Depois dos muitos apelos ao boicote às marcas que permanecem na Rússia após a invasão da Ucrânia, foram várias as empresas que anunciaram, nas últimas horas, que vão encerrar todas as operações na Rússia.
A primeira a ceder aos apelos foi a companhia Yum!, responsável pelas marcas KFC, Pizza Hut, Taco Bell e The Habit, as duas primeiras com restaurantes abertos em território russo. Num comunicado publicado online, a companhia avança que já suspendeu as operações nos restaurantes KFC e está a finalizar o acordo com o parceiro de negócios responsável pelos restaurantes Pizza Hut para fechar os estabelecimentos.
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"Esta medida baseia-se na nossa decisão de suspender todos os investimentos e desenvolvimento de restaurantes na Rússia e redirecionar todos os lucros das operações para esforços humanitários. Esses esforços humanitários incluem uma doação de um milhão de dólares do Yum! Brands Foundation à Cruz Vermelha para apoiar os afetados pela crise, ativando o Yum! Fundo de Auxílio a Desastres para apoiar funcionários das franquias ucranianas e fazer doações correspondentes às dos funcionários para as seguintes instituições de caridade que prestam ajuda na Ucrânia: UNICEF, Cruz Vermelha, Programa Mundial de Alimentos e Comité Internacional de Resgate. Além disso, os nossos restaurantes das regiões vizinhas estão a fornecer alimentos para os refugiados", pode ler-se no comunicado.
Mas os encerramentos não se ficaram por aqui. Pouco depois, a empresa de restaurantes fast-food Mcdonald's anunciou que vai encerrar temporariamente todas as operações na Rússia, avança a Reuters. A medida vai afetar cerca de 62 mil empregados que trabalhavam nas mais de 800 lojas que a marca tem no país.
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Num comunicado, a empresa afirma que "os nossos valores significam que não podemos ignorar o sofrimento desnecessário que se está a desenrolar na Ucrânia".
A decisão tem um peso simbólico grande neste país, uma vez que foi uma das primeiras marcas ocidentais e conotadas com o capitalismo norte-americano a entrar no marcado russo pouco antes da queda da União Soviética, ainda em janeiro de 1990.
Perante o anúncio do encerramento dos restaurantes, os cidadãos russos fizeram longas filas à porta dos vários McDonald's espalhados pelo país. Nas redes sociais, foram publicadas várias fotografias e vídeos onde, a pé ou de carro, os clientes da cadeia de fast-food tentavam comprar uma última refeição.
In #Russia, people lined up at McDonalds pic.twitter.com/TQtsxndibi
— NEXTA (@nexta_tv) March 8, 2022
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VIDEO from #Moscow tonight at a McDonalds drive through after the fast food chain said it was pulling out of #Russia. The line of cars stretched almost a half mile. #Ukraine#UkraineRussiaWar#Russia#Putin#UkraineInvasion#Russianspic.twitter.com/i9Ftd3X7HG
— raging545 (@raging545) March 8, 2022
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Também a gigante Starbucks anunciou que ia suspender todas as atividades económicas na Rússia. O anúncio surgiu já depois do presidente da companhia, Kevin Johnson, ter emitido um comunicado onde condenava "os ataques não provocados, injustos e horríveis à Ucrânia".
Outra das marcas que anunciou que ia suspender temporariamente todos os negócios na Rússia, após crescente pressão por parte dos consumidores devido à invasão russa da Ucrânia, foi a Coca-Cola.
"Os nossos corações estão com as pessoas que estão a sofrer os efeitos inconcebíveis destes trágicos eventos na Ucrânia. Vamos continuar a monitorizar a situação e avaliar o desenvolvimento das circunstâncias", afirmou a empresa através de um comunicado.
A esta marca ocidental de bebidas juntou-se outra: a PepsiCo, Inc. A empresa multinacional que detém alguns dos produtos alimentares mais conhecidos do mundo anunciou que vai suspender todas as vendas na Rússia e garantiu ainda que a suspensão abrange todos os investimentos, incluindo patrocínios e atividades promocionais na Rússia.
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Esta manhã, foi a vez da Mothercare suspender todas as operações. A multinacional de lojas de produtos de crianças anunciou que o seu parceiro local vai encerrar todos os seus 120 espaços comerciais e loja online na Rússia, noticia a Sky News.
A empresa afirmou que as vendas na Rússia correspondem a um quarto dos lucros do grupo a nível global.
Quem fica?De acordo com uma lista publicada pela Universidade de Yale, cerca de 300 companhias já suspenderam operações na Rússia, mas há quem permaneça. Quem são essas empresas?
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