Já fez LIKE no CNN Portugal?

Governo gasta menos na Defesa do que previa gastar antes da guerra

Extinção de uma secretaria de Estado, que implica uma descida dos custos correntes, está na explicação de um valor menor para o Ministério da Defesa Nacional quando há agora uma guerra na Ucrânia e as entidades internacionais apelam a esse investimento

O Estado Português vai gastar menos em Defesa em contexto de guerra do que aquilo que previa no orçamento apresentado em outubro, quando o conflito na Ucrânia ainda não era uma realidade.

Na proposta do Orçamento do Estado para 2022 estão previstos 2.450,7 milhões de euros para o Ministério da Defesa, agora liderado por Helena Carreiras. Na versão anterior, rejeitada em outubro, esse valor era superior: 2.451,5 milhões de euros.

PUB

Ainda assim, a nova verba está acima dos valores do ano passado: cerca de 2.391,7 milhões executados dos 2.423 que constavam no documento. Ou seja, mais 59 milhões de euros face ao executado em 2021, uma subida de 2,5%.

Segundo apurou a CNN Portugal, a descida da verba na ordem dos 800 mil euros face a outubro é justificada com a extinção de uma secretaria de Estado neste ministério, o que permite reduzir os custos correntes. Numa análise desagregada, é possível perceber que há efetivamente um aumento de 11,2% no investimento na Defesa Nacional.

Para 2022, os valores das dotações específicas do setor da Defesa são iguais aos da anterior versão do Orçamento: 413,6 milhões de euros para a Lei de Programação Militar, 82,8 milhões de euros para pensões e reformas, 73 milhões de euros para as Forças Nacionais Destacadas, 21,6 milhões para a Lei de Infraestruturas Militares e 21 milhões de euros para Encargos com Saúde.

"Num contexto europeu de maior insegurança, decorrente do conflito armado em curso na Ucrânia, e face à viragem geoestratégica e à nova ordem segurança europeia que ela implica, Portugal deve atuar diligentemente para reforçar a segurança e a defesa europeia. Portugal deve assegurar também os compromissos assumidos com os seus aliados e parceiros, nomeadamente, através da projeção de Forças Nacionais Destacadas para o flanco leste da NATO", lê-se no relatório da proposta de Orçamento do Estado.

PUB