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El Salvador decreta estado de emergência após 62 homicídios em 24 horas

Escalada de violência no fim de semana chegou aos 76 mortos em dois dias

O parlamento de El Salvador aprovou este domingo, a pedido do presidente Nayib Bukele, o decretar do estado de emergência por um mês, como tentativa de conter a violência de gangues, acusados de terem cometido 62 homicídios em 24 horas.

O decreto, aprovado por larga maioria, estipula que "é decretado um regime de emergência em todo o território nacional devido a graves perturbações da ordem pública por parte de grupos criminosos".

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O estado de emergência restringe a liberdade de reunião, a inviolabilidade de correspondência e comunicações e permite prisões sem mandado.

El Salvador registou no sábado o dia mais violento da sua história recente, com 62 homicídios, numa escalada de violência que começou na sexta-feira, confirmou este domingo a Polícia Nacional Civil (PNC).

A PNC oficializou os dados, que já tinham sido avançados por fontes não oficiais, quando se esperava o início de uma sessão plenária extraordinária na Assembleia Legislativa para a votação de um regime de emergência.

Nayib Bukele pediu no sábado ao Congresso, através do Twitter, que decretasse um regime de emergência numa altura em que o país enfrenta uma escalada de homicídios desde sexta-feira atribuídos a gangues.

“Peço à @AsambleaSV (Assembleia Legislativa) que decrete hoje um regime de emergência, de acordo com o artigo 29 da Constituição da República”, escreveu o Presidente no Twitter.

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A escalada de homicídios este fim de semana chegou aos 76 mortos em dois dias, com os 14 ocorridos na sexta-feira.

O número mais próximo dos 62 homicídios registados no sábado são os 51 ocorridos num único dia em agosto de 2015, quando o país viveu o seu ano mais mortífero desde o fim da guerra civil (1980-1992).

“Não vamos recuar nesta #guerracontraosgangs, não vamos descansar até que os criminosos responsáveis por estes eventos sejam capturados e levados à justiça”, escreveu a PNC na rede social Twitter.

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