesas. Em 2014, torna-se assessor sénior da Comissão Executiva do BCP e, em 2015, administrador executivo da BCP Capital. Dois anos depois, em 2017, assume a Direção de Marketing Estratégico.

Em agosto de 2021, Pedro Reis candidatou-se a bastonário da Ordem dos Economistas, defendendo ser necessário dar “o fôlego de uma nova dinâmica bem necessária face aos tempos exigentes que se aproximam para o exercício da profissão”.

Um ano depois, foi convidado por Luís Montenegro para coordenar o Movimento Acreditar, uma “plataforma de discussão política” dos sociais-democratas com a sociedade civil, com vista a preparar o programa de Governo.

Foi dessa plataforma que viriam a sair algumas das principais promessas eleitorais da candidatura de Luís Montenegro. Pedro Reis defende que é necessário reduzir os impostos em Portugal e atacar a burocracia para colocar a economia portuguesa a crescer. “O choque fiscal é um nó górdio de libertação de potencial de crescimento e de justiça social”, defendeu numa entrevista ao Público e à Rádio Renascença.

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O seu plano é ambicioso, mas Pedro Reis garante que é “realista”. O economista defende que são necessárias algumas mudanças estruturais na economia para atingir um crescimento de 3,5% até 2028. “É um cenário realista e exigente, uma vez que é preciso um alinhamento para fazer acontecer. Se nada estrutural for mudado na economia portuguesa, este cenário pode parecer algo optimista. Mas é realista, atingível e desejável”, insiste.

Uma das principais mudanças propostas passa por baixar o IRS para os jovens até aos 35 anos. O objetivo de Montenegro é colocar a economia portuguesa “numa rota de crescimento acima da média da União Europeia”, criando um “ciclo duradouro”.

Sem tabus quanto ao regresso das PPP na Saúde, na Educação e na Habitação, o escolhido de Montenegro garante que não quer que o Estado deixe “as pessoas na mão”, mas sublinha que é preciso “libertar uma fiscalidade absolutamente esmagadora que está instalada num modelo de sociedade”.

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