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Jornalista detida na Nicarágua, terceiro caso só esta semana

Alerta foi dado na rede social Twitter pela plataforma que documenta casos de violação da liberdade de expressão e de imprensa na Nicarágua

A jornalista nicaraguense Hazel Zamora Hernández, diretora de um programa local e colaboradora do Canal 10 de televisão, foi detida na sexta-feira pela Polícia Nacional, segundo a plataforma Alertas Libertad de Prensa Nicaragua.

O alerta foi dado na rede social Twitter pela plataforma que documenta casos de violação da liberdade de expressão e de imprensa na Nicarágua.

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Até ao momento, a Polícia Nacional não se pronunciou.

A jornalista, diretora do programa Doce Noticias e correspondente do Canal 10 de Bluefields, no Caribe da Nicarágua, foi detida pela polícia quando viajava com os filhos num autocarro de transporte público, disse à agência de notícias EFE uma fonte da plataforma Alertas Libertad de Prensa.

Zamora Hernández é o terceiro jornalista a ser detido nos últimos três dias.

Na quarta-feira, os jornalistas William Aragón e Óscar Vallecillo foram detidos e acusados de conspiração para atentar contra a integridade nacional e de difusão de notícias falsas, consideradas como "traição".

Estes dois jornalistas estão entre pelo menos 57 nicaraguenses, na sua maioria opositores e críticos do Governo de Daniel Ortega, detidos na noite de quarta-feira, acusados de "traição" na madrugada de quinta-feira e colocados em prisão domiciliária horas depois.

Outro jornalista nicaraguense detido é Víctor Ticay, também colaborador da estação de televisão local Canal 10, detido a 06 de abril um dia depois de cobrir uma procissão religiosa no município de Nandaime.

Cinco organizações de defesa dos direitos humanos, incluindo a Raza e Igualdad, condenaram na sexta-feira as novas detenções, que qualificaram como "uma nova vaga de raptos".

A Nicarágua atravessa uma crise política e social desde abril de 2018, que se acentuou após as polémicas eleições gerais de 07 de novembro de 2021, nas quais Ortega foi reeleito para um quinto mandato, o quarto consecutivo e o segundo com a mulher, Rosario Murillo, como vice-presidente, com os seus principais concorrentes na prisão ou no exílio.

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